Nos últimos anos, o Brasil e diversos outros países com grau de desenvolvimento semelhante, os ditos emergentes, tem obtido taxas de crescimento razoáveis com o controle da inflação, diminuição drástica da dívida externa e tendo tido bastante cuidado com o déficit público. Estes fatores e outros estiveram ausentes por toda a década de 1980 e uma boa parte da década de 1990. Isso leva os agentes econômicos, principalmente os estrangeiros, a acreditarem mais no país e passarem a investir mais.
Uma outra conseqüência da melhora dos chamados fundamentos da economia mencionados acima é a melhora no preço dos empréstimos externos, tanto do setor público como das empresas. No início dos anos 1990, o governo brasileiro pagava de juros nos seus empréstimos tanto nos organismos multilaterais (FMI, Banco Mundial, etc.) como nos bancos privados, o equivalente ao que o governo norte-americano pagava mais 15% ao ano. Em 1998, o Brasil pagava 8,0% mais que o governo norte-americano, no ano seguinte, em razão do problema da desvalorização do Real frente ao Dólar e da mudança da política monetária, o nosso país pagava em média 10,0% a mais do que o governo do Norte. Nos dois anos seguintes, houve uma melhora significativa, o que levou à diminuição das taxas cobradas pelos empréstimos internacionais, com essa taxa a mais ficando entre 7 e 8,0%. Em 2002, com a crise da sucessão, a taxa a mais ficou em mais de 13,0%. Porém, nos anos seguinte houve uma melhora significativa, culminando não final de 2007 o governo brasileiro estava pagando 1,8% a mais do que o que o governo dos Estados Unidos pagam em seus empréstimos.
Na verdade, muitos outros países emergentes sempre pagaram em seus empréstimos internacionais muito menos do que o Brasil. Por exemplo, o Chile de 1998 até 2003 pagava menos de 2,0% em seus empréstimos no exterior além do que o governo dos Estados Unidos pagava. A partir de 2004, estavam pagando menos de 1,0%. Situação semelhante se encontra a China, sendo que um pouco melhor do que o Chile. Até mesmo o México, que teve moratória e ficou inadimplente com os credores internacionais, está em situação um pouco melhor do que o Brasil no que se refere à percepção de vulnerabilidade econômica pelos investidores estrangeiros. Essa diferença entre o que os Estados Unidos paga e o que os outros país pagam em seus empréstimos internacionais é chamado de risco soberano.
Segundo um trabalho do IPEA, além dos fatores que mencionei no primeiro parágrafo, quatro políticas implementadas pelo governo brasileiro foram muito importantes para aumentar a confiança dos investidores internacionais em nosso país. São estes: Em 2006 foi estabelecida nova regulamentação nas transações cambiais, dando mais flexibilidade e simplificando o mercado de câmbio no Brasil; também em 2006 o governo brasileiro aprovou uma lei desonerando o investidor estrangeiro de pagar impostos na compra de títulos públicos; melhora no perfil da dívida pública brasileira, aumentando o prazo de vencimento dos títulos, diminuindo o percentual da dívida remunerada por taxa de juros, etc., deixando a dívida pública menos vulnerável a mudanças nas condições econômicas do país; e finalmente, a alteração das normas contábeis das empresas abertas, cujas diretrizes contábeis vinham da Lei das S. A desde 1974, que convergiu para as mesmas práticas e conceitos contábeis vigentes no mercado internacional.
Na verdade, pode-se acrescentar o vigor do mercado interno, que apesar da forte concentração de renda, é bastante robusto como tem demonstrado nos últimos anos. O Brasil tem sido vítima de muitos erros na condução de suas decisões estratégicas no decorrer das décadas, principalmente na década de 1970, que com ações econômicas dos principais países levara-nos a crises (inflação extremamente alta, baixo crescimento econômico, desemprego, etc.) mesmo o país adotando políticas econômicas defensivas não conseguiu reverter essa situação até meados de 1994. Antes, os estrangeiros viam o Brasil como um país que não merecia confiança, com diretrizes econômicas instáveis e cuja probabilidade de algum calote era bastante alta. Com as mudanças implementadas nos últimos anos e com a manutenção das ações e diretrizes econômicas adotadas há 14 anos, o Brasil terá todas as condições de ficar entre os país com alto grau de confiabilidade, incluindo os país ricos. Isso é bom não só para o setor público brasileiro, mas também para as empresas que passam também a pagar menores taxas em seus empréstimos porque, ao conceder um empréstimo para uma empresa, um banco além de verificar a capacidade da desta em pagar, verifica também o risco soberano do país onde ela está instalada e, portanto, quanto menor for este risco menor será os juros que a empresa pagará por seus empréstimos no mercado internacional.
