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A atriz Letícia Sabatela diz que querem tirar a presidente Dilma não pelos erros, mas pelos acertos

A atriz Letícia Sabatella defendeu em discurso nesta quinta-feira 31, durante encontro com intelectuais, artistas e cientistas no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff, que querem tirar Dilma do poder não pelos erros, mas pelos acertos.

"Não querem tirar Dilma pelos erros, mas pelos acertos", disse a atriz, destacando que é preciso "reconhecer a ascensão social da população brasileira". Segundo ela, depois que pouco se distribuiu em renda no País, começou a "grita".

Olhando para a presidente, Sabatella admitiu ser oposição ao governo, mas disse estar feliz por poder dizer isso na frente da própria presidente, em uma sociedade democrática. "Eu vim aqui hoje clamar por democracia", pediu. "Uma vez dado um passo, a gente tem q ir adiante, não pra trás", acrescentou.

A atriz lamentou a "polarização" e "esse ódio instaurado" no Brasil com o cenário político atual. "O povo está dividido por culpa de um projeto de tomada de poder na marra", disse. (247)

Leia mais na reportagem da Agência Brasil sobre o encontro:

Artistas e intelectuais fazem ato contra o impeachment

Ana Cristina Campos e Yara Aquino - Artistas e intelectuais contrários ao impeachment estão no Palácio do Planalto para um ato em defesa da presidenta Dilma Rousseff e da democracia. Entre os participantes, figuram o escritor Fernando Morais, os atores Antônio Pitanga, Osmar Prado e Sérgio Mamberti, o produtor cultural Pablo Capilé, idealizador do coletivo Fora do Eixo, e Antônio Carlos dos Santos, conhecido como Vovô do Ilê Ayê. A presidenta Dilma chegou há pouco ao Salão Leste acompanhada da atriz Letícia Sabatella, da cineasta Anna Muylaert, da cantora Beth Carvalho e do escritor Raduan Nassar, entre outros artistas.

"Estou aqui hoje porque sou brasileiro. Não sou petista, mas acho que o que está em jogo aqui hoje é algo maior do que o PT, o Lula [ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva] e a Dilma Rousseff. Está em jogo a democracia, o risco de a gente ser submetido a um golpe de Estado. Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe de Estado. E estou aqui também para defender um projeto de nação que tirou 40 milhões da pobreza, que levou luz para milhões de pessoas nas regiões mais pobres do Brasil. A elite brasileira e a direita brasileira não conseguem conviver com isso", disse o escritor Fernando Morais.

Ao chegar para a cerimônia, o ator Antônio Pitanga defendeu o governo da presidenta Dilma Rousseff e disse que a luta é pela cidadania e pela democracia no país. "Estou aqui pela cidadania, como pai, avô, defendendo a cidadania, a democracia, não quero que meus netos e netas presenciem o que eu presenciei quando eu era do movimento estudantil e fizemos todo um movimento contra a ditadura de 1964. Então, não dá para ver esse momento e ficar omisso. Estou aqui e estarei nos lugares mais longínquos deste país dizendo não ao golpe", disse o ator.

Os ministros da Cultura, Juca Ferreira, do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, e da Educação, Aloizio Mercadante, também participam do encontro.

O evento ocorre dias depois do ato dos juristas contra o impeachment no Planalto. O ato foi batizado pelos juristas de "Pela Legalidade e em Defesa da Democracia" e, dele, participaram também advogados, promotores e defensores públicos contrários ao processo de impeachment.

Hoje, a Frente Brasil Popular - composta por diversas entidades sindicais, movimentos sociais e partidos - faz, em todo o país, o Dia da Jornada Nacional pela Democracia. O grupo é contrário ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Em Brasília, o ato começa às 14h, com concentração no estacionamento do Estádio Mané Garrincha. Depois, às 18h, haverá marcha em direção ao Congresso Nacional. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve participar do ato, no início da noite, em frente ao Congresso Nacional.

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