O procurador-geral da República Rodrigo Janot pretende apresentar a segunda
denúncia contra Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal na próxima semana. É
possível, segundo o colunista Lauro Jardim, que ela seja encaminhada, inclusive,
na sexta-feira (8), após o feriado.
O jornalista observou em sua coluna no jornal O Globo, nesta quinta (31), que
o pedido ao Supremo "incluirá a delação premiada de Lúcio Funaro, que deve ser
homologada nos próximos dias."
Porém, o relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, devolveu a
delação a Janot e pediu correções. O problema seria que o acordo prevê
benefícios não só na esfera criminal, mas também na esfera cível, algo que não
deveria ter sido concedido.
"O ministro lembrou a pessoas próximas que esse procedimento já foi adotado
pelo seu antecessor na relatoria da Lava Jato, o ministro Teori Zavascki, morto
em janeiro. Teori chegou a pedir ajustes nos acordos de Paulo Roberto Costa,
Delcídio Amaral e Pedro Corrêa, todos delatores da Lava Jato", publicou o
Estadão.
A delação de Funaro deve cair como uma bomba sobre a cúpula do PMDB. A
imprensa divulgou que o operador apontou que Temer participou de desvios na
Caixa Econômica Federal e enviou recursos ilícitos para o exterior.
Funaro também abasteceu a denúncia contra Temer por obstrução de Justiça. Ele
pode ratificar a versão de Joesley Batista, da JBS, que afirmou à PGR que pagava
pelo silêncio do operador e de Eduardo Cunha, com aval do presidente. (Do GGN))
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