Pular para o conteúdo principal

No nosso tempo os sonhos se transformam em realidade


As pessoas envoltas com notícias de tantos escândalos de toda ordem, natureza e magnitude clamam por dias melhores, onde todos possam viver melhor sem a presença de tantos dissabores, amarguras e violências. Ao mesmo tempo, os principais meios de comunicação do nosso país, constituídos de grandes redes de televisão, grandes jornais e revistas e rádios são totalmente apáticos com relação aos que não tem vez nem voz. Estes são desprezados nas coberturas e nas programações dessa grande mídia que enxerga basicamente aquelas pessoas que são conhecidas como “formadores de opinião” ou que fazem parte da “sociedade de consumo”.


Existe um jornal em São Paulo (considerado um dos principais do Brasil) que todos os dias estampa a quantidade de dias que está sob censura porque a justiça o proibiu de publicar informações sobre um empresário do estado do Maranhão, filho de um senador da República. Tudo bem. Mas, eu pergunto: as pessoas que são censuradas nas páginas desse jornal ao não terem as suas opiniões, artigos e informações publicadas? Isso também não é censura? Esses grandes que dominam e fazem o que querem, manipulam, massacram a sociedade com suas opiniões sem nunca dar voz e vez a quem não tem, quando se vêem com esse poder contestado e ameaçado se fazem de vítima e com o poderio que possuem conseguem convencer os chamados “formadores de opinião” de que são de fato vítimas. Esses formadores de opinião deveriam encontrar as verdadeiras vítimas naquelas pessoas que são censuradas nessas mídias.


Felizmente, com a proliferação e a tendência de universalização do uso da internet na sociedade brasileira, onde a opinião é livre e democrática, com uma grande quantidade de redes de relacionamentos sociais, blogs, sites e vários outros tipos de novas formas de comunicação tendem a cessar esse poderio que há muito tempo vem dominando a nossa sociedade. Atualmente, a internet ainda é pouco usada em comparação com os outros meios de comunicação tradicionais, mas o seu uso é crescente o que deixará as pessoas mais livres para opinar, mostrar as suas idéias, debater, mostrar o contraditório e ponto de vista. Televisão e outros meios de comunicação ainda ficarão dominando por um bom tempo, mas o poder deles não é mais absoluto, agora existe contestação que pode ser lida e vista por uma quantidade crescente de pessoas através dessa mídia que aflora na sociedade para proporcionar oportunidade a quem nunca teria nessa mídia elitista, excludente e que censura.


O nosso povo que não faz parte da sociedade de consumo, sempre foi marginalizado em todos os sentidos, sempre foi uma presa fácil para manipulações e descasos tanto da mídia quanto dos poderes públicos constituídos, agora está tendo oportunidade de sair da letargia da miséria reinante e pelo menos almejar alcançar o status de pertencer à sociedade de consumo. Uma parte muito grande dos brasileiros tem renda que não permite sonhar com muita coisa e, portanto, são pessoas que não tem vez nem voz na grande mídia, mas que agora estão começando a ter acesso à internet constituindo-se na arma mais temida pela grande mídia. São cerca de 80% da população brasileira que não faz parte da população informatizada, mas que passarão acessar a nova mídia por meio de computador, laptop, celular e outras formas. Aí, então, adeus massacre da chamada grande mídia.


Sonhos estão se concretizando no seio da nossa sociedade. Chega de manipulações, chega de preconceito, chega de censura, chega desprezo pelo que é justo. Passamos a buscar a democracia em sua essência, onde a justiça econômica e social possa ser aplicada de forma que as pessoas possam ter o que realmente merecem, mas ninguém possa passar fome por privação de recursos e todos possam ter oportunidade para mostrar a própria capacidade. A liberdade e o respeito devem ser o mote dessa nova sociedade que aflora em nosso Brasil. O nosso país merece virar uma página de sua história em que as elites dominavam com mão de ferro os de menor poder econômico ou os sem poder algum. Agora, devemos deslumbrar com um novo amanhecer onde a esperança se transforma em realidade. A realidade de nosso tempo pode ser a realização de um sonho.


Comentários

  1. Olá amigo Francisco!
    Com certeza qualquer meio de comunicação impõe seu ponto de vista (mesmo que tente se isentar, em alguns casos) ao emitir (ou não) notícias. E não vejo como ser diferente, pois (nós querendo ou não) é um espaço limitado.
    Porém temos que lembrar que existe a concorrência e canais alternativos (rádio, tv, jornal, revista, internet).
    A questão, creio eu, é instigar que as pessoas busquem a informação, pensem, reflitam, e não as aceite passivamente, sempre conteste.
    Porém isso só virá com o tempo e com a educação. E, como disse o amigo, quando todos tiverem acesso aos meios.
    Adorei o post do amigo. Sempre bem posicionado e trazendo questões para reflexão.
    Forte abraço, Fernandez.

    ResponderExcluir
  2. Não preciso dizer o que achei deste artigo, pois tenho sempre batido nesta tecla.
    Vejamos se conseguiremos democratizar a informação neste país através das iniciativas tomadas neste sentido.
    Abraços.

