Pular para o conteúdo principal

FHC diz a senadores do PSDB que o partido deve estimular as manifestações, desde que fique longe do mote "Fora Dilma"

A cúpula do PSDB decidiu pegar carona nas movimentações marcadas para o dia 15 de março. Os movimentos, se acontecerem, trazem a marca do impeachment para Dilma. O PSDB, na carona, não vincula seu apoio ao impeachment de Dilma. Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente é o articulador.
FHC reuniu ontem, em seu Instituto, os senadores mais expressivos de seu partido, o PSDB. Estiveram presentes em sua convocação para o almoço o senador Aloysio Nunes (SP), Cássio Cunha Lima (PB), Tasso Jereissati (CE), José Serra (SP) e do senador e também presidente nacional da sigla e candidato derrotado a presidente do Brasil, Aécio Neves (MG). No almoço, FHC fez a defesa de que o PSDB deve estimular as manifestações, desde que fique longe do mote "Fora Dilma".
"Tem que ficar claro que nós apoiamos, mas não somos promotores", disse o ex-sociólogo FHC, segundo relatos de participantes. Prontamente o senador Aloysio Nunes concordou em participar, mas José Serra e Aécio Neves não prometeram nada.
Os tucanos apostam nos movimentos alimentados em redes sociais. Para eles, em São Paulo o movimento irá obter adesão expressiva, parte do motivo da participação do PSDB, que tem na cidade seu reduto maior. O ajuntamento inicial se dará na Avenida Paulista, mas o roteiro ainda está indefinido.
Aloysio declarou não ser a favor do "Fora" pois pessoas que defendem tal bandeira não estão "conscientes dos mecanismos constitucionais". Disse o candidato a ex-presidente derrotado nas últimas eleições, que esta bandeira representa mais a indignação das pessoas. Sua ida se deve ao fato de que movimentos são contra o governo, e o PSDB é a "oposição".
Cunha Lima concordou com tudo e reforçou dizendo que o não irão fazer pirotecnia e que o impeachment não está na pauta do partido. Avisou, contudo, que "a palavra não pode ser criminalizada".
Ao fim da reunião, Aécio e Serra foram os escolhidos para explicarem à imprensa o posicionamento do partido. Aécio afirmou que ato não é uma bandeira partidária, uma manifestação partidária, e que é preciso que se tenha isso bem claro.
Segundo o Estadão, que deu a notícia, diferente do que aconteceu nos dois movimentos pró-impeachment depois da democratização - o Fora Collor em 1992 e o Fora FHC em 1999 -, desta vez os partidos e organizações do movimento social não estão formalmente envolvidos.
No dia 15, a convocação do ato é feita por dezenas de organizações virtuais, que não consideram produtivo que seja partidário. A declaração foi dada por Rogério Chequer, líder do "Vem pra Rua"  e maior aglutinador de tucanos nesta movimentação.
Com o GGN

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO NO RENDIMENTO DO SALÁRIO

É indiscutível a importância do estudo para alavancar o rendimento e a produtividade do trabalho das pessoas, mas ainda não tínhamos uma medida exata para o mercado brasileiro da contribuição da educação para o rendimento do trabalho. No início de outubro deste ano, a Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV/RJ) publicou um trabalho em que são apresentadas informações relevantes a respeito da influência do estudo no rendimento do trabalho ou o retorno no investimento em capital humano. Existe uma diferença entre o capital humano geral caracterizado como o aprendizado no ensino fundamental, médio e superior e o capital humano específico que o indivíduo adquire através de sua experiência profissional e cursos específicos. O último é perdido, ao menos em parte, quando o indivíduo passa a exercer outra atividade bem diferente da que exercia, enquanto que o primeiro tipo de capital humano só é perdido com a morte do indivíduo. Em analisando pessoas do mesmo sexo, raça, idade e localid...

humorista Marcelo Adnet mostra que a maioria das pessoas que condenam a corrupção é corrupta

Você abomina corrupção, certo? Mas será que nunca furou fila no banco, estacionou em vaga de deficiente, não devolveu o dinheiro do troco errado que recebeu, ‘molhou’ a mão de agentes de trânsito para não ser multado, falsificou uma carteirinha de estudante para pagar meia-entrada ou fez um retorno na contramão? São esses episódios do dia a dia do brasileiro que o humorista Marcelo Adnet aborda no Musical do  Jeitinho Brasileiro  ( assista ao vídeo completo aqui ), um dos esquetes exibidos na Rede Globo nesta terça-feira (19), na estreia da nova temporada do programa  Tá No Ar, programa capitaneado pelo próprio Adnet. “Eu deixo uma cerveja [propina] que é pra não pagar fiança. É a vida: corrompida e corrompida”, diz o início da música – uma versão de  O Que é, o Que é,  de Gonzaguinha. “A lei diz que, quando entrar um idoso tenho que levantar. Mas finjo que não vejo a velhinha, fecho o olho e dou aquela dormidinha”, diz outro trecho da esquete...

Pesquisa Vox Populi mostra o Haddad na liderança com 22% das intenções de votos

Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta quinta (13) indica: Fernando Haddad já assume a liderança da corrida presidencial, com 22% de intenção de votos. Bolsonaro tem 18%, Ciro registra 10%, Marina Silva tem 5%, Alckmin tem 4%. Brancos e nulos somam 21%. O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O índice de confiança chega a 95%. O nome de Haddad foi apresentado aos eleitores com a informação de que é apoiado por Lula. Veja no quadro: Um pouco mais da metade dos entrevistados (53%) reconhece Haddad como o candidato do ex-presidente. O petista, confirmado na terça-feira 11 como o cabeça de chapa na coligação com o PCdoB, também é o menos conhecido entre os postulantes a ocupar o Palácio do Planalto: 42% informam saber de quem se trata e outros 37% afirmam conhece-lo só de nome. O petista chega a 31% no Nordeste e tem seu pior desempenho na região Sul (11%), me...