Pular para o conteúdo principal

Moradia para o povo pobre: O que fazer?


O lar é um lugar sagrado para as pessoas e suas famílias, deve ser respeitado, cuidado e constituir-se em residência que contemple o conforto, a dignidade humana e uma vida saudável para as pessoas que vivem nela. Qual o preço da dignidade de uma pessoa? O que os governantes devem fazer para diminuir o sofrimento dessas famílias? O que você sente ao ver famílias sendo despejadas de forma violenta de suas residências?


Infelizmente, muitas pessoas moram ou vivem em moradias totalmente inadequadas, onde a vida não pode ser vivida plenamente pela falta de praticamente tudo relacionado à decência que se espera em uma casa. Em praticamente todos os lugares se observa a existência de precariedade nas habitações, onde as pessoas vivem de forma sub-humana, vivendo totalmente desprovidas de conforto, privacidade e liberdade. Muitas pessoas por falta de opção, causada principalmente por questões financeiras, vivem em cortiços e favelas sem nenhum conforto que uma residência normal poderia oferecer. Questões como êxodo rural e deslocamento populacional entre cidades e regiões em busca de melhores salários têm levado muita gente a se aglomerarem em locais que não lhe oferecem absolutamente nada em termos de conforto, segurança, e muitas outras coisas relacionadas ao bem-estar.


Além das favelas e cortiços, muitos são obrigados a invadirem prédios e terrenos abandonados. Nestes casos, vivem sempre na expectativa de a qualquer momento serem despejados, momentos em que vem a tona a crueldade, o descaso e a humilhação das famílias, incluindo homens, mulheres, crianças e idosos. Nesses momentos a dignidade humana é ignorada e as pessoas abruptamente se vêem totalmente desprovidas de um lar, ficando entregues à própria sorte ou à misericórdia de outras pessoas. Isso não deveria nunca acontecer, mas todos nós sabemos que existe porque presenciamos por meio da mídia de forma corriqueira famílias sendo despejadas forçadamente de suas residências, mesmo depois de mais de quinze anos da comunidade internacional caracterizar esse tipo de ação como um dos piores casos de violação dos direitos humanos.


Tanto os casos das favelas, quanto dos cortiços e das áreas invadidas constituem-se condições extremamente precárias de moradias cuja ação do poder público é mais que necessária para minimizar a quantidade de pessoas que recorrem a esse tipo de residência para se viver. Medidas devem ser tomadas para que o ser humano possa viver com dignidade os seus momentos mais sagrados e mais importantes que é quando se encontra no aconchego de seu lar. Medidas como a que o governo federal tomou ultimamente ajuda a diminuir esse problema em nosso país, mas sabemos que não resolverá por completo, muitas coisas ainda precisam serem feitas. Nesse momento, é hora dos governos estaduais e prefeituras entrarem firmemente na luta contra a degradação das moradias das pessoas. Medidas como aumentar vertiginosamente o IPTU cobrado de terrenos urbanos que são utilizados como meio de reserva de valor ou especulação imobiliária, isentar IPTU de residências de famílias com rendimento até três salários mínimos, baixar sensivelmente ou isentar os impostos incidentes sobre os materiais de construção utilizados na construção de residências das pessoas pobres e outras medidas que ajudem a deixar bem mais barata a construção e o preço final das residências das famílias de baixa renda devem ser tomadas imediatamente.


Uma das medidas adicionais pode ser a contratação, por parte do poder público, de profissionais da área de engenharia, arquitetura e urbanismo para auxiliar as famílias pobres, sem custos para estas, na construção de suas residências. Isso, certamente, irá ajudar a reduzir os custos das chamadas auto-construções além de proporcionar mais segurança, espaço e melhor aproveitamento da própria construção. É necessário que os cortiços sejam extintos e seus ocupantes seja levados à moradias individuais onde o conforto seja encontrado. As favelas devem ser urbanizadas ou seus moradores sejam transportados para moradias em que possam viver dignamente. A imigração continuará existindo, e ninguém deve impedi-la, mas é preciso que os órgãos públicos tratem com muito mais respeito o que se tem de mais importante em nosso país, em nosso estado e em nossa cidade que é o ser humano. Tratar com respeito significa prover a ele uma moradia digna de ser um lar, onde as famílias possam viver os seus momentos em harmonia e felicidade em um ambiente em condições de oferecer isso. Esse é o principal desafio para os governantes de todo o nosso país, se eles vencerem a vitória será de todos os brasileiros.

