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A Dilma e o Aécio estão se preparando para tetarem massacrar a Marina com acusações no debate do SBT amanhã

FOTO: Miguel Schincariol/AFP

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O debate a ser realizado pelo SBT, nessa segunda-feira, a partir das 17:30 horas, abrirá as portas para discursos mais ásperos e duros dos candidatos  Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) em direção á candidata do PSB, Marina Silva, à Presidência da República. A onda de ataques faz parte da nova estratégias de Dilma e Aécio que viram Marina disparar nas pesquisas de intenção de votos. A candidata do PSB chegou ao empate com Dilma, cada uma, segundo o Instituto Datafolha, soma 34% de apoio dos eleitores, enquanto o tucano tem apenas 15%.

O cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marco Antonio Carvalho Teixeira, não tem dúvidas que os números do Datafolha irão turbinar as críticas direcionadas a Marina. “A estratégia dos dois (Dilma e Aécio) foi muito mais intuitiva. Agora virá de forma organizada”, defende o professor. Segundo o professor, para Aécio, a ameaça imposta por Marina é imediata, com risco de deixá-lo de fora do segundo turno, mas a situação da presidente também já é bastante delicada. Por isso, deve se concretizar a teoria uma trégua entre PT e PSDB para concentrar a ação contra a candidata do PSB. “A união acontecerá porque não é mais uma eleição plebiscitária. Eles vão ter que passar a direcionar o tiroteio à Marina.”

Outra leitura sobre o novo cenário da disputa eleitoral é feita pelo cientista político e especialista em pesquisa eleitoral Sidney Kuntz. Ele, também, acredita que as campanhas petistas e tucanas vão concentrar os esforços em desconstruir a imagem de Marina, mas pondera que é preciso tomar cuidado com ataques muito agressivos. “Ataque não ganha voto há um bom tempo. O (Geraldo) Alckmin tentou contra Lula (em 2006) e era algo que não combinava com ele, não vingou. É preciso tomar cuidado (com ataques)”, disse.

Kuntz avalia ainda que o desempenho de Marina no último debate e também na entrevista ao Jornal Nacional, mostra que a candidata está muito mais bem preparada para responder a questões “mais complicadas” do que em 2010. “Hoje ela é quase uma monja tibetana.”


Na avaliação dos cientistas políticos, os discursos contra Marina devem focar primeiramente, como já evidenciado por interlocutores tucanos e petistas, na suposta inexperiência administrativa de Marina. Outro alvo devem ser as inconsistências da candidata na defesa de sua “nova política”. O primeiro argumento acaba sendo frágil, pois Dilma só tinha a experiência ministerial a apresentar em 2010, enquanto Marina foi senadora e ministra, explica Teixeira. “Mesmo contra Aécio, Marina pode em tese questionar o legado que ele deixou em Minas.”

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