A PF põe foto do Lula em inquérito contra a Odebrecht, mas afirma que não há nada contra o ex-presidente
No inquérito que apura supostas irregularidades cometidas pela construtora Odebrecht, a Polícia Federal anexou fotos e planilhas com informações pessoais do ex-presidente Lula e do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
A PF juntou ao documento cópia do Pedido de Compra 5318, de 4 de julho de 2013, emitido pela Construtora Odebrecht e tendo como fornecedora a LILS Palestras, Eventos e Publicações, no valor de R$ 400 mil, para apresentação de palestras.
Em um trecho do relatório, a PF faz alusão ao documento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) vazado pela revista Veja, em agosto, sobre movimentação de R$ 27 milhões da LILS entre abril de 2011 e maio de 2015. Desse total, R$ 10 milhões teriam como depositantes empreiteiras envolvidas na Lava Jato.
Sobre os R$ 400 mil recebidos, a LILS recolheu a título de impostos R$ 8 mil aos cofres municipais de São Bernardo do Campo, onde fica a sede da LILS e a residência de Lula.
A PF não imputa nenhum ato ilícito na análise do negócio, apenas reproduz documentos apreendidos nas buscas da Lava Jato.
Ao jornalista Fausto Macêdo, que divulgou o relatório, a Odebrecht Infraestrutura afirmou que mantém uma relação institucional e transparente com o ex-presidente Lula. "O ex-presidente foi convidado pela empresa para fazer palestras no Exterior, voltadas para empresários, investidores e líderes políticos sobre as potencialidades do Brasil e de suas empresas, exatamente, o que têm feito presidentes e ex-presidentes de outros países, como Estados Unidos, França e Espanha", afirma.
Do 247
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