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Os oposicionistas ao PT “se esquecem” que o Aécio Neves (PSDB) perdeu a eleição presidencial em Minas Gerais

O deputado federal Silvio Costa (PT do B-PE) defendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alvo de um bombardeio de críticas da oposição pelas acusações de corrupção no governo Dilma Rousseff (PT) e que também atingem o petista. De acordo com o parlamentar, Lula “foi o presidente mais atacado da história do País”. “A oposição não tem moral e deve respeitar a história de Lula, que é um homem de bem, tirou 40 milhões de pessoas da pobreza extrema. Lula vai ser candidato em 2018 e eles (oposicionistas) vão ter que nos engolir”, disparou ele, em entrevista ao 247
Na avaliação de Silvio Costa, os oposicionistas ao PT “se esquecem” que, em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) perdeu a eleição presidencial no seu reduto eleitoral (Minas Gerais), onde governou por oito anos. No primeiro turno, Dilma alcançou 43% dos votos contra 39% do tucano. No segundo, a petista ganhou novamente, por 52% a 47%. “Minas disse que Aécio não serve para o País”, acrescentou o deputado. “A oposição ainda não desarmou o palanque de 2014”.
Sobre os sinais do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), de que o seu partido, oficialmente aliado da presidente Dilma, terá candidato a presidência da República em 2018, o deputado afirmou ver um "primarismo" do peemedebista, que, segundo ele, "passou 2015 conspirando contra a presidente Dilma", querendo a renúncia da petista.
“E quando viu que o impeachment subiu no telhado, refluiu”, complementou Silvio Costa, que disse ter se decepcionado com o vice-presidente. Para o deputado, o PMDB tem o direito de lançar candidato na eleição de 2018, mas “Temer faltou respeito com Dilma”.
Diante das críticas ao governo federal em consequência do envolvimento de petistas e aliados nas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, o congressista afirmou que "no governo do PT o Ministério Público funciona, o Judiciário funciona". "O PT fez um governo onde mais se apurou corrupção no País. O partido não inventou a corrupção. Lamentavelmente é um problema antigo”, completou.
A mais recente alfinetada a petistas e ao ex-presidente Lula veio do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), neste sábado (30), durante evento no estado. “O Lula é o Partido dos Trabalhadores. O Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com as questões de natureza ética, sem limites”, criticou ele, ao comentar as investigações sobre um sítio usado pelo ex-presidente em Atibaia (SP) e sobre um apartamento no Guarujá (SP), alvo de investigação do Ministério Público (MP-SP) e da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).
O Instituto Lula divulgou duas notas, neste sábado (30), uma com documentos rechaçando eventuais ilegalidades. "A mesquinhez dessa 'denúncia', que restará sepultada nos autos e perante a História, é o final inglório da maior campanha de perseguição que já se fez a um líder político neste País". A outra nota rebate as acusações de Alckmin. Lula, por meio do instituto, disse que o tucano deveria explicar "os desvios nas obras do metrô e na merenda escolar, a violência contra os estudantes e os números maquiados de homicídios no estado".
Para Silvio Costa, a oposição é contra a democracia. "É aliada de (Eduardo) Cunha, que já está com 'passagem comprada' para Curitiba". O parlamentar fez referência ao fato de o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ser investigado na Lava Jato por recebimento de propina.
Em delação premiada, o empresário Fernando Soares, o "Fernando Baiano", confirmou que o peemedebista recebeu US$ 5 milhões em um contrato de navios-sonda da Petrobras. Cunha também é alvo da Justiça por contas no exterior. Ele negou irregularidades nos dois casos.
Agripino Maia, propina na Era FHC e Máfia da Merenda
O deputado lembrou alguns casos de oposicionistas investigados pela Justiça, como o do senador José Agripino Maia (DEM-RN). O democrata está na mira da Lava Jato, que apura desvio de recursos e corrupção na Petrobras, com a participação de políticos e empreiteiras. As investigações apontaram que ele combinou pagamento de propina com executivos da OAS. O dinheiro teria sido desviado da obra do estádio Arena das Dunas, em Natal (RN). Tanto Agripino como a empresa negaram haver ilegalidades.
Em março do ano passado, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia autorizou a abertura de inquérito para investigar se o parlamentar cometeu crime de corrupção passiva. Em acordo de delação premiada, o empresário George Olímpio disse ter pago R$ 1 milhão ao ao congressista para tentar implantar o sistema de inspeção veicular no Rio Grande do Norte, governado pelo DEM, de 2011 a 2015, sob o comando de Rosalba Ciarlini Rosado. Neste caso, o senador também rechaçou as acusações.
Outro caso de corrupção citado em delação envolvendo oposicionista veio à tona, no começo deste mês, após um depoimento do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Aos investigadores da Lava Jato, ele disse que a compra da empresa argentina Pérez Companc (PeCom) pela estatal brasileira, por US$ 1,02 bilhão, em julho de 2002, envolveu uma propina de US$ 100 milhões ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Pelo Facebook, o tucano negou haver irregularidades.
“Afirmações vagas como essa, que se referem genericamente a um período no qual eu era presidente e a um ex-presidente da Petrobras (Francisco Gros) já falecido, sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação”, rebateu. Questionado sobre o que teria a dizer acerca da resposta do ex-presidente, Silvio Costa disse que “a oposição não tem credibilidade ética”.
Para reforçar a sua crítica, o parlamentar citou a Máfia da Merenda, em São Paulo, governado pelo tucano Geraldo Alckmin. Trata-se de um esquema milionário de desvios de recursos da merenda escolar para o financiamento de campanhas eleitorais do PSDB.
Funcionários da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) afirmaram que o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), recebia propina que chegava a 25% dos contratos entre a entidade e o poder público. A máfia, que envolve três cooperativas de agricultura familiar, atuou em 152 cidades paulistas, de acordo com documento da Operação Alba Branca.
Investigado, o presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), Cássio Chebabi, citou membros do governo Alckmin  que estariam envolvidos no esquema - o ex-secretário da Educação Herman Woorvard, o ex-­chefe de gabinete da Casa Civil Luiz Roberto dos Santos, conhecido como "Moita", e o ex-chefe de gabinete da Educação Fernando Padula.
Em um pedido de grampo telefônico à Justiça, em São Paulo, o delegado Mário José Gonçalvez afirmou que, a partir de um conjunto de provas coletadas, foi possível concluir a existência de um "grande esquema criminoso, que desviou e ainda desvia do prato de comida dos alunos da rede pública alimentos valiosos que são transformados em cifras que acabam banhando a conta bancária de funcionários públicos e de empresários corruptos".
Durante evento em São Paulo, neste sábado (30), o governador afirmou que deve haver "apuração absoluta para quem tiver culpa responder criminal e judicialmente". Alckmin falou em "rigor ético" ao fazer referência a Woorvard, e ao deputado federal Duarte Nogueira, ex-secretário da Agricultura e atual titular da pasta de Logística e Transportes. 
Economia
Ainda durante a entrevista, Silvio Costa lembrou que a oposição criou o Fator Previdenciário. “E no governo Dilma lutou para acabar com o fator, mas Dilma vetou porque ela é uma estadista honrada”, disse.
Para o deputado, os oposicionistas "fazem oposição ao Brasil" e necessitam de um "choque de responsabilidade". "A oposição criou a CPFM (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) e hoje é contra a volta dessa contribuição. É a oposição mais irresponsável da história do País”.
Do 247

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