Pular para o conteúdo principal

ONGs no Brasil: É necessário separar as sérias das que são envolvidas com bandidos dos mais diferentes tipos


Existem muitas demandas das mais diversas formas e tipos caracterizadas pelas necessidades da população que muitas vezes o poder público não pode atender por diversas razões.  O Estado não pode está presente em todos os momentos e em todos os locais ao mesmo tempo. As ações do Estado são bastante limitadas muito embora o setor público arrecade uma quantidade muito grande de recursos. Em razão desse vácuo deixado pelo poder público é que as Organizações Não Governamentais (ONG) tem agido no atendimento de diversas necessidades da população.

Embora existam muitas organizações sérias e que trabalham efetivamente, com vigor, respeito às leis e na mais pura honestidade, existem muitas delas (infelizmente a minoria) que ousam utilizar os recursos obtidos para benefícios próprios sem cumprir com a sua finalidade. Nos últimos anos temos observados diversos casos de corrupção envolvendo essas organizações que tem lavado à criação de algumas Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPI) tanto nas Assembleias Legislativas quanto no Congresso Nacional, muito embora com poucos resultados concretos em razão de muitos políticos serem responsáveis por muitas delas, várias das quais envolvidas em desmandos. Nos últimos tempo alguns ministros tem caído do governo por conta de envolvimento com práticas desonestas de algumas ONGs.

Um fato que chama bastante atenção é que mesmo com o nome de “não governamental”, muitas ONG dependem praticamente somente dos recursos públicos para sobreviverem, parece uma contradição, se são não governamentais deveriam não depender nada do governo. Existem milhares delas espalhadas por todos os recantos do país, nas localidades mais ricas e até mesmo nas mais pobres, mas quase todas dependem de uma forma ou de outra dos recursos do governo, seja com a entrega direta de recursos ou de forma indireta por meio de isenção de impostos e contribuições. Segundo levantamento do IPEA, em 2005 existiam 338 mil ONGs no país empregando cerca de 1,7 milhões de pessoas 5,3% dos trabalhadores no Brasil naquele ano.

Evidentemente que a maioria dessas organizações prestam serviços inestimáveis e que devem ser louvadas e enaltecidas por ajudarem a muitas pessoas em momentos que mais precisam de algumas ajuda. Todos nós conhecemos alguma dessas organizações que nos deixam felizes por existirem pessoas ou grupo de pessoas dispostas a ajudarem outras pessoas, muitas vezes com ganhos monetários muito baixos. Ainda bem que as organizações desse tipo constituem a maioria. Essas que agem com respeito e seriedade, tanto usando recursos oriundos das pessoas ou das empresas quanto usando recursos públicos devem ser incentivadas.

Mas, em razão da existência de muitas delas que servem mais com escritórios para o crime ou como curral eleitoral de muitos políticos pelo país afora, a população deve ficar atenta. Em recente auditoria realizada pelo governo federal constatou que 13% dos contratos envolvendo convênios do governo  com as ONGs foram descobertas falcatruas e praticas explicitas de corrupção, levando ao cancelamento imediato desses contratos e 22% necessitavam de mais investigações dado que existiam alguns vestígios de práticas de atos ilegais com recursos públicos por parte das ONGs. Mas, pelo menos 63% dessas entidades que utilizam recursos do governo o fazem com transparência e honestidade. Não é porque existem bandidos e pessoas má intencionadas que vamos combater as ONGs. Ao contrário, devem combater, sim, os bandidos e ajudar aqueles que querem ajudar verdadeiramente quem precisa de ajuda.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Pesquisa Vox Populi mostra o Haddad na liderança com 22% das intenções de votos

Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta quinta (13) indica: Fernando Haddad já assume a liderança da corrida presidencial, com 22% de intenção de votos. Bolsonaro tem 18%, Ciro registra 10%, Marina Silva tem 5%, Alckmin tem 4%. Brancos e nulos somam 21%. O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O índice de confiança chega a 95%. O nome de Haddad foi apresentado aos eleitores com a informação de que é apoiado por Lula. Veja no quadro: Um pouco mais da metade dos entrevistados (53%) reconhece Haddad como o candidato do ex-presidente. O petista, confirmado na terça-feira 11 como o cabeça de chapa na coligação com o PCdoB, também é o menos conhecido entre os postulantes a ocupar o Palácio do Planalto: 42% informam saber de quem se trata e outros 37% afirmam conhece-lo só de nome. O petista chega a 31% no Nordeste e tem seu pior desempenho na região Sul (11%), mesmo

humorista Marcelo Adnet mostra que a maioria das pessoas que condenam a corrupção é corrupta

Você abomina corrupção, certo? Mas será que nunca furou fila no banco, estacionou em vaga de deficiente, não devolveu o dinheiro do troco errado que recebeu, ‘molhou’ a mão de agentes de trânsito para não ser multado, falsificou uma carteirinha de estudante para pagar meia-entrada ou fez um retorno na contramão? São esses episódios do dia a dia do brasileiro que o humorista Marcelo Adnet aborda no Musical do  Jeitinho Brasileiro  ( assista ao vídeo completo aqui ), um dos esquetes exibidos na Rede Globo nesta terça-feira (19), na estreia da nova temporada do programa  Tá No Ar, programa capitaneado pelo próprio Adnet. “Eu deixo uma cerveja [propina] que é pra não pagar fiança. É a vida: corrompida e corrompida”, diz o início da música – uma versão de  O Que é, o Que é,  de Gonzaguinha. “A lei diz que, quando entrar um idoso tenho que levantar. Mas finjo que não vejo a velhinha, fecho o olho e dou aquela dormidinha”, diz outro trecho da esquete. Com boa dose de ironia, o humo

A atriz Marieta Severo rebate Fausto Silva no programa do apresentador sobre a situação do Brasil

O próximo empregado da Globo a sofrer ameaça de morte, depois de Jô Soares, será Marieta Severo. Pode anotar. Marieta foi ao programa do Faustão, uma das maiores excrescências da televisão mundial desde a era peleozóica. Fausto Silva estava fazendo mais uma daquelas homenagens picaretas que servem, na verdade, para promover um programa da emissora. Os artistas vão até lá por obrigação contratual, não porque gostem, embora todos sorriam obsequiosamente. O apresentador insiste que são “grandes figuras humanas”. Ele se tornou uma espécie de papagaio do que lê e vê em revistas e telejornais, tecendo comentários sem noção sobre política. Em geral, dá liga quando está com uma descerebrada como, digamos, Suzana Vieira ou um genérico de Toni Ramos. Quando aparece alguém um pouco mais inteligente, porém, ele se complica. Faustão anda tão enlouquecido em sua cavalgada que não lembrou, talvez, de quem se tratava. Começou com uma conversa mole sobre o Brasil ser “o país da desesper