Uma outra conseqüência da melhora dos chamados fundamentos da economia mencionados acima é a melhora no preço dos empréstimos externos, tanto do setor público como das empresas. No início dos anos 1990, o governo brasileiro pagava de juros nos seus empréstimos tanto nos organismos multilaterais (FMI, Banco Mundial, etc.) como nos bancos privados, o equivalente ao que o governo norte-americano pagava mais 15% ao ano. Em 1998, o Brasil pagava 8,0% mais que o governo norte-americano, no ano seguinte, em razão do problema da desvalorização do Real frente ao Dólar e da mudança da política monetária, o nosso país pagava em média 10,0% a mais do que o governo do Norte. Nos dois anos seguintes, houve uma melhora significativa, o que levou à diminuição das taxas cobradas pelos empréstimos internacionais, com essa taxa a mais ficando entre 7 e 8,0%. Em 2002, com a crise da sucessão, a taxa a mais ficou em mais de 13,0%. Porém, nos anos seguinte houve uma melhora significativa, culminando não final de 2007 o governo brasileiro estava pagando 1,8% a mais do que o que o governo dos Estados Unidos pagam em seus empréstimos.
Na verdade, muitos outros países emergentes sempre pagaram em seus empréstimos internacionais muito menos do que o Brasil. Por exemplo, o Chile de 1998 até 2003 pagava menos de 2,0% em seus empréstimos no exterior além do que o governo dos Estados Unidos pagava. A partir de 2004, estavam pagando menos de 1,0%. Situação semelhante se encontra a China, sendo que um pouco melhor do que o Chile. Até mesmo o México, que teve moratória e ficou inadimplente com os credores internacionais, está em situação um pouco melhor do que o Brasil no que se refere à percepção de vulnerabilidade econômica pelos investidores estrangeiros. Essa diferença entre o que os Estados Unidos paga e o que os outros país pagam em seus empréstimos internacionais é chamado de risco soberano.
Segundo um trabalho do IPEA, além dos fatores que mencionei no primeiro parágrafo, quatro políticas implementadas pelo governo brasileiro foram muito importantes para aumentar a confiança dos investidores internacionais em nosso país. São estes: Em 2006 foi estabelecida nova regulamentação nas transações cambiais, dando mais flexibilidade e simplificando o mercado de câmbio no Brasil; também em 2006 o governo brasileiro aprovou uma lei desonerando o investidor estrangeiro de pagar impostos na compra de títulos públicos; melhora no perfil da dívida pública brasileira, aumentando o prazo de vencimento dos títulos, diminuindo o percentual da dívida remunerada por taxa de juros, etc., deixando a dívida pública menos vulnerável a mudanças nas condições econômicas do país; e finalmente, a alteração das normas contábeis das empresas abertas, cujas diretrizes contábeis vinham da Lei das S. A desde 1974, que convergiu para as mesmas práticas e conceitos contábeis vigentes no mercado internacional.
