Pular para o conteúdo principal

Ciro Gomes irá taxar os mais ricos

O pré-candidato a presidente pelo PDT, Ciro Gomes, pretende propor uma maior tributação sobre a camada mais rica da sociedade brasileira, como uma das formas para equilibrar as contas públicas. 
De acordo com o economista Mauro Benevides Filho, responsável pelo programa econômico de Ciro, entre as propostas tributárias estão a redução de IRPJ sobre o lucro apurado pelas empresas, redução de PIS/Cofins e fim da pejotização.
O pedetista também defende a criação de imposto sobre distribuição de lucros e dividendos, o que resultaria em arrecadação anual estimada em R$ 50 bilhões. Benevides também diz que a proposta inclui aumento do imposto sobre heranças e doações. 
"Reduzir o imposto sobre consumo, que tem PIS/Cofins e tem o ICMS. Vamos criar o IVA, com cobrança no destino. Da carga tributária, que é de R$ 1,9 trilhão, R$ 1,45 trilhão é imposto sobre consumo, o mais regressivo. No imposto sobre propriedade, eu consigo cobrar só sobre o de cima. Portanto, o foco será cobrar no elevador de cima. Isso tem de ficar claro. "Ah, mas ele vai aumentar o imposto." Não. Vai abaixar uns, vai aumentar outros. E os outros serão para o elevador lá de cima", diz Benevides em entrevista ao jornal Valor Econômico
Outra mudança, destaca o economista, é um imposto, ainda sem nome definitivo, sobre grandes transações financeiras, que seriam cobradas sobre movimentações financeiras de maior valor. Nós estamos querendo tratar sobre grandes movimentações financeiras. Então a ideia é criar um piso dessas movimentações, de R$ 3 mil ou R$ 4 mil, e aí você tira 86% da população. Ela cai dos R$ 98 bilhões de receita, considerando 0,38% [de imposto], para R$ 55 bilhões ou R$ 58 bilhões; mas eu tiro todo mundo. Então a população brasileira precisa compreender o que são essas grandes transações para não achar que é CPMF", argumenta o economista. 
Sobre a chamada "pejotização", a proposta de Ciro Gomes é extinguir completamente a possibilidade de uma empresa contratar funcionários com personalidade jurídica. "Pessoa jurídica é o que é no mundo inteiro: é você contratar uma empresa com funcionários, que produz bens e presta serviços em grandes quantidades. E não uma pessoa só", diz ele.
A chamada pejotização tem servido às grandes empresas para reduzir custo e aumentar lucros às custas dos trabalhadores. No entanto, no universo de pequenas empresas, acabou se tornando uma alternativa de sobrevivência.
(Com o 247)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pesquisa Vox Populi mostra o Haddad na liderança com 22% das intenções de votos

Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta quinta (13) indica: Fernando Haddad já assume a liderança da corrida presidencial, com 22% de intenção de votos. Bolsonaro tem 18%, Ciro registra 10%, Marina Silva tem 5%, Alckmin tem 4%. Brancos e nulos somam 21%. O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O índice de confiança chega a 95%. O nome de Haddad foi apresentado aos eleitores com a informação de que é apoiado por Lula. Veja no quadro: Um pouco mais da metade dos entrevistados (53%) reconhece Haddad como o candidato do ex-presidente. O petista, confirmado na terça-feira 11 como o cabeça de chapa na coligação com o PCdoB, também é o menos conhecido entre os postulantes a ocupar o Palácio do Planalto: 42% informam saber de quem se trata e outros 37% afirmam conhece-lo só de nome. O petista chega a 31% no Nordeste e tem seu pior desempenho na região Sul (11%), mesmo

humorista Marcelo Adnet mostra que a maioria das pessoas que condenam a corrupção é corrupta

Você abomina corrupção, certo? Mas será que nunca furou fila no banco, estacionou em vaga de deficiente, não devolveu o dinheiro do troco errado que recebeu, ‘molhou’ a mão de agentes de trânsito para não ser multado, falsificou uma carteirinha de estudante para pagar meia-entrada ou fez um retorno na contramão? São esses episódios do dia a dia do brasileiro que o humorista Marcelo Adnet aborda no Musical do  Jeitinho Brasileiro  ( assista ao vídeo completo aqui ), um dos esquetes exibidos na Rede Globo nesta terça-feira (19), na estreia da nova temporada do programa  Tá No Ar, programa capitaneado pelo próprio Adnet. “Eu deixo uma cerveja [propina] que é pra não pagar fiança. É a vida: corrompida e corrompida”, diz o início da música – uma versão de  O Que é, o Que é,  de Gonzaguinha. “A lei diz que, quando entrar um idoso tenho que levantar. Mas finjo que não vejo a velhinha, fecho o olho e dou aquela dormidinha”, diz outro trecho da esquete. Com boa dose de ironia, o humo

A atriz Marieta Severo rebate Fausto Silva no programa do apresentador sobre a situação do Brasil

O próximo empregado da Globo a sofrer ameaça de morte, depois de Jô Soares, será Marieta Severo. Pode anotar. Marieta foi ao programa do Faustão, uma das maiores excrescências da televisão mundial desde a era peleozóica. Fausto Silva estava fazendo mais uma daquelas homenagens picaretas que servem, na verdade, para promover um programa da emissora. Os artistas vão até lá por obrigação contratual, não porque gostem, embora todos sorriam obsequiosamente. O apresentador insiste que são “grandes figuras humanas”. Ele se tornou uma espécie de papagaio do que lê e vê em revistas e telejornais, tecendo comentários sem noção sobre política. Em geral, dá liga quando está com uma descerebrada como, digamos, Suzana Vieira ou um genérico de Toni Ramos. Quando aparece alguém um pouco mais inteligente, porém, ele se complica. Faustão anda tão enlouquecido em sua cavalgada que não lembrou, talvez, de quem se tratava. Começou com uma conversa mole sobre o Brasil ser “o país da desesper