Polícia denuncia quatro pessoas na justiça por injúrias raciais manifestadas contra o goleiro Aranha
Patrícia foi flagrada
proferindo ofensas racista para Aranha Reprodução/Imagens ESPN
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul anunciou nesta terça-feira (30) que
quatro pessoas serão denunciadas na Justiça pelas injúrias raciais manifestadas
contra o goleiro Aranha, no jogo entre Grêmio e Santos, na Copa do Brasil,
realizado em 28 de agosto. A pena para eles na investigação poderá ser de um a
três anos de reclusão.
Uma das pessoas indiciadas foi Patrícia Moreira, que ficou conhecida pelo
público após ser flagrada pelas câmeras da ESPN proferindo a palavra ‘macaco’
para o atleta. Os outros denunciados pela polícia foram os integrantes da Geral
do Grêmio: Éder de Quadros Braga, Rodrigo Machado Rychter, Fernando Moreira
Ascal. Dois destes têm antecedentes criminais.
De acordo com o órgão, Patrícia não tem nenhuma relação com a torcida
organizada do clube gaúcho, que costuma se posicionar no setor da arquibancada
norte do estádio, local de onde veio as ofensas ao goleiro.
O delegado regional de Porto Alegre que acompanha as investigações dos
torcedores, Cleber Ferreira, explicou que foram identificadas oito pessoas que
cometeram injúrias racistas, mas que tiveram apenas provas concretas contra
quatro delas.
— Identificamos oito pessoas que manifestaram palavras e gestos raciais
contra pessoas de cor. Isto possibilitou trazer para autos provas concretas. E
nas provas concretas, identificamos quatro destes oito. Por tanto, temos quatro
indiciados.
O delegado também prometeu ir atrás de mais suspeitos que possam ter cometido
atos racistas contra o goleiro Aranha.
— Durante três horas de gravação as peritas conseguiram identificar oito
pessoas. Mas o universo não é pequeno, o grupo de pessoas que fizeram e não
foram identificadas é grande. Vamos seguir e além das quatro flagradas podem
surgir outras.
Do R7
Comentários
Postar um comentário