Na verdade, pode-se acrescentar o vigor do mercado interno, que apesar da forte concentração de renda, é bastante robusto como tem demonstrado nos últimos anos. O Brasil tem sido vítima de muitos erros na condução de suas decisões estratégicas no decorrer das décadas, principalmente na década de 1970, que com ações econômicas dos principais países levara-nos a crises (inflação extremamente alta, baixo crescimento econômico, desemprego, etc.) mesmo o país adotando políticas econômicas defensivas não conseguiu reverter essa situação até meados de 1994. Antes, os estrangeiros viam o Brasil como um país que não merecia confiança, com diretrizes econômicas instáveis e cuja probabilidade de algum calote era bastante alta. Com as mudanças implementadas nos últimos anos e com a manutenção das ações e diretrizes econômicas adotadas há 14 anos, o Brasil terá todas as condições de ficar entre os país com alto grau de confiabilidade, incluindo os país ricos. Isso é bom não só para o setor público brasileiro, mas também para as empresas que passam também a pagar menores taxas em seus empréstimos porque, ao conceder um empréstimo para uma empresa, um banco além de verificar a capacidade da desta em pagar, verifica também o risco soberano do país onde ela está instalada e, portanto, quanto menor for este risco menor será os juros que a empresa pagará por seus empréstimos no mercado internacional.
Olá?
ResponderExcluirObrigado pela visita, seu Blog tb é muito interessante já o estou add p/ver em casa c/calma, estou na trabalho (rs).
Apareça sempre, e concordo c/vc sobre as opiniões, qdo as recebo penso, se são boas tenha que postar algo melhor da próxima vez e qdo são ruins talvez esteja no caminho errado ou com a opinião distorcida, e sabe porque???? ainda tenho muito que aprender.
Bom final de semana, e apareça.
Apesar da vulnerabilidade, você finaliza com bons ventos para o país (empréstimos e juros baixos para empresas) com alto grau de confiabilidade. Isso é bom!
ResponderExcluirParabéns pelo texto.
Abraço,
Nice.
Apenas para agradecer a simpática visita e deixar-lhe um grande abraço...
ResponderExcluirObrigado.
Olá! Obrigada pelo comentário, sempre que puder dê uma passadinha por lá!
ResponderExcluirMuito obrigado por visitar meu blog e gostar dele. Seu blog também é muito bom. Um abraço.
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirObrigada pelo comentário, que bom que gostou.
Seu blog é muito bom.
E não tem coisas bobas como no meu, bem mais sério. Queria conseguir deixar o meu assim, mas não tenho toda essa inspiração rs.
Obrigada!!
ResponderExcluirVolte sempre que quiser lá ;]
Abraços.
Obrigado pelos comentários no meu blog. O seu texto é muito bom.Forte abraço
ResponderExcluirmuito obrigada por sua visita. volte sempre.
ResponderExcluirOlá Francisco,
ResponderExcluirmuito obrigada, que bom que gostou!
Seu blog é muito interessante. Faço jornalismo, com certeza acessarei bastante.
Abraço!
obrigada pela visita ao meu humilde (e meio abandonado)blog. Espero receber outras visitas suas. Quanto ao seu blog: complicado demais para mim tão pouco afeita aos números...
ResponderExcluirabraços
Olá Francisco...
ResponderExcluirObrigado plea visita!
O seu blog é muito interessante e além de tudo é um tema importante porém não tão abordado pelos brasileiros...´parabéns!
abraço
ESTIAMDO SENHOR FRANCISCO CASTRO, DE NOVO AQUI ESTOU EM SEU BELO BLOG ADORANDO LER AS SUAS LETRAS, A POLITICA ESSA ESTA VIRANDO EM TODO O MUNDO COM DEMISSOES E COM GOVERNAÇOES QUE EM NADA BENIFICIAM O POVO, MAS SIM QUEM ESTA SENTADO NO TOPO.
ResponderExcluirENCONTRO-ME NA TAILANDIA E AQUI A POLITICA POUCO MELHOR, EU POSTEI NO MEU BLOG A DEMISSAO DO PRIMEIRO MINISTRO.
UM ABRAÇO AMIGO COM VOTOS QUE VA SEMPRE POSTANDO E DANDO A CONHECER AO MUNDO COMO VAI INDO A POLITICA BRASILEIRA.
Oi,
ResponderExcluirobrigada pela sua visita! e parabéns pelo BLOG.
Beijoss
http://kaia-k.zip.net
ResponderExcluirvisite meu blog
Tchau
Catarina
Este comentário foi removido pelo autor.
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