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Ricardo Kotscho afirma que a Lava Jato não será capaz de renovar para melhor o Congresso Nacional

Nos últimos tempos, o pensamento único nacional nos vendeu a ideia de que nestas eleições, depois da Lava Jato, tudo iria ser diferente.
Viria aí uma grande renovação do Congresso Nacional, uma verdadeira limpeza promovida pelo voto.
Quem acreditou nisso pode ir tirando o cavalinho da chuva.
Em reportagem de Ranier Bragon e Camila Matoso, a Folha deste domingo denuncia como está funcionando o balcão de negociações de compra e venda de deputados que ocorrem até durante as sessões da Câmara.
São os mesmos parlamentares e os mesmos parlamentares de sempre envolvidos na feroz disputa pelo butim de R$ 2,6 bilhões que eles próprios criaram para financiar as campanhas com dinheiro público.
“Tem um mercado. Depende de quanto paga, né?”, resumiu aos repórteres o deputado Paulinho da Força, um dos expoentes da turma do toma-lá-dá-cá que sobreviveu às investigações da Lava Jato, como todos os outros deputados denunciados.
O preço pago pelos partidos, a título de “luvas”, a exemplo dos jogadores de futebol, está entre R$ 1 milhão e R$ 2,5 milhões.
Entre os compradores, também se destacam os mesmos de sempre, segundo o bem informado Paulinho: o Partido Progressista de Paulo Maluf, que continua preso, e o PR, de Valdemar da Costa Neto, condenado no mensalão.
Além das “luvas”, há a promessa de pagamentos mensais, controle da legenda no Estado e tempo de propaganda de televisão.
O leilão se explica porque a grana do fundo eleitoral e o tempo de TV são distribuídos de acordo com o número de deputados federais eleitos pelos partidos.
Ou seja, não vai mudar nada, e a renovação da Câmara este ano pode ser até menor do que em outras legislaturas.
O que deverá aumentar, segundo todas as pesquisas, é o número de eleitores que não votará em ninguém (brancos, nulos e abstenções).
Tudo foi feito para garantir a reeleição de quem já está lá há muito tempo. Quem é de fora vai ter mais dificuldades para conquistar um mandato.
Este é o resultado da tal “reforma política” perpetrada no ano passado para manter intacto o apodrecido sistema político-partidário-eleitoral.
No meio da farra, durante a reunião da bancada do PSDB na última quarta-feira, com a participação do presidenciável tucano Geraldo Alckmin, presidente do partido, o líder Nilson Leitão deu um ultimato:
“Gente, quem quiser sair por causa de dinheiro que saia logo”.
Ainda está em tempo: a “janela” para mudança de partido, sem risco de perder o mandato por infidelidade, vai de 8 de março a 6 de abril.
Nada de programas ou projetos de país são discutidos nessas negociações. Só uma coisa interessa: quem dá mais?
Vida que segue.

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