O Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, deve registrar um rombo de R$ 1,2 bilhão em 2015
O Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, deve registrar um
rombo de R$ 1,2 bilhão em 2015. A partir
desta quinta-feira, 30, os funcionários e aposentados dos Correios começam a
pagar uma contribuição extra sobre os benefícios para o equacionamento do
déficit de R$ 5,6 bilhões de 2014.
As contribuições extras foram determinadas aos quase 76 mil funcionários,
aposentados e pensionistas, além dos Correios, para resolver o rombo do plano de
benefício definido. Pelas regras de equacionamento de déficit dos fundos de
pensão, o desconto mensal ficou determinado em 17,92% do valor da aposentadoria,
da pensão ou do valor previsto para o benefício por 25 anos e meio.
A contribuição de 17,92% incorpora a contribuição extra anterior, de 3,94%,
que estava sendo feita para cobrir o déficit de R$ 1 bilhão de 2012 e 2013. No
contracheque de junho será cobrado 17,92% deste mês mais 3,94% do mês anterior,
além de 9% da taxa de administração. Ou seja, quase 31% do benefício.
Do rombo de R$ 5,6 bilhões desse plano, que é o mais antigo da entidade, R$
1,7 bilhão é consequência de mudanças na expectativa de mortalidade e na taxa de
juros, R$ 2,7 bilhões são derivados de má performance dos investimentos e R$ 1
bilhão do resultado de uma dívida que os Correios têm com o plano. Em valores
corrigidos, a dívida da patrocinadora já chega a R$ 1,3 bilhão. A Previc, órgão
responsável por fiscalizar os fundos de pensão, reconheceu que a argumentação do
pedido está correta.
Do Ceará Agora
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