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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Os lucros fabulosos que os bancos e empresas tiveram em 2011

O ano de 2011 não foi muito bom para alguns setores da economia brasileira. Mas, para outros pode-se dizer que foi uma maravilha, considerando os lucros fabulosos que suas empresas obtiveram no ano passado. Notadamente considerando-se que o objetivo primordial de qualquer empresa privada é obter lucros. Os lucros bilionários que muitas empresas brasileiras tiveram no ano passado contradiz de forma clara e cristalina que o ano de 2011 foi um ano de crise para o Brasil. Aliás, existe um setor na economia brasileira que não sabe o que é crise: o setor bancário.  Levando em conta os cinco maiores bancos brasileiros, de 2003 até 2011 obtiveram uma lucratividade de 316% enquanto nesse mesmo período a inflação medida pelo IPCA foi 55% e a SELIC (índice que remunera a maior parte dos títulos do governo) foi de 233%. Os ganhos que os bancos estão obtendo no Brasil são muito altos, até exagerados. Em 2011, o somatório dos lucros dos seis maiores bancos (três privados, dois públicos e um semipúb

Elevar o quantitativo e o perfil das exportações passa pelo aumento em investimentos

As transações comerciais entre os países são altamente significativas para o desenvolvimento, o progresso, a sustentabilidade do crescimento econômico e riqueza da população.  Países que possuem um alto coeficiente de exportação tem uma alta probabilidade de experimentar período longo de crescimento sem problemas importantes com desequilíbrios. A dinâmica das atividades relacionadas a produtos e serviços transacionados com países estrangeiros é muito mais forte do que a dos que são transacionados quase que somente na economia doméstica. Exemplos disso aqui no Brasil são dois tipos de produtos que ao longo dos últimos anos tem apresentado trajetórias distintas quanto a quantidade e valor exportado: os produtos primários e os produtos manufaturados. No período de 2005 a 2011, a quantidade de produtos manufaturados exportados pelo Brasil teve uma queda de 14,4% enquanto que o quantitativo dos produtos básicos exportados aumentaram 41,1% nesse mesmo período. Isso fez com que a participaçã

Políticas de emprego devem passar pela qualificação do trabalhador brasileiro

Disponibilizar e ajudar a obter um emprego ou trabalho para quem não tem opção de encontrá-los sem a ajuda de algum meio é muito importante visto que existem muitas pessoas desempregadas, subempregadas ou na completa informalidade sem conseguir melhorar dessa situação. Nesse sentido, as ações do poder público são fundamentais para que possa reparar as assimetrias existentes no mercado de trabalho em nosso país. Políticas públicas que levem à possibilidade real das pessoas conseguirem uma boa colocação no mercado de trabalho passam a ser mais que necessárias para atender um dos pré-requisitos de melhora do bem estar dos brasileiros, principalmente daqueles mais vulneráveis. Existem dois tipos básicos de atuação do setor público no mercado do trabalho: as políticas ativas e as passivas. As políticas consideradas ativas são aquelas em que as pessoas são ajudadas direta ou indiretamente a conseguir uma colocação no mercado de trabalho, muitas vezes um emprego ou trabalho melhor do que o a

As taxas de desemprego divulgadas não correspondem à verdadeira taxa de desemprego do povo brasileiro

Ter um emprego, uma ocupação ou uma atividade que proporcione uma remuneração suficiente para custear as necessidades e os desejos é o que toda e qualquer pessoa deseja, notadamente se essa pessoa está desempregada ou subempregada. Ter a certeza e a garantia de que no final do mês irá receber um determinado valor correspondente ao trabalho realizado durante os trinta dias anteriores faz dessa pessoa mais feliz e a deixa com muito menos stress. Está desempregado é um transtorno e pode levar a momentos de frustrações, humilhações e privações no atendimento de necessidades básicas. Recentemente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados referentes à situação de emprego e desemprego no que se refere às seis Regiões Metropolitanas onde são realizadas as pesquisas mensais de desemprego (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte). Segundo esses dados, a taxa de desemprego tem caído continuamente desde o ano de 2004 quando a taxa

A competitividade do Brasil requer a cooperação de todos

A competição tem se tornado a tônica na maioria das circunstâncias pelas quais tem o ser humano como protagonista. Seja no trabalho, nos relacionamentos pessoais e sociais os vencedores, quem faz mais, quem tem mais, quem gera os melhores resultados são sempre os mais valorizados. O conceito de competitividade tem estado presente na ciência econômica desde os seus primórdios com os trabalhos de Adam Smith e David Ricardo. Para esses autores, notadamente para o primeiro, as pessoas e as empresas deveriam competir entre si que ao agir dessa forma fariam muito melhor e todos sairiam ganhando, mesmo que essa não fosse a intenção em cada ação tomada individualmente. A ideia básica por trás disso é que no ambiente competitivo as pessoas buscam sempre dar o máximo de si, procurando sempre fazer mais e melhor. Assim, a sociedade como um todo sairia ganhando porque todos produziam mais e ganhariam mais. Entretanto, essa prática tem se revelado bastante cruel para muitos, gerando mais perdedore

