Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2008

A CRISE ATUAL E A ECONOMIA BRASILEIRA

A crise que se instalou nos Estados Unidos no ano passado tem vitimado muitas pessoas naquele país, primeiro os donos de casas financiadas que não puderam pagar as prestações, depois os donos de hipotecas e atualmente são os agentes financeiros (bancos, corretoras, seguradoras, etc.) e os empregados dessas empresas, visto que muitos deverão perder seus empregos (estima-se que centenas de milhares de pessoas, apenas do mercado financeiro, perderão seus empregos). Apesar do governo norte-americano já ter injetado centenas de bilhões de dólares na economia, muitas instituições estão em situação financeira muito precária. Até agora, a maior vítima foi o banco e investimentos Broters Lehman , o quarto maior banco norte-americano no seu seguimento, que deixou uma dívida de cerca de US$ 640 bilhões. Esse banco é uma lenda naquele país. Em 1844, um jovem de 23 anos vindo da Alemanha ( Henri Lehman ) monta um pequeno negócio de vendas que três anos depois tem a companhia do seu irmão E

A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL

Como todos sabemos, a distribuição de renda em nosso país é extremamente concentrada. A última Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar (PNAD) do IBGE ajudou a clarear as informações a respeito do grau de concentração de renda no Brasil. O IPEA publicou um trabalho baseado nas informações da PNAD de 2008 e de outras fontes de informações, no qual são analisados diversos tipos de dados sobre esse assunto tão caro à nossa sociedade. O coeficiente de Gini (este coeficiente mede o grau de concentração de renda de um determinado país, estado, etc., quanto mais próximo de 1 mais a renda é concentrada e quanto mais próximo de zero, menos a economia tem a renda concentrada) no Brasil em 2001 era de 0,593 e em 2007 era de 0,552, o que corresponde a uma diminuição na concentração de renda em 7% no período e de 1,2% por ano. Apenas 25% de um total de 74 países dos quais se tem informações foram capazes de diminuir a concentração de renda a uma velocidade maior do que a brasileira nos últimos a

OS NÚMEROS DO BRASIL EM 2007 PODERIAM SER MELHORES

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2007 do IBGE entrevistou mais de 400 mil pessoas em mais de 148 mil domicílios em todas as regiões do Brasil a respeito de diversos assuntos tais como educação, trabalho, saúde, rendimentos, etc.. Nessa pesquisa, a população em idade ativa (acima de 10 anos de idade) foi estimada em 159,36 milhões de pessoas. Destas, 98,72 milhões eram consideradas economicamente ativas e 60,5 milhões consideradas economicamente inativas. Das pessoas economicamente ativas, 90,66 milhões estavam ocupadas e 8,06 milhões estavam desocupadas. De acordo com esse levantamento, em 2007 35,3% dos trabalhadores brasileiros tinham carteira de trabalho assinada, o que correspondia a 32 milhões de pessoas. O militares e funcionários públicos estatutários (o que exclui os empregados das empresas estatais) eram 6,8% das pessoas ocupadas, 6,2 milhões de pessoas. O número de pessoas que trabalham por conta própria era cerca de 19,2 milhões de pessoas, 21,2% das pes

VULNERABILIDADE EXTERNA BRASILEIRA

Nos últimos anos, o Brasil e diversos outros países com grau de desenvolvimento semelhante, os ditos emergentes, tem obtido taxas de crescimento razoáveis com o controle da inflação, diminuição drástica da dívida externa e tendo tido bastante cuidado com o déficit público. Estes fatores e outros estiveram ausentes por toda a década de 1980 e uma boa parte da década de 1990. Isso leva os agentes econômicos, principalmente os estrangeiros, a acreditarem mais no país e passarem a investir mais. Uma outra conseqüência da melhora dos chamados fundamentos da economia mencionados acima é a melhora no preço dos empréstimos externos, tanto do setor público como das empresas. No início dos anos 1990, o governo brasileiro pagava de juros nos seus empréstimos tanto nos organismos multilaterais (FMI, Banco Mundial, etc.) como nos bancos privados, o equivalente ao que o governo norte-americano pagava mais 15% ao ano. Em 1998, o Brasil pagava 8,0% mais que o governo norte-americano, no ano seguinte,

