Mais de oito anos depois do leilão da cobertura onde o senador Romário (Podemos-RJ) morava na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, a Justiça ainda não definiu o destino do montante arrecadado com a venda do imóvel — eram R$ 8 milhões em agosto de 2009. Recursos apresentados em tribunais superiores e a disputa entre credores do ex-jogador pelo direito de receber travaram o andamento da ação. Só com a correção pela taxa básica da caderneta de poupança, o valor depositado em juízo já supera os R$ 14 milhões.
O processo que levou ao leilão foi movido pelo empresário Levi Sotero contra Romário e uma de suas ex-mulheres, Mônica Santoro. Sotero era dono do apartamento localizado abaixo da cobertura do senador e alugava o imóvel para um executivo. Uma obra realizada por Romário provocou vazamentos e uma série de danos ao apartamento. O locatário deixou o imóvel em função dos problemas, e o empresário amargou o prejuízo. Depois de uma longa briga na Justiça, os advogados de Sotero conseguiram leiloar a cobertura, que foi comprada pelo empresário Edson Bueno, fundador da Amil, já falecido.
Começou então uma nova disputa: a União, que cobra um passivo fiscal; a Koncretize, empresa que pleiteia um pagamento relativo ao extinto restaurante Café do Gol, do qual Romário foi dono; e a administração do Golden Green, que alega débitos de condomínio, entraram como partes no processo com o intuito de receber os valores cobrados.
Em outra frente, a defesa de Romário acionou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e conseguiu uma liminar favorável do ministro Luís Felipe Salomão, em outubro de 2013.
As informações são de reportagem de Marco Grillo e Thiago Prado em O Globo. (Com o 247)
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