Democracia em termo popular quer dizer para o povo e com o povo. Essa nomenclatura é muito mais difundida e conhecida quando se refere à política e às atividades relacionadas com a política. Mas pode perfeitamente ser utilizada para a economia. O termo democracia pode ser utilizado quando queremos dizer que a economia deve ser para todos e com todos.
Tal qual na democracia política em que todos podem participar da atividade política, na democracia econômica todos podem participar da produção e dos ganhos que a economia pode proporcionar. A economia não é para ser utilizada somente por alguns, mas para todos. Cada um dos cidadãos tem o direito de ser um ator econômico, tem o direito de participar das atividades econômicas que geram renda e riqueza. Será que isso ocorre em nosso país? Será que existem programas dos governos que atuam de forma eficaz para elevar todas as pessoas que não tem oportunidade no mercado a atuarem de forma produtiva? Será que não é chegada a hora dos homens e das mulheres brasileiras terem oportunidades de exercerem atividades produtivas?
Certamente é mais que passada a hora de buscarmos meios e formas de todos os brasileiros terem oportunidades de se tornarem protagonistas do desenvolvimento e do progresso de nosso Brasil. Para isso, é necessário que todos sejam inseridos na economia, que todos tenham a possibilidade de contribuírem com a produção de produtos ou serviços sejam como empregados em empresas, cooperativas ou outros tipos de instituições ou por meio de negócio próprio. O homem produtivo e participante da economia tem uma outra personalidade, um outro tipo de brio, tem muito mais respeito a si próprio e é muito mais útil para si mesmo e para a sociedade.
É verdade que o governo deve proporcionar comida a quem tem fome, mas é premente que as pessoas precisam de oportunidade para crescerem e aumentarem a produtividade. É preciso que sejam criados programas que de forma efetivo e eficaz levem as pessoas mais pobres e sem oportunidades a serem pessoas não ter necessidades de ajuda do poder público, ao contrário, passem a gerarem impostos e renda para a sociedade. É preciso coragem e determinação para tirar da dependência de ajuda do governo uma quantidade enorme de pessoas. É claro que essas pessoas não querem depender da ajuda do poder público, mas se elas não têm oportunidade não lhes resta outra opção a não ser receber ajuda de programas que deveriam servir como paliativo, mas que servem como fonte de renda permanente de muitas famílias.
Programas como o Bolsa Família devem existir somente para que famílias possam se preparar para obter um melhor rendimento em suas atividades. Mas se não existem oportunidades para que essas pessoas obtenham melhores rendimentos, o auxílio publico serve como uma forma de perpetuação da pobreza. Isso pode travar o progresso que tanto sonhamos. É verdade que a economia teve bastante ganhos de forma direta e indireta em razão de políticas sociais adotadas pelo governo nos últimos anos, isso é incontestável, mas os ganhos teriam sido infinitamente maiores se concomitantemente a esses programas sociais também fossem adotados programas que levassem todas essas pessoas à atividade produtiva com produtividade razoável. Na economia, a democracia ainda deve caminhar um longo caminho para que possa se estabelecer.
Francisco, gostei muito do seu artigo! O que penso é o seguinte: o governo, ao invés de proporcionar os inúmeros auxílios, deveria gerar mais opotunidades de emprego. É fácil ganhar alimentação, auxílio isso e aquilo, tudo de graça! Sem esforço algum! Muitas pessoas ficam acomodadas, então não se preocupam mais em procurar emprego. Pode ser que isso até mesmo aumente a criminalidade, como sabemos de vários casos de pessoas que estão em altos cargos políticos que recebem os mesmos benefícios. O correto era acabar com a folga dessas pessoas e colocá-las para trabalhar. Somente quando tivermos um governante COMPETENTE é que a nossa realidade vai mudar. Não quero continuar pagando meus impostos para sustentar pessoas acomodadas. (Quero deixar bem claro que isso não ocorre de modo geral. Para toda regra existe exceção!) Ótima semana!
ResponderExcluirOlá amigo, ótimo tema para comentários, em minha opinião, a única oportunidade em nosso país que pode ser realmente considerada democrática é só a política, mesmo assim é dominada por grupos. O povo nessa história só vota, mas não participa propriamente dito, depois da eleições o eleitor é totalmente esquecido. Na economia então, nem se fala, é tão palpável essa situação que a maioria quando recebe o minguado salário fica satisfeito com o que tem em mãos.
ResponderExcluirA verdadeira democracia seria uma distribuição de renda pelo menos parcial, da riqueza que a maioria produz e a minoria se beneficia. Acredito que o governo nem deveria se responsabilizar pela preparação da qualificação de mão de obra, quem se beneficia delas são as empresas, portanto deveriam arcar com essa tarefa.
Bom post.
ResponderExcluirMas vejo umas situações: acho que pra começar, essas coisas são para longo prazo e por isso a necessidade de coisas para curto prazo (vide bolsa família etc). Acho que o primordial é educação, pois é inconcebível se ter mais empregos sem qualificação para estes; além do mais, nossas faculdades são fracas também. Mas o ponto chave é: a própria democracia é conflitante, pois como você disse, significa governo de todos (do povo ), só que é utópico que se tenha isso para TODOS. É nesse ponto, inclusive, que se baseia a crítica marxista ao capitalismo, enquanto existir capitalismo, existirá desigualdade.
Olá Francisco:
ResponderExcluirSua tese é muito boa, e está certa, por outro lado, o próprio conceito "democracia" já é um tanto quanto confuso, democracia econômica complicaria ainda mais, na minha opinião.
Indiretamente falando, é isso mesmo, com a melhora do IDH, poderíamos oferecer melhores condições ao povo.
O jeito certo de fazer as coisas seria melhorando a infra-estrutura, o jeito errado seria assistencialismo, populismo e outras formas populistas de articular.
Não podemos mascarar a incompetência da gestão dos políticos com projetos sociais populistas, mas o básico, isso terá que ser feito.
Os direitos sociais de alimentação, saúde, educação, transporte, etc, isso faz parte da infra-estrutura, isso é obrigação do gestor público.
ABS