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Muitos investimentos são travados por questões ambientais

Por Aristóteles Drummond, Jornalista

Quando se faz uma pesquisa sobre problemas que afetam uma cidade, não se deve discutir e, sim, procurar uma solução no prazo mais curto e ao menor custo. Vivemos um período de grandes obras e notáveis transformações. Algum desconforto está nos custando, mas devemos pensar grande, ter paciência e tolerância, especialmente quando se verifica que o trabalho está sendo feito dentro dos prazos estabelecidos.

No Rio, afronta pelo atraso tem sido o Arco Rodoviário, antiga aspiração do empresariado — via Firjan e Eduardo Eugênio, é justo registrar —, a qual o vice-governador, Pezão, vem se dedicando com empenho. Mas ambientalistas, ou que se dizem ser, encareceram e atrasaram a obra de maneira inacreditável. E o resultado é que percorrer os últimos dois quilômetros da Washington Luís, na entrada do Rio, nos horários de pico, leva quase uma hora. Prejuízos para todo mundo.

No entanto, são nas pequenas coisas que as falhas sobressaem. Calçadas irregulares, lixo e mau cheiro, demora na remoção de veículos abandonados e falta de fiscalização no comportamento de passageiros de trens e vans comprometem o grau de civilização de uma cidade tão bonita e que vive momento de otimismo. Aplicar normas de educação básica, que sempre foram respeitadas, seria mais do que oportuno. Não tem cabimento parte da população usar de transporte coletivo sem camisa, por exemplo. Passa logo a impressão de afinidade com o que existe de mais atrasado e tribal no mundo. Cenas que nos chocam nos noticiários acontecem na nossa cara e não reagimos.

É como se estivéssemos conformados com um país que vai perdendo valores em nome de uma tolerância que agride a liberdade de uma população que tem bons hábitos na média e que resiste ao retrocesso comportamental dessa nova classe, oriunda de graves problemas sociais surgidos nas últimas décadas e que não mereceram atenção das autoridades.

Governo e sociedade deveriam refletir sobre esse tema, que anda dirigido pela ousadia de desocupados, muitos remunerados em chamadas ONGs, que recebem recursos de diferentes níveis de governo. A paisagem humana de uma cidade também conta. É preciso vontade — e coragem — política para conter esta afronta à cidade mais bonita do Brasil.

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