Após muita especulação, a presidente Dilma Rousseff deu início nesta
quinta-feira (30) à reforma ministerial com o anúncio oficial, por meio de nota,
dos novos titulares para três pastas: Educação, Casa Civil e Saúde. As primeiras
trocas já apontam para o cenário de possíveis candidatos para as eleições que
ocorrem em outubro.
Aloizio Mercadante deixa o Ministério da Educação e vai para a Casa Civil na
vaga de Gleisi Hoffmann, que sai para concorrer ao governo do Paraná nas
eleições de outubro. Para o lugar de Mercadante, será alçado José Henrique Paim
Fernandes, até então secretário-executivo do órgão.
Na Saúde, a vaga de Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São
Paulo, será ocupada por Arthur Chioro, que comandava a secretaria de Saúde de
São Bernardo do Campo (Grande SP).
A posse dos novos ministros será na segunda-feira (3), às 11 horas, no
Palácio do Planalto.
As trocas, que já haviam sido comunicadas extraoficialmente, fazem parte da
primeira etapa da já esperada dança das cadeiras por conta da saída de alguns
ministros para disputar as eleições deste ano.
A presidente ainda pode decidir sobre o destino dos titulares de outros
ministérios, como Integração Nacional, Cidades, Desenvolvimento, Relações
Institucionais, Turismo, Desenvolvimento Agrário e Portos.
O perfil dos novos ministros
A chegada de Mercadante à Casa Civil devolve à pasta um perfil mais político,
que deverá ganhar novamente status de superministério. O novo cargo dá mais
visibilidade ao petista, que vem conquistando progressivamente mais importância
no governo Dilma.
Ele começou como ministro da Ciência e Tecnologia e, com a saída de Fernando
Haddad para concorrer à Prefeitura de São Paulo, acabou migrando para a
Educação, ministério com orçamento maior.
Paim Fernandes, que o substituirá na Educação, está no ministério desde o
governo Lula. Economista, ele ocupava o cargo de secretário-executivo desde
2006, sob a gestão de Fernando Haddad.
Antes, ele já havia presidido o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação), autarquia federal responsável pela execução de políticas educacionais
do MEC.
Chioro, por sua vez, ocupava o cargo de secretário em São Bernardo e
recentemente foi alvo de polêmica por ser sócio de uma empresa de consultoria na
área de saúde ao mesmo tempo em que estava à frente da secretaria. O novo
ministro, que é investigado pelo Ministério Público de São Paulo por improbidade
administrativa, nega qualquer irregularidade, mas pediu afastamento da empresa e
cedeu as suas ações na empresa para sua mulher.
Do Uol
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