Disponibilizar e ajudar a obter um emprego ou trabalho para quem não tem opção de encontrá-los sem a ajuda de algum meio é muito importante visto que existem muitas pessoas desempregadas, subempregadas ou na completa informalidade sem conseguir melhorar dessa situação. Nesse sentido, as ações do poder público são fundamentais para que possa reparar as assimetrias existentes no mercado de trabalho em nosso país. Políticas públicas que levem à possibilidade real das pessoas conseguirem uma boa colocação no mercado de trabalho passam a ser mais que necessárias para atender um dos pré-requisitos de melhora do bem estar dos brasileiros, principalmente daqueles mais vulneráveis.
Existem dois tipos básicos de atuação do setor público no mercado do trabalho: as políticas ativas e as passivas. As políticas consideradas ativas são aquelas em que as pessoas são ajudadas direta ou indiretamente a conseguir uma colocação no mercado de trabalho, muitas vezes um emprego ou trabalho melhor do que o anterior. Exemplos desse tipo de política são as intermediação de mão de obra, assessoria aos desempregados, treinamentos onde os trabalhadores são requalificados ou aprendem uma nova profissão, assessorias a empresas visando aumentar o número de empregados, políticas de investimentos visando a criação de emprego e renda. Pode-se também classificar como esse tipo de política os incentivos aos empreendimentos próprios, sejam individual ou coletivo.
Já as políticas ditas passivas, estão a assistência financeira ao trabalhador desempregado que é consubstanciado basicamente pelo seguro-desemprego e por outros tipos de transferências pecuniárias ou não aos trabalhadores em situação vulnerável que desempregado ou na iminência de perder o emprego. A verdade é que mesmo dada a grande importância que as políticas ativas possuem para a preparação dos trabalhadores e aumentar a produtividade destes, tem sido relegadas para um segundo plano. Nos últimos anos, os valores destinados à aplicação em programas de políticas passivas de emprego tem sido em torno de 36 vezes os valores destinados a políticas ativas. Ou seja, tem sido dada prioridade a cuidar do trabalhador em situação crítica, desempregado, mas tem se descuidado na tarefa de não deixar que ele chegue a esse estado.
Certamente o trabalhador ter uma assistência no momento em que esteja desempregado é uma necessidade que não pode ser contestada, mas ações que levem à geração de emprego e renda e aumente a produtividade dos trabalhadores em geral são mais que necessárias, são uma obrigação do poder público. Treinamentos sérios e de alta qualidade que levem o trabalhador a ter um aprendizado que seja suficiente a atender às necessidades do mercado de trabalho são fundamentais. Preparar um trabalhador de modo que tenha um bom nível de conhecimentos gerais, habilidades específicas e atitudes adequadas no trabalho é uma tarefa que não deve falhar. Muitas vezes as precárias escolas em que o trabalhador frequentou ficaram longe em atingir o objetivo de deixá-lo com essas qualidades e esse nível de preparação. Então, faz-se necessária a sua preparação por meio de cursos complementares.
Precisamos urgentemente aumentar a produtividade do trabalho em nosso país, a competitividade do Brasil no exterior depende disso. Ter trabalhadores bem preparados com boa formação, com políticas públicas que levem à geração de emprego e renda deve ser uma das prioridades do poder público em todos os níveis. Evidentemente que essas políticas devem vir acompanhadas com políticas e ações que levem ao crescimento econômico porque não adianta nada ter trabalhadores bem formados, mas sem empregos. A boa formação não gera emprego em si, mas é essencial para aumentar a produtividade e a renda do trabalhador e da sociedade.
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