Pular para o conteúdo principal

A falta de creches no Brasil é culpa dos governantes e deixa sem opção milhões de pais de família


A falta de lugar onde as mães brasileiras devem deixar os seus filhos para irem trabalhar é muito grande. Em todas as regiões do País faltam creches para as famílias possam deixar as crianças em locais adequados enquanto vão fazer as suas atividades do cotidiano. Essa é uma demanda muito importante que as autoridades dos três níveis de governo devem ver com bons olhos e colocar entre as suas prioridades. A verdade é que os pais precisam trabalhar e as crianças pequenas devem ficar em boas mãos com todos os cuidados. Como a maioria dos pais de famílias não possuem recursos suficientes para pagar por isso, resta apenas o poder público para suprir essa necessidade.

Aliás, a oferta imediata de vagas em creches públicas, em quantidade suficiente para atender toda a demanda, é uma obrigação do poder público determinada pela própria Constituição. A Emenda número 59, de 2009 determina isso. Entretanto, infelizmente, o que está na lei muitas vezes fica apenas lá. Na maioria das vezes, o desejo de quem aprovou a lei e superada pela incompetência administrativa e pela falta de vontade de quem está no poder executivo. Assim, as famílias passam a não ter onde deixar os seus filhos simplesmente porque não existem vagas nas creches públicas para deixá-los.

Mas, todos os anos de eleição, tem-se a repetição do mesmo fenômeno: candidatos acotovelam-se e se empolgam em palanques com os líderes locais prometendo a abertura de uma quantidade enorme de creches, uma em cada rua, isso porque eles sabem que boa parte dos pais e mães que estão os assistindo estão precisando desses serviços urgentemente. Mas, depois que são eleitos nem lembram que tenha falado tais coisas, que tenham prometido creches, etc. e a situação continua como estava ano após ano e eleição após eleição. 

Quase todos prometem e quase nada fazem. Por exemplo, Dilma, na campanha presidencial de 2010, afirmou com toda convicção que iria construir 6.427 creches em quatro anos de seu mandato. Para que ela pudesse cumprir essa meta, seria necessária a construção de cinco creches pode dia, em média.  No entanto, ela repetiu, ou está repetindo, o que a imensa maioria dos candidatos a cargos público fazem: prometem, mas não cumprem o que prometeram. Com mais da metade do mandato já cumprido, Dilma não entregou nem 10 creches. Uma tremenda vergonha!  

Somente, agora no final de janeiro é que ela anunciou a liberação de verbas para tentar elevar o número de construção de creches, dando ênfase no atendimento das famílias atendidas pelo Bolsa-Família. A presidente Não deve culpar somente os prefeitos por tamanho atraso, é preciso que o poder público federal seja mais incisivo nas suas atribuições e cobrar a agilidade das autoridades locais no atendimento dessa demanda tão urgente da população, notadamente daquela mais pobre.

Essas 6.427 creches prometidas por Dilma não atenderia toda a demanda do País (segundo alguns estudos, são necessárias 14 mil), mas já daria para aliviar significativamente a angústia de muitas famílias que não tem com quem deixar os seus filhos. Evidentemente que esse problema que é o resultado de décadas de descasos não pode que ser resolvido em apenas alguns poucos anos. Mas, é preciso tentar resolver com firmeza. Somente com belas palavras e poucas ações o problema continua onde está e com muitas pessoas padecendo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pesquisa Vox Populi mostra o Haddad na liderança com 22% das intenções de votos

Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta quinta (13) indica: Fernando Haddad já assume a liderança da corrida presidencial, com 22% de intenção de votos. Bolsonaro tem 18%, Ciro registra 10%, Marina Silva tem 5%, Alckmin tem 4%. Brancos e nulos somam 21%. O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O índice de confiança chega a 95%. O nome de Haddad foi apresentado aos eleitores com a informação de que é apoiado por Lula. Veja no quadro: Um pouco mais da metade dos entrevistados (53%) reconhece Haddad como o candidato do ex-presidente. O petista, confirmado na terça-feira 11 como o cabeça de chapa na coligação com o PCdoB, também é o menos conhecido entre os postulantes a ocupar o Palácio do Planalto: 42% informam saber de quem se trata e outros 37% afirmam conhece-lo só de nome. O petista chega a 31% no Nordeste e tem seu pior desempenho na região Sul (11%), mesmo

humorista Marcelo Adnet mostra que a maioria das pessoas que condenam a corrupção é corrupta

Você abomina corrupção, certo? Mas será que nunca furou fila no banco, estacionou em vaga de deficiente, não devolveu o dinheiro do troco errado que recebeu, ‘molhou’ a mão de agentes de trânsito para não ser multado, falsificou uma carteirinha de estudante para pagar meia-entrada ou fez um retorno na contramão? São esses episódios do dia a dia do brasileiro que o humorista Marcelo Adnet aborda no Musical do  Jeitinho Brasileiro  ( assista ao vídeo completo aqui ), um dos esquetes exibidos na Rede Globo nesta terça-feira (19), na estreia da nova temporada do programa  Tá No Ar, programa capitaneado pelo próprio Adnet. “Eu deixo uma cerveja [propina] que é pra não pagar fiança. É a vida: corrompida e corrompida”, diz o início da música – uma versão de  O Que é, o Que é,  de Gonzaguinha. “A lei diz que, quando entrar um idoso tenho que levantar. Mas finjo que não vejo a velhinha, fecho o olho e dou aquela dormidinha”, diz outro trecho da esquete. Com boa dose de ironia, o humo

A atriz Marieta Severo rebate Fausto Silva no programa do apresentador sobre a situação do Brasil

O próximo empregado da Globo a sofrer ameaça de morte, depois de Jô Soares, será Marieta Severo. Pode anotar. Marieta foi ao programa do Faustão, uma das maiores excrescências da televisão mundial desde a era peleozóica. Fausto Silva estava fazendo mais uma daquelas homenagens picaretas que servem, na verdade, para promover um programa da emissora. Os artistas vão até lá por obrigação contratual, não porque gostem, embora todos sorriam obsequiosamente. O apresentador insiste que são “grandes figuras humanas”. Ele se tornou uma espécie de papagaio do que lê e vê em revistas e telejornais, tecendo comentários sem noção sobre política. Em geral, dá liga quando está com uma descerebrada como, digamos, Suzana Vieira ou um genérico de Toni Ramos. Quando aparece alguém um pouco mais inteligente, porém, ele se complica. Faustão anda tão enlouquecido em sua cavalgada que não lembrou, talvez, de quem se tratava. Começou com uma conversa mole sobre o Brasil ser “o país da desesper