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As reservas em moedas estrangeiras são muito importantes, apesar do alto custo


As reservas em moedas estrangeiras, principalmente aquelas que possuem conversalidade no mercado mundial, ou seja, aquelas que são facilmente aceitas nas transações comerciais com outros países, são muito importantes para elevar a segurança econômica de um país. Muitas vezes pode-se contestar o custo da manutenção dessas reservas, mas elas exercem uma função primordial nas economias, notadamente em momentos de crises econômicas como a que estamos vivendo agora em muitos países com fortes respingos no Brasil. A sociedade deve suportar os custos para o setor público na manutenção dos estoques desses recursos representados, principalmente, pela diferença entre o valor dos rendimentos das aplicações das reservas e o valor pelo qual o governo compra essas moedas estrangeiras.

As reservas, em sua maior parte, são aplicados em títulos do governo norte-americano que rendem em torno de 1 e 3% ao ano, ou seja, os rendimentos das do Central do Brasil rendem menos de 4% ao ano (em 2011, as reservas brasileiras renderam 3,60%, mas em 2010 renderam 1,82% e em 2009, 0,83%) . Quanto ao custo das reservas, grosso modo, pode-se dizer que são representados pelo que o governo paga pelos seus títulos. Isso ocorre que o governo constitui as reservas em moedas estrangeiras comprando essas moedas no mercado pelo meio de títulos públicos. A operação, de forma simplificada, ocorre assim: o governo emite títulos e os vende ao mercado pagando a taxa SELIC para quem compra esses títulos. Com os recursos arrecadados com a venda desses títulos o governo compra as moedas estrangeiras.

As reseves tem aumentado significativamente. Ao final de junho de 2012 o valor total das nossas reservas chegou a US$ 374 bilhões, representando em torno de um ano e oito meses das importações brasileiras. Ao final de 2011, o Brasil era o sexto país em valor de reservas em moedas estrangeiras e o nono em termos de reservas em relação ao PIB. Vale salientar que em 2004 o EURO representava mais de um terço das reservas enquanto que atualmente a sua participação é bastante insignificante, em dezembro de 2011 a sua participação na composição das reservas brasileiras era de 4,9%, menor do que a participação do dólar canadense que era de 6,0%. Em razão dos vários problemas apresentados pela moeda do continente europeu, o Brasil, e muitos outros países, resolver obter mais segurança na moeda norte-americana.

Sabemos que os custos líquidos, somando os rendimentos e subtraindo os custos brutos, das reservas são muito altos para o país e, por extensão, para a sociedade brasileira. Existem divergências quanto aos verdadeiros custos líquidos das reservas, mas não fica abaixo dos UU$ 40 bilhões por ano, mesmo com a redução razoável da taxa SELIC ocorrida nos últimos meses. Apesar de em momentos de crises muito fortes as aplicações estrangeiras no mercado financeiro e nas bolsas tenderem a saírem do país e, em razão disso, as reservas podem se exaurirem rapidamente, em momentos se crises ou com crises moderadas as reservas podem também servir para o país dizer ao mundo que estamos fortes para enfrentar momentos de turbulências.  

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