Os rendimentos do trabalho estão menos concentrados entre as regiões do Brasil

Os rendimentos das pessoas definem, de certo modo, o padrão de vida que a sociedade consegue obter no cotidiano.   Apesar de, infelizmente, termos um perfil de país com renda extremamente concentrada, os rendimentos do salário é definidor de como se vive para a imensa maioria dos brasileiros. A renda do país é dividida entre os proprietários do capital (os empreendedores, os investidores), o governo e os trabalhadores. Disparado, o rendimento do trabalho é o mais importante tanto em termos percentuais do valor total da renda nacional quanto em termos de utilização, dado que a sua maior parte é utilizada para o consumo. No primeiro ano após a estabilização de preços obtida com o Plano Real, 48% de toda renda no Brasil eram destinados aos assalariados, ou seja, quase a metade da renda do país era destinada aos trabalhadores. Nos anos seguintes, em razão, principalmente, da participação do governo na renda nacional por meio do aumento da carga tributária, houve uma diminuição razoável

O grau de desenvolvimento do Brasil ainda é incompatível com o de um país rico

Para traçar o perfil de um país desenvolvido é necessário que certos requisitos estejam presentes na sociedade e nas pessoas em geral.   Ter um nível de renda razoável, ter um parque fabril respeitado, ter um alto grau de produtividade média do trabalho, ter liberdade de ir e vir e ter serviços de saúde e educação de alta qualidade são as condições mais importantes para caracterizar uma sociedade considerada rica.   Nesse sentido, pode-se dizer que o Brasil é um país rico, desenvolvido? É importante a participação do governo para elevar o grau de desenvolvimento do Brasil? O Brasil está vivendo um processo de desindustrialização? O Brasil tem tido nos últimos anos características muito parecidas com as que são próprias de países desenvolvidos: diminuição da participação do setor agrícola no PIB, aumento significativo do setor serviços na economia fazendo, inclusive, que também ocorra uma diminuição na participação da indústria no produto. Ao observarmos as estatísticas, verifica-se

A produtividade do trabalho do brasileiro e as diferenças entre os setores da economia

O progresso, o aperfeiçoamento, o aprendizado, o conhecimento e a novas tecnologias elevam a quantidade que cada pessoa pode produzir por tempo de trabalho em sua atividade. A chamada produtividade do trabalho é um dos fatores determinantes para a riqueza e a renda das pessoas, das empresas e do país, quanto mais de produz, em termos de valor, exercendo a mesma atividade com o mesmo tempo de trabalho, mais se tem em rendimento.  Claro que se espera que a produtividade sempre esteja aumentando, nunca retrocedendo. Sempre se espera produzir mais com o mesmo tempo de trabalho despendido. Como está a produtividade do trabalho na economia brasileira? Está crescendo, diminuindo ou estável? Quais são os ramos de atividades em que a produtividade mais aumenta? Quais são as áreas em que se tem as maiores produtividades? Para ficar mais claro da importância da produtividade em cada um dos setores da nossa economia, faz-se necessário apresentar a distribuição dos empregos e da produção em cada u

O sacrifício do povo brasileiro para pagar os juros da dívida pública do Brasil

Os compromissos financeiros de uma pessoa, de uma empresa ou de um ente público ou do setor público como um todo sempre levam cada um desses compromissados a sacrificarem o próprio consumo ou investimento para poderem honrar a dívida. Os recursos devidos foram úteis em algum momento em que supriu alguma necessidade do devedor, entretanto, em momento posterior o emprestador quer receber o valor emprestado acompanhado de um valor adicional que corresponde aos juros pagos pelo empréstimo, o custo dos recursos emprestados. Existem poucas pessoas adultas, empresas, instituições e governo que não possuem dívidas, a regra é que devam algum recurso a terceiros. No caso do setor público brasileiro, a sua dívida é alta e tem um custo bastante significativo e o sacrifício que o brasileiro faz para honrar a dívida pública do Brasil é muito grande. Somente em 2011 o setor público brasileiro pagou em juros de sua dívida R$ 236,7 bilhões, correspondendo a 5,72% do PIB que é estimado em R$ 4,13 tri