O povo brasileiro tem de certo modo um perfil de tranqüilidade
e às vezes até acomodado, mas me várias ocasiões manifestou, foi para as ruas,
exigiu que os seus direitos fossem cumpridos ou que mudasse o que estava
errado. A maioria desses movimentos
logrou êxito em atingir aos objetivos buscados.
O movimento pelas Diretas Já, em 1984, não
conseguiu que o primeiro pleito democrático após duas décadas de militarismo,
mas mobilizou a opinião pública e todo o país, contribuindo para a eleição de
Tancredo Neves no Colégio Eleitoral.
O movimento dos Caras-pintadas, em
1992, onde estudantes (ou não) com as faces pintadas com cores da bandeira
nacional, conseguiram mobilizar outros seguimentos da sociedade brasileira até
em culminar com o impeachment
de Fernando Collor.
O movimento Sou
da Paz, em 1997, foi um basta da sociedade contra a escalada da
violência urbana, onde boa parte da população exigiu que as autoridades agissem
efetivamente contra a proliferação das armas de fogo. Resultou na aplicação de
políticas públicas de segurança.
Mas recentemente, em meados
de 2013, houve manifestações nas mais diferentes regiões do Brasil pedindo
mudanças na gestão pública, notadamente quanto aos serviços públicos como
transporte, saúde, educação e ética no trato com o dinheiro público. Ainda é
cedo para dizer que as reivindicações do povo foram atendidas pelo menos em
parte, mas pelo menos uma das principais reivindicações foi atendida
imediatamente que era o não aumento dos preços das tarifas de transporte
público.
É muito provável que nos
próximos anos ocorram novas manifestações ou sejam criados movimentos que
exijam dos governantes melhor trato com os recursos arrecadados da sociedade.
Afinal de contas tudo que o governo arrecada vem do povo. Os fisco estaduais,
municipais e da União podem até cobrar das empresas, mas todos os impostos e
contribuições são repassados para os preços finais de todos os produtos e
serviços que é a própria população que compra, exceto o que é exportado. Portanto,
falta acontecer manifestações em que a maior parte da nossa sociedade exija que
os 34,5% do PIB em impostos que pagamos sejam gastos com eficiência, ética e
sem corrupção. Já passou da hora dos brasileiros cobrarem que os
administradores públicos do Brasil trabalhem com seriedade e respeitando o
povo.
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