Os percalços da economia podem afetar a maior parte da população levando-a a incorrer em perdas de magnitudes variadas e de natureza diversa. Os custos são enormes quando ocorrem recessões, queda acentuada nas taxas de crescimento da economia ou alguns setores, mesmo que de forma isolada, apresentam problemas. Muitas famílias perdem o emprego, as pessoas que trabalham por conta vêem os seus rendimentos diminuídos, as empresas passam apresentar lucros menores e até mesmo prejuízos. Enfim, problemas na economia afetam negativamente quase toda a sociedade. Para minimizar tudo isso, é necessário que algo seja feito objetivando que as pessoas não sofram tanto.
Aqui, se observa ações que são objeto de divergência há séculos entre os especialistas, notadamente entre economistas e analistas da área econômica. Por um lado, existem aqueles que advogam a favor da participação efetiva do Estado na economia para diminuir os efeitos perversos das crises econômicas. Por outro, existem aqueles que possuem ojeriza ao governo se intrometer no mercado, na economia. Esse debate envolve intelectuais de todo o mundo, mas atualmente a maioria defende que o governo intervenha para que o povo não sofra tanto quando a economia não está bem. Aqueles que acham que o mercado consegue ajustar os desajustes da economia constitui uma minoria, mas conseguem ter voz ativa e respeitada em alguns círculos.
No Brasil, esse debate é acirrado, mas pelos menos nos últimos anos o governo tem participação efetiva na economia intervindo para que a queda nas taxas de crescimento das atividades econômicas seja bem menor do que se houvesse a ausência do setor público no estimo econômico. Uma das contestações mais agudas diz respeito ao subsídio dado pelo governo, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em empréstimos para vários setores da economia brasileira. Inclusive com contestação do Tribunal de Contas da União (TCU) que alega que o governo está descumprindo normas estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com o TCU, há uma estimativa de cerca de R$ 72,3 bilhões em custos para o Tesouro Nacional desses subsídios que o governo dar às empresas por meios dos empréstimos com taxas mais baixas do que as praticadas no mercado.
O cuidado com as finanças públicas deve ser uma constância para qualquer agente público, mas deve também cumprir uma função também muito importante que é o bem estar geral da população. Quando o governo por meio de suas ações evita que a economia ao invés de ter uma diminuição no produto de 2%, por exemplo, cresce 2% todos saem ganhando. Os custos serão infinitamente menores do que os ganhos obtidos com essa diferença de taxas de crescimento da economia. Essa regra que dize que nas recessões o Estado deve incorrer em déficit e no período de crescimento deve incorrer em superávit deve ser seguida por todos aqueles governos que tem o povo como prioridade.
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