A CPI Mista que investiga denúncias de corrupção na Petrobras recebeu pedido para convocação do Antonio Palocci
A CPI Mista que investiga denúncias de corrupção na
Petrobras recebeu, na manhã desta segunda-feira (29), pedido
para convocação do ex-ministro Antonio Palocci.
A iniciativa partiu do deputado oposicionista Rubens
Bueno (PPS-PR), com base em reportagem da revista Veja, segundo a qual o
ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa disse que, em 2010, o então ministro
da Fazenda do governo Lula lhe pediu R$ 2 milhões para a campanha de Dilma
Rousseff ao Palácio do Planalto.
Conforme a revista, a informação foi passada por
Paulo Roberto dentro do acordo de delação premiada firmada com o Ministério
Público e a Polícia Federal. Os parlamentares da CPI bem que tentaram, mas ainda
não conseguiram ter acesso ao conteúdo dos depoimentos, o que só vai acontecer
depois que o acordo for homologado
pelo Poder Judiciário.
Conforme o requerimento que pede a convocação de
Palocci, tal acusação "é grave" e revela a necessidade de ouvir o ex-ministro
para que sua versão dos fatos seja confrontada com a de Paulo Roberto
Costa e com a do doleiro Alberto Youssef, que também já fechou acordo de
delação.
Vaccari
Juntamente com a convocação de Antonio
Palocci, chegou nesta manhã à CPI Mista mais um requerimento para convocação do
tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
O pedido também partiu de Rubens Bueno, desta vez
com base em reportagem do jornal Folha de S. Paulo. Segundo a matéria, a
Polícia Federal encontrou em computadores de pessoas ligadas Youssef mensagens
que apontam para a participação de Vaccari Neto como mediador de contatos entre
operadores do doleiro e o fundo de pensão dos empregados da Petrobras, o
Petros.
Conforme o jornal, tratava-se de esquema para
viabilizar a captação de recursos junto ao Petros que teriam como destino
empresas de fachada de Youssef.
Alberto Youssef e o ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa são dois dos principais acusados
de operarem um esquema de desvio de dinheiro que, segundo a Polícia
Federal, movimentou ilegalmente R$ 10 bilhões. Ambos foram pegos na
Operação Lava Jato e estão presos no Paraná.
Os requerimentos ainda não têm data para serem
analisados. A próxima
reunião da CPI mista é dia 8 de outubro, após o primeiro turno das eleições,
para oitiva de Meire Poza, contadora de Youssef. Se houver quórum e acordo, no
entanto, pode ser que o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB),
aproveite para pôr em votação esses e outras centenas de requerimentos que
aguardam deliberação.
Da Agência Senado
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