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O Brasil e a crise atual


A crise que está abatendo diversas economias, notadamente as européias, tem deixado assombradas muitas pessoas aqui no Brasil, certamente com medo de serem afetadas por esse vendaval nada agradável para as finanças de países, empresas e famílias. Tudo que está relacionado ao mundo financeiro em razão da avançada tecnologia telemática existente atualmente os problemas são ampliados em magnitudes incalculáveis. Isso ajuda a deixar mais difícil ainda a possibilidade de prever o tamanho de eventuais problemas que ocorrerão nas outras economias fora do epicentro da atual crise. Mas pelo menos é possível vislumbrar quais países, em razão da sua solidez financeira e econômica, estão mais distante de ser afetado significativamente.

O crédito é fundamental para o desenvolvimento e o progresso, entretanto, deve ser tomado com responsabilidade e considerando os riscos possíveis senão poderá ser uma armadilha que pode ser altamente perigoso para todos. As autoridades monetárias do país devem ter o máximo cuidado para que os empréstimos sejam tomados na máxima segurança e com objetivos, seja para investimentos ou para antecipar consumo, altamente proveitoso em termos de retorno e que não deixem governo, empresas ou famílias com dívidas sem poder pagar ou pagar com sacrifícios incomensuráveis e bancos a beira de falência. Situação como essa é com um veneno na vida financeira e econômica de uma nação. Problemas de solvências (dívidas que não podem ser pagar) se for em escala que abranja alguns bancos grandes podem levar a perdas incalculáveis para todos os ramos da economia no país e até em outros países em razão das relações econômicas e financeiras existentes entre as famílias, bancos e empresas.

Ao compararmos a relação de endividamento das famílias brasileiras com as de outros países tem-se uma condição bastante favorável para os brasileiros. Enquanto as famílias brasileiras possuem, em média, dívidas correspondentes a 36% de sua renda, a dívida das famílias de países considerados desenvolvidos é em média de 80% e nos Estados Unidos é de 180%. Então, pode perceber que pelo lado das famílias brasileiras não há problema. Quanto às empresas, em razão da vigilância e cuidado do Conselho Monetário Nacional (CMN), possuem uma taxa de endividamento com os bancos bem baixa, em razão também das altas taxas de juros vigentes no país. Ao mesmo tempo, os bancos brasileiros estão com uma taxa de liquidez considerada muito segura. O problema de dívida pública no Brasil está restrito aos níveis muito altos dos juros, a relação dívida/PIB está em um patamar razoável, sendo que é majoritariamente interna.

A situação é bem diferente em vários países da Europa e dos Estados Unidos em que a dívida pública ultrapassa os 100% do PIB e as famílias devem muito. Aqui, estamos, ao contrário, incorporando milhões de pessoas ao mercado de consumo, elevando consideravelmente o potencial do país em termos de perspectivas de realizações de investimentos tanto do setor privado interno quanto do vindo do exterior. A solidez das contas externas brasileiras pode ser demonstrada pelo nível de reservas em moedas estrangeiras que o Brasil possui atualmente, correspondente a mais de duas vezes à nossa dívida pública externa.

O grande perigo estaria em os Estados Unidos aumentarem a sua taxa de juros. Felizmente, isso já está descartado pelos próximos anos deixando a situação brasileira mais confortável e ampliando a possibilidade do vigor que a economia estava demonstrando no primeiro semestre deste ano de 2011 tenha continuidade até o final do ano. A prudência é uma arma poderosíssima que deve ser considerada em todos os mementos, isso nos leva a manter o que estava sendo feito. Se não é momento de expansão pelo menos não é momento de retração, é momento de levar o país para frente. O que se deve fazer é conservar as condições favoráveis e criar outras para que o nosso país seja um dos principais protagonistas da economia mundial a partir dos próximos anos.  Pelas condições existentes no Brasil e nos outros países isso é totalmente factível.

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