Pular para o conteúdo principal

A religiosidade do povo brasileiro ficou mais mesclada e com menos participação dos católicos


A religiosidade é uma marca que caracteriza, em grande parte, o tipo de comportamento das pessoas no cotidiano além, evidentemente, da fé que é professada com suas particularidades próprias. Desde a antiguidade que os povos cultuam uma divindade ou várias divindades tendo em mente que esta ou estas poderiam lhes ajudar em momentos difíceis ao mesmo tempo em que poderiam levar para outro tipo de vida, seja por meio da morte ou mesmo sem morrer. Acreditar no que não ver ou acreditar no poder do que não ver sempre esteve presente na vida das pessoas desde que passaram a ter conhecimento das coisas e passaram a raciocinar como gente.

Nos tempos modernos, a religião também está presente até com mais força do que na antiguidade. Existem verdadeiros impérios em todo o mundo frutos da religião. Existem países sendo governado por meio de grupos religiosos onde a palavra final é sempre baseada na religião dominante. Isso ocorre com muita frequência em países do Oriente Médio, mas também ocorre em muitos outros países ao redor do mundo. Em muitos países, grupos que começaram muito pequenos, com apenas algumas poucas pessoas, há trinta ou vinte e cinco anos, hoje são muito grandes com a participação de milhões de seguidores, centenas de igrejas e outros tipos de prédios e bilhões de reais em patrimônio. Esse fenômeno ocorreu e continua ocorrendo de forma bastante nítida aqui no Brasil.

A religiosidade do brasileiro sempre foi marcada pela fortíssima influência da religião católica. Em 1872, o primeiro ano em que foi realizado censo, os católicos constituíam-se em 99,7% de toda a população brasileira, praticamente todos os brasileiros eram católicos. Esse fortíssimo predomínio da religião católica não encontrou obstáculos para se manter pelo menos até os anos de 1960. Na verdade, no período de 1872 a 1972 a religião católica perdeu apenas 7,9 pontos percentuais de participação na população brasileira. No entanto, a partir desse ano os católicos viram a sua participação entre os brasileiros diminuir de forma mais acentuada. No período de 1970 até 2010, a participação da religião católica passou de 91,8% para 64,6%.

Por outro lado, as religiões chamadas “evangélicas” tiveram a participação elevada de forma bastante forte. No período de 30 anos passaram de 6,6% da população brasileira para 22,2%, constituindo atualmente de cerca 42,3 milhões de pessoas que professam essa fé sob os mais diferentes tipos de igrejas e denominações. Existem muitas outras religiões no país como os espíritas, as de origem africanas, judeus, mulçumanos, entre muitas outras, mas as predominantes são as chamada igrejas evangélicas que estão a ponto de ameaçar o predomínio da igreja católica.

A intolerância religiosa jamais deve ser permitida, seja em que país for. Felizmente em nosso país convivemos fraternamente com as mais diferentes religiões sem que ocorram agressões mais fortes entre os integrantes, existem algumas pessoas que são má informadas ou sem preparos que dizem que a verdadeira religião é a delas e sempre desprezam as outras. Ainda bem que esse tipo de pessoas constitui a minoria, a regra é de harmonia e de respeito. É inegável que a religião pode oferecer meios e formas de redução de violência urbana, muitas pessoas que antes estavam propensas a praticarem crimes ou outros tipos de violências excluíram isso de suas mente ou deixam de praticar após passarem seguir uma religião, certamente caso como esse existem aos montes. Devemos respeitar todas as religiões, criticar quando for preciso criticar, mas sempre as respeitando.  

Comentários

  1. Podemos assim dizer que está mais democrática ...ou não.

    ResponderExcluir
  2. Parabens Francisco Castro, muito bom seu artigo sobre a religiosidade do povo brasileiro e sua contribuicao. Uma reflexao lucida e sensivel sobre o tema!

    ResponderExcluir
  3. Parabens Francisco Castro, muito bom seu artigo sobre a religiosidade do povo brasileiro e sua contribuicao. Uma reflexao lucida e sensivel sobre o tema!

    ResponderExcluir
  4. Parabens Francisco Castro, muito bom seu artigo sobre a religiosidade do povo brasileiro e sua contribuicao. Uma reflexao lucida e sensivel sobre o tema!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Pesquisa Vox Populi mostra o Haddad na liderança com 22% das intenções de votos

Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta quinta (13) indica: Fernando Haddad já assume a liderança da corrida presidencial, com 22% de intenção de votos. Bolsonaro tem 18%, Ciro registra 10%, Marina Silva tem 5%, Alckmin tem 4%. Brancos e nulos somam 21%. O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O índice de confiança chega a 95%. O nome de Haddad foi apresentado aos eleitores com a informação de que é apoiado por Lula. Veja no quadro: Um pouco mais da metade dos entrevistados (53%) reconhece Haddad como o candidato do ex-presidente. O petista, confirmado na terça-feira 11 como o cabeça de chapa na coligação com o PCdoB, também é o menos conhecido entre os postulantes a ocupar o Palácio do Planalto: 42% informam saber de quem se trata e outros 37% afirmam conhece-lo só de nome. O petista chega a 31% no Nordeste e tem seu pior desempenho na região Sul (11%), mesmo

humorista Marcelo Adnet mostra que a maioria das pessoas que condenam a corrupção é corrupta

Você abomina corrupção, certo? Mas será que nunca furou fila no banco, estacionou em vaga de deficiente, não devolveu o dinheiro do troco errado que recebeu, ‘molhou’ a mão de agentes de trânsito para não ser multado, falsificou uma carteirinha de estudante para pagar meia-entrada ou fez um retorno na contramão? São esses episódios do dia a dia do brasileiro que o humorista Marcelo Adnet aborda no Musical do  Jeitinho Brasileiro  ( assista ao vídeo completo aqui ), um dos esquetes exibidos na Rede Globo nesta terça-feira (19), na estreia da nova temporada do programa  Tá No Ar, programa capitaneado pelo próprio Adnet. “Eu deixo uma cerveja [propina] que é pra não pagar fiança. É a vida: corrompida e corrompida”, diz o início da música – uma versão de  O Que é, o Que é,  de Gonzaguinha. “A lei diz que, quando entrar um idoso tenho que levantar. Mas finjo que não vejo a velhinha, fecho o olho e dou aquela dormidinha”, diz outro trecho da esquete. Com boa dose de ironia, o humo

A atriz Marieta Severo rebate Fausto Silva no programa do apresentador sobre a situação do Brasil

O próximo empregado da Globo a sofrer ameaça de morte, depois de Jô Soares, será Marieta Severo. Pode anotar. Marieta foi ao programa do Faustão, uma das maiores excrescências da televisão mundial desde a era peleozóica. Fausto Silva estava fazendo mais uma daquelas homenagens picaretas que servem, na verdade, para promover um programa da emissora. Os artistas vão até lá por obrigação contratual, não porque gostem, embora todos sorriam obsequiosamente. O apresentador insiste que são “grandes figuras humanas”. Ele se tornou uma espécie de papagaio do que lê e vê em revistas e telejornais, tecendo comentários sem noção sobre política. Em geral, dá liga quando está com uma descerebrada como, digamos, Suzana Vieira ou um genérico de Toni Ramos. Quando aparece alguém um pouco mais inteligente, porém, ele se complica. Faustão anda tão enlouquecido em sua cavalgada que não lembrou, talvez, de quem se tratava. Começou com uma conversa mole sobre o Brasil ser “o país da desesper