    ResponderExcluir
  3. Olá querido amigo Francisco Castro,

    Parabéns pelo post.

    Pela matéria, com a presença da censura, esqueceram de exercitar a democracia.
    Vamos torcer para que a democracia tenha efetivamente sua vez e esteja presente nas grandes mídias, nos grandes veículos de comunicação.

    Assunto muito oportuno e interessante.
    Gostei.
    Carinhoso e fraterno abraço,
    Lilian

    ResponderExcluir
  4. e não é isso, afinal que merecemos?
    condições melhores?

    ResponderExcluir
  5. Caro Castro,

    obrigado pelas palavras registradas em meu blog (http://blogdobraz.wordpress.com) é uma maneira que encontrei para levantarmos assuntos pertinentes na agricultura e também diante de outras situações sociais.
    Seu blog também é uma ótima iniciativa para fomentar tais discussões. Parabéns pela ação.

    Braz Albertini
    presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo.

    ResponderExcluir
  6. Belíssimo e verdadeiro texto, Francisco.
    Merecemos, de fato, condições melhores. Uma educação decente, saúde apropriada e governantes que não roubem (tanto, pelo menos).

    Talvez esse sonho, um dia, venha a se tornar realidade. =D

    ResponderExcluir
  7. Que Post Fascinante!
    Amigo FRANCISCO CASTRO, esse mais um texto impecável que você nos presenteia.
    As variáveis de sua explanação estão balizadas dentro de uma realidade que a grande maioria acompanha. Ocorre que muitos ainda não valorizaram e fizeram valer os sues direitos e devers, se bem, que de quando em quando alguma empresa e ou órgão de comunicação excede os limites da sensatez.
    A sua análise é mais que correta... Uma ótima leitura!
    Contagiou. Mexeu. Valeu.
    Abraços,
    LISON.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Pesquisa Vox Populi mostra o Haddad na liderança com 22% das intenções de votos

Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta quinta (13) indica: Fernando Haddad já assume a liderança da corrida presidencial, com 22% de intenção de votos. Bolsonaro tem 18%, Ciro registra 10%, Marina Silva tem 5%, Alckmin tem 4%. Brancos e nulos somam 21%. O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O índice de confiança chega a 95%. O nome de Haddad foi apresentado aos eleitores com a informação de que é apoiado por Lula. Veja no quadro: Um pouco mais da metade dos entrevistados (53%) reconhece Haddad como o candidato do ex-presidente. O petista, confirmado na terça-feira 11 como o cabeça de chapa na coligação com o PCdoB, também é o menos conhecido entre os postulantes a ocupar o Palácio do Planalto: 42% informam saber de quem se trata e outros 37% afirmam conhece-lo só de nome. O petista chega a 31% no Nordeste e tem seu pior desempenho na região Sul (11%), mesmo

humorista Marcelo Adnet mostra que a maioria das pessoas que condenam a corrupção é corrupta

Você abomina corrupção, certo? Mas será que nunca furou fila no banco, estacionou em vaga de deficiente, não devolveu o dinheiro do troco errado que recebeu, ‘molhou’ a mão de agentes de trânsito para não ser multado, falsificou uma carteirinha de estudante para pagar meia-entrada ou fez um retorno na contramão? São esses episódios do dia a dia do brasileiro que o humorista Marcelo Adnet aborda no Musical do  Jeitinho Brasileiro  ( assista ao vídeo completo aqui ), um dos esquetes exibidos na Rede Globo nesta terça-feira (19), na estreia da nova temporada do programa  Tá No Ar, programa capitaneado pelo próprio Adnet. “Eu deixo uma cerveja [propina] que é pra não pagar fiança. É a vida: corrompida e corrompida”, diz o início da música – uma versão de  O Que é, o Que é,  de Gonzaguinha. “A lei diz que, quando entrar um idoso tenho que levantar. Mas finjo que não vejo a velhinha, fecho o olho e dou aquela dormidinha”, diz outro trecho da esquete. Com boa dose de ironia, o humo

A atriz Marieta Severo rebate Fausto Silva no programa do apresentador sobre a situação do Brasil

O próximo empregado da Globo a sofrer ameaça de morte, depois de Jô Soares, será Marieta Severo. Pode anotar. Marieta foi ao programa do Faustão, uma das maiores excrescências da televisão mundial desde a era peleozóica. Fausto Silva estava fazendo mais uma daquelas homenagens picaretas que servem, na verdade, para promover um programa da emissora. Os artistas vão até lá por obrigação contratual, não porque gostem, embora todos sorriam obsequiosamente. O apresentador insiste que são “grandes figuras humanas”. Ele se tornou uma espécie de papagaio do que lê e vê em revistas e telejornais, tecendo comentários sem noção sobre política. Em geral, dá liga quando está com uma descerebrada como, digamos, Suzana Vieira ou um genérico de Toni Ramos. Quando aparece alguém um pouco mais inteligente, porém, ele se complica. Faustão anda tão enlouquecido em sua cavalgada que não lembrou, talvez, de quem se tratava. Começou com uma conversa mole sobre o Brasil ser “o país da desesper