Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada
hoje (29) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC) constatou o aumento no número das famílias brasileiras endividadas e com
contas em atraso, de março para abril. O percentual de famílias brasileiras que
relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque
especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro
alcançou 62,3% em abril deste ano. Em março, o índice era 61%. Quando a
comparação se dá com abril do ano passado (62,9%), o indicador mostra leve
recuo.
O percentual de famílias com contas em atraso também apresentou pequena alta
na comparação mensal, passando de 20,8% para 21,0% do total.
Houve, neste caso, também queda no percentual de famílias inadimplentes em
relação ao constatado em abril de 2013, quando esse indicador alcançou 21,5% do
total. O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas
contas ou dívidas em atraso – e que, portanto, permaneceriam inadimplentes –
apresentou queda apenas na comparação mensal, alcançando 6,9% em abril de 2014,
contra 7,1% de março deste ano e 6,7% quando a comparação se dá com abril de
2013.
Segundo a CNC, a alta no número de famílias endividadas, na comparação com o
mês anterior, deu-se em ambos os grupos de renda pesquisados, mas na comparação
anual (abril do ano passado) houve queda apenas para a faixa de maior renda.
Para as famílias que ganham até dez salários mínimos, o percentual das que
tinham dívidas chegou a 64,1% em abril. Em março, este percentual era 63,5% e
63,8% em abril do ano passado.
Em relação às famílias com renda acima de dez salários mínimos, o percentual
das que estavam endividadas passou de 49,6% para 53,3%, de março para abril. Em
abril de 2013, o percentual de famílias com dívidas nesse grupo de renda era
58,5%.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor é apurada
mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as
capitais dos Estados e no Distrito Federal com cerca de 18 mil consumidores.
Por Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante
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