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Pobre também merece acessar internet


A possibilidade de se comunicar, mostrar o pensamento, ver notícias na própria casa das mais diversas fontes e mais uma infinidade de outras possibilidades que podem ser obtidas através do computador. A pessoa com um computador, por mais simples que seja, ligado à internet pode ter o mundo aos seus pés. Pode obter notícias e informações de todos os meios de comunicação, pode realizar pesquisas de praticamente todos os centros de pesquisas importantes do mundo, pode compartilhar experiências com qualquer pessoa do mundo sem nem mesmo conhecer ou ter visto. A internet pode ser o passaporte para a cidadania e para a publicidade da própria pessoa em razão de poder mostrar o que faz utilizando os recursos que a internet disponibiliza para os seus usuários. Infelizmente, em razão do preço dos equipamentos, principalmente microcomputador e mensalidade de banda larga, inviabiliza o acesso à essa forma de comunicação, formação e informação de grande parte da nossa população.


Pelo preço da internet que se pratica no Brasil, realmente inviabiliza qualquer política que incentive o seu uso pelas pessoas mais pobres. É preciso que haja uma ação concreta do governo visando criar condições reais que levem os pobres a terem a possibilidade de se conectarem à internet de alta definição, a chamada banda larga. Ao mesmo tempo, é preciso também que levem às empresas da área a produzirem computadores que custem aos usuários valor baixo o suficiente que um pai de família que ganhe um ou dois salários mínimos possa comprar. Nesse sentido, o governo está tentando viabilizar o barateamento da banda larga, embora muito tardiamente. Com o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o governo pretende universalizar o acesso à internet com mensalidade da banda larga em torno de R$ 10,00. Ao mesmo tempo, existem alguns planos e programas governamentais de menor monta para as empresas produzirem computadores e similares a custos muito baixos.


Entretanto, o que se verifica por parte da grande mídia são opiniões contra esses programas. Parece que esses seguimentos não querem que os pobres tenham acesso à internet. Diz-se que o governo não deve se meter nisso e que somente as empresas privadas são capazes de oferecer serviços de qualidade. Isso é balela pura, o setor privado só oferece serviços adequados onde existem grandes demandas, em lugares mais afastados e com menos pessoas, certamente, as empresas privadas podem falhar significativamente. A idéia do governo de revitalizar a Telebrás é rechaçada por muitos da grande mídia que acha melhor que o governo deixe tudo com as empresas privadas com a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) supervisionando essas empresas. Mais um outro grande equívoco. Desde quando foi criada, essa ANATEL defendeu muito mais as empresas que deveria fiscalizar do que os usuários a quem deve proteger.


Levar internet a preços baixos para os pobres é um dever e uma obrigação dos nossos governantes. Não deveria ser um programa apenas do governo federal, mas as duas outras esferas de governos teriam que se envolver fortemente para viabilizar essa tão importante e significativa batalha de levar aos impossibilitados a magia da internet. É preciso que haja mais engajamento dos defensores dos mais pobres para poder derrotar essas idéias retrógradas que tentam desqualificar por meio de inverdades uma idéia tão significativa para a nossa sociedade. A universalização da internet por meio da generalização e barateamento da banda larga para os mais pobres é uma grande oportunidade de democratizar os meios de comunicação em nosso país, ao mesmo tempo pode-se levar as pessoas pobres para um novo patamar de conhecimento e aproveitar de forma altamente benigna para o desenvolvimento pessoal, social e profissional. O pobre além de comida, educação e trabalho precisa também ser inserido na sociedade.

Comentários

  1. Francisco,

    Concordo que o acesso a internet deve ser para todos e viabilizar esse acesso é importante nesse momento de globalização.

    Entretanto, o governo deve incluir no 'pacote', cursos para que os novatos possam tirar um melhor proveito ao invés de ficar apenas no orkut.

    Beijocas

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  2. Com certeza amigo Francisco!
    Deve-se criar locais com acesso a banda larga e computadores para a população mais carente.
    Acho que o governo não precisa necessariamente prover o acesso, mas poderia incentivar ou estabelecer cotas para as empresas privadas fornecerem acesso gratuíto em regiões de baixa renda.
    Excelente post amigo.
    Forte abraço, Fernandez.

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  3. Olá Francisco,

    Concordo plenamente que todos (inclusive os menos favorecidos) tenham condições de acessar a internet e ser incluídos no meio digital..

    Porém não sei qual modelo a ser seguido, até porque os preços são altos (também) por serem cobrados impostos em cascata..

    Abraço

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  4. concordo plenamente ,vivemos no mundo globalizado ,falamos muito de fronteiras mas esquecemos que o acesso ainda é ilimitado. Muitas escolas tem sala de informatica mas são pequenas e muitas vezes os alunos não tem acesso devido a vários fatores. A inclusão virtual facilita a educação e contribui para uma vida mais fácil, a paz

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  5. Em primeiro lugar falo sobre o Orkut, uma rede estigmatizada. Quando quero tratar de coisas sérias na internet vou ao Orkut. Cada um lhe dá a dimensão que sua cultura permite.

    No Orkut havia um questionário onde um dos ítens era sobre animais. Muitos escreviam: prefiro que continuem no jardim zoológico.

    Sobre os pobres eu diria que prefiro que eles tenham comida, moradia e educação. O resto vem depois

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  6. Olá Francisco!
    A televisão já está levando ao conhecimento de todos, que é preciso acessar a página de produtos das Casas Bahia, que twitter é uma maneira de colocar sua opnião para todos, e que cada um, necessita de um endereço virtual (email).
    Portanto o governo precisa fazer sua parte.

    Abraço!

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  7. Saudações!
    Que Post Fantástico!
    Amigo FRANCISCO CASTRO, sou seu admirador de carteirinha, porque você demonstra de forma inequívoca a sua preocupação com ricos ou pobre deste país.
    Eu concordo com toda a explanação em tela, e o bom seria o governo viabilizar o quanto antes um projeto tão importante para o desenvolvimento de todos os brasileiros.
    Mas, ao que se nota, não há interesse palpável, e sabes por quê?
    Porque não fizeram o Bolsa Internet ou InternetPAC. Quem sabe eles resolvam lançar no segundo semestre, se assim procedessem não havia mais eleições era só um referendo, já imaginou a força área brasileira fazendo entrega de antenas, notebooks, por todo esse Brasil, tudo em nome dos programas acima.
    Governo é governo e quando tem interesse faz e acontece.
    Agora, eu tenho absoluta certeza que se você estivesse à frente de um projeto desses sairia do papel.
    Parabéns por mais um excelente texto!
    Parabéns pelo Post!
    Contagiou. Mexeu. Valeu.
    Abraços,
    LISON.

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  8. O detalhe do preço da Internet no Brasil é o mesmo de todas as telecomunicações e da energia elétrica: Impostos. Cerca de 43% das contas de internet, telefonia e luz são compostas por impostos. O governo rouba o cidadão e depois joga essa "marola" de bonzinho.

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