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Enquanto o The New York Times destaca, a mídia brasileira aplaude a perda de direitos dos trabalhadores e o fim do teto do salário funcionários públicos

Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
Silêncio na mídia brasileira sobre o escárnio representado pela liberação, pelo STF, dos super-salários de servidores de elite que acumulam cargos públicos, como se destacou ontem, aqui,
Mas o tapa no rosto da população não passou desapercebido na imprensa internacional.
Hoje, na matéria sobre a greve geral, o The New Yor Times destacou  sua estranheza:
Na véspera da greve, o Supremo Tribunal decidiu quinta-feira que os funcionários públicos de elite poderiam colecionar salários de mais de US $ 140 mil (R$ 450 mil ) por ano, um limite estabelecido na Constituição. O juiz Ricardo Lewandowski disse que seria injusto que um funcionário público cumprindo vários deveres recebesse uma “pequena retribuição”.
A decisão, em um país onde aproximadamente metade da população arrasa com um salário mínimo de cerca de US$ 4.000  (R$ 12,8 mil, também anuais) pode reforçar percepções de que os funcionários públicos mais privilegiados do Brasil estão encontrando formas de aumentar sua riqueza em um momento em que as autoridades estão pressionando por medidas de austeridade.
O erro da reportagem  é o de não considerar que “os funcionários públicos mais privilegiados do Brasil estão encontrando formas de aumentar sua riqueza”  o fazem sob o endeusamento da mídia, que os apresenta como “justiceiros” da corrupção e os defensores do dinheiro público.

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