A POBREZA NO BRASIL

Mesmo com a decantada melhora nas condições de vida de muitos brasileiros proporcionada por, entre outros fatores, baixa inflação, aumento na assistência aos mais pobres, elevação do salário mínimo e crescimento econômico razoável ainda existem muitos brasileiros em condições de vida extremamente precária. Essas pessoas são desprovidas de bens ou de renda que lhes possam proporcionar a satisfação básica de alimentação, saúde, educação, moradia, vestuário, etc. Evidentemente, os fatores mencionados acima têm dado uma alavancada na melhora de vida de muitas pessoas que antes estavam em condições de muito desânimo e falta de perspectivas. Mas, muitos fatores ainda impedem que essa melhora seja muito mais substancial e que muito mais pessoas sejam inseridas efetivamente nesse desenvolvimento social. Entre esses fatores podemos citar: a grande quantidade de pessoas pobres ou muito pobres existente no país, uma alta dívida interna aliada a uma alta remuneração desta que leva ao pagamento de

OS NÚMEROS NO NOSSO PIB PODERIAM SER MELHORES

A economia brasileira, apesar de todas as dificuldades originadas no próprio país como no exterior, tem dado mostras de que o seu vigor está presente, realçando a sua vocação para o crescimento, apesar de uma parte de seus dirigentes atrapalhar. Os números divulgados pelos diversos órgãos, tanto público como privados, têm demonstrados a veracidade desta afirmação. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta semana o PIB (a soma de toda a produção que ocorre no país em um determinado período). Os dados do IBGE são muito animadores projetando um crescimento ao final do ano de 2008 de 5,5%. Caso a taxa de juros básicos da economia tivesse se mantido, o crescimento seria mais de 6,0% sem nenhuma dúvida. No primeiro semestre de 2008 a economia brasileira cresceu 6,0% em comparação com o primeiro semestre de 2007. O PIB no primeiro semestre de 2008 foi de R$ 1,38 trilhão, dos quais R$ 1,17 trilhão são de valores adicionados e R$ 213,24 bilhões de impostos sobre es

MEDIDAS PARA A CARGA TRIBUTÁRIA BRASILEIRA

Muito se escuta sobre a carga tributária bruta no Brasil, principalmente que está muito alta e que deveria ser muito mais baixa, etc., etc.. Uns dizem que chega a 36% do PIB (Produto Interno Bruto), outros dizem que está mais e outros dizem que está menos do que isso. Essas divergências quanto ao percentual da carga tributária no Brasil ocorre em razão das diferencias de metodologias empregadas pelos mais diversos órgãos públicos e privados. Ou seja, um determinado órgão entende que uma determinada contribuição deve ser contabilizada na carga tributária, enquanto que outro órgão, não. Deve ser enfatizado que o termo “bruta” é usada para distinguir da líquida. Esta última é estimada em 19,3% do PIB. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existem cinco tipos de tributos: os sobre os produtos (ICMS, IPI, COFINS, ISS, CIDE-Combustíveis, IOF, etc.), à produção, sobre a renda e a propriedade (IR, IPVA, IPTU, CSLL, etc.), contribuições previdenciárias (IN

A POPULAÇÃO BRASILEIRA, SEGUNDO O IBGE

Na última semana de agosto último, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou as estimativas das populações dos três entes brasileiros: do País, dos Estados e do Distrito Federal e de todos os 5.565 Municípios brasileiros. Essas estimativas servem, entre muitas outras coisas, para os cálculos dos indicadores socioeconômicos e demográficos nos períodos em que não há censo e também para a definição dos valores a serem distribuídos através do Fundo de Participação de Estados e Municípios. É importante frisar que muitos entes da federação têm estes como a sua principal ou uma das principais fontes de receita. O município mais populoso é a cidade de São Paulo com cerca de 10,9 milhões de pessoas, seguida do Rio de Janeiro (6,16 milhões), Salvador (2,95 milhões), Brasília (2,56 milhões), Fortaleza (2,48 milhões) e Belo Horizonte (2,43 milhões de habitantes). Até a décima primeira cidade brasileira em população são capitais, a décima segunda é a cidade de Guarulhos com