A taxa de desocupação das pessoas com 15 anos ou mais de idade foi de 6,1% em 2012, abaixo dos índices de 2011 (6,7%) e de 2004 (8,9%). Já o percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (74,6%) manteve-se estável de 2011 para 2012, embora o número absoluto tenha crescido 3,2%. O nível da ocupação (proporção de ocupados nessa faixa etária) das pessoas de 5 a 17 anos foi de 8,3% em 2012, frente a 8,6% em 2011.
Estas informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2012, que mostra também que houve um ganho de 5,8% no rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 15 anos ou mais de idade ocupadas e com rendimento, na comparação entre 2011 (R$ 1.425,00) e 2012 (R$ 1.507,00), o que ocorreu em todas as regiões. Aumentou a desigualdade entre homens e mulheres nesse período: em 2012, as trabalhadoras recebiam o equivalente a 72,9% (R$ 1.238,00) do rendimento dos homens (R$ 1.698,00); em 2011 esta proporção era de 73,7%.
A concentração de renda também diminuiu de 2011 para 2012. O índice de Gini do rendimento do trabalho, que mede o grau de concentração de renda, cujo valor varia de zero (perfeita igualdade) a um (a desigualdade máxima), manteve a tendência de queda observada em anos anteriores e passou de 0,501 em 2011, para 0,498 em 2012.
O número de analfabetos de 15 anos ou mais de idade no Brasil passou de 12,9 milhões para 13,2 milhões de pessoas entre 2011 e 2012. Com isso, a taxa de analfabetismo, que era de 8,6% em 2011, chegou a 8,7% em 2012. No Nordeste, o contingente aumentou de 6,8 milhões para 7,1 milhões, e a taxa passou de 16,9% para 17,4% em 2012. A região concentrava mais da metade dos analfabetos brasileiros.
Por outro lado, o percentual de pessoas de 25 anos ou mais de idade sem instrução ou com menos de um ano de estudo caiu de 15,1% para 11,9% no Brasil, uma diminuição 3,4 milhões de pessoas em um ano. Já o percentual de pessoas com nível superior completo passou de 11,4% em 2011 para 12,0% em 2012, um aumento de 6,5% (867 mil pessoas a mais), totalizando 14,2 milhões de pessoas.
Entre 2004 e 2012, a PNAD indica envelhecimento da população (pessoas com 60 anos ou mais), especialmente entre as mulheres (aumento de 7,0% contra 5,6%, entre os homens), e aponta a redução de jovens. Em 2004, 42,8% da população era representada por pessoas de até 24 anos; oito anos depois, na mesma faixa etária, o percentual caiu para 39,6%.
Em 2012, 98,2% das crianças de 6 a 14 anos frequentavam a escola (taxa de escolarização), mesmo percentual observado em 2011. Para os jovens de 15 a 17 anos, a taxa de escolarização em 2012 era de 84,2%, superior à de 2011 (83,7%). Na faixa de 18 a 24 anos, o percentual situava-se em 29,4%.
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (74,6%) manteve-se estável de 2011 para 2012, embora o número absoluto destes trabalhadores tenha crescido 3,2%, chegando a 35 milhões de pessoas nessa condição, 1,1 milhão a mais de empregos nessa modalidade. No Sudeste e no Sul a proporção ultrapassou 80%.
O número de domicílios cresceu 2,5% entre 2011 e 2012, chegando a 62,8 milhões, 1,6 milhão a mais que no ano anterior. As regiões Norte (3,3%) e Nordeste (2,9%) cresceram mais que a média nacional. Já o Sudeste teve o menor crescimento do número de domicílios (2,2%).
A pesquisa confirmou o avanço na posse de alguns bens duráveis de 2011 para 2012, tais como: geladeira (de 95,8% para 96,7%); máquina de lavar roupa (de 51,0% para 55,1%) e televisão (de 96,9% para 97,2%). Houve aumento também no número de domicílios em que ao menos um morador possuía carro (de 40,9% em 2011 para 42,4% em 2012) ou motocicleta (de 19,1% para 20,0%) para uso pessoal.
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