Comentários

  1. Ótimo artigo, Francisco. O problema da moradia parece ser eterno no Brasil, infelizmente. Algumas medidas são tomadas, mas me parecem tímidas, para amenizar este problema. Temos um problema estrutural na máquina governamental brasileira, tanto na esfera federal, estadual como municipal. Uma boa parte das verbas destinadas a construção de moradias são desviadas antes de chegarem ao seu destino. É isto que precisa mudar no país.

    Abraços

    ResponderExcluir
  2. Amigo Francisco,

    Esse problema é mais uma doença crônica á ser enfrentada,mas já posso te adiantar que se não houver participação popular,nada poderá ser feito,bati em uma infinidade de portas,tentando vender uma ideia de uma casa popular com custo de R$16000,00 por unidade e não consegui nem sequer ser ouvido,pois esse é mais um caso grave de sangramento de dinheiro público,as obras são super superfaturadas,é isso mesmo,supersuper,e geralmente as pessoas que necessitam são as mais humildes,vitimas da corrupção sem regras,com o dinheiro que daria para construir uma vila,são construidas apenas algumas unidades e assim vai caminhando nosso pais,que precisa ser reinventado.

    Um forte abraço,amigo e parabéns por mais essa bela postagem,que mostra seu comprometimento com o progresso de nossa nação,tão amada e ao mesmo tempo,tão esquecida.

    ResponderExcluir
  3. "Moradia para o povo pobre: O que fazer?"

    Francisco Castro
    Gostei deste seu espaço cultural, você enfoca bem o assunto editado, meus cumprimentos,
    serei uma seguidora,
    Efigênia Coutinho
    Escritora

    ResponderExcluir
  4. Saudações!
    Meu amigo FRANCISCO CASTRO
    Que texto magnífico!
    Tenho muito orgulho de você, meu amigo. Mais uma vez você demonstra de forma inequívoca sua preocupação para com todos os brasileiros que são desprovidos de poucos recursos. O enfoque que você deu ao problema da moradia, é deveras brilhante. Aos políticos decentes que ainda existem em nosso País,é a mensagem para se despertar a consciência de todos eles. Quantos aos demais, que integram a fina flor do descaso, esqueçamos.
    Dias melhores virão, prezado Francisco Castro, tenha a certeza que você não está só na trincheira, há outros milhares imbuídos no mesmo propósito de levar críticas construtivas a todos cidadãos e governantes do nosso amado Brasil.
    Parabéns pelo excelente artigo!
    Abraços,
    LSION.

    ResponderExcluir
  5. moradia é um direito do cidadão apoiada pela contituição, tem que fazer valer.abraços valeu o post.

    ResponderExcluir
  6. Tenho o coração meio fechado para esta situação, pois está mais que sabido pelo país inteiro que esta vontade de vir para as metrópolis é uma furada, mais mesmo assim o êxodo é muito grande, não seria procurar paternalismo nas metrópolis, já que em suas regiões não às têm?
    Abraços forte

    ResponderExcluir
  7. Eu costu,o dizer q a demanda (gente nascendo e casando e nascendo...) é um supersônico, e a capacidade do governo de desburocratizar o setor de moradias e facilitar as coisas...bem, perde até pra tartaruga e consegue ser mais inapto que o Barrichello...
    A má gestão dos impostos, corrupção, ausência do estado nos bolsões de pobreza, os baixos salários (q impossibilita o pobre de pagar uma casinha quando nao tem credito da Caixa) atrapalha tudo.

    O comentário já ficou gigante, já to aqui escrevendo há alguns minutos e a lista de incompetências e mazelas do governo nem passaram da primeira curva da primeira volta.

    É isso Francisco...vou lá pq senão não durmo. Tô na minha casinha paga, mas posso sonhar à noite com a multidão passando gelo debaixo do viaduto aqui perto.

    Abçs

    ResponderExcluir
  8. Outro dia eu vi sem poder ouvir (é coisa de quem tem criança em casa...) que fizeram prédios com apartamentos baratos e com 40m2! Já pensou que aperto?!?! Só que prédios aparentemente adequados para moradia. Eu acho lamentável e repudiante pensar que pessoas morem em lugares completamente impróprios, colocando a vida dos mesmo em risco permanente.

    ResponderExcluir
  9. Muito interessante seu blog...
    E parece que infelizmente nem esse e muito menos outros problemas nesse pais, vão ser resolvidos...

    ResponderExcluir
  10. Belo texto o seu o povo pede dignidade.

    O pão de cada dia
    O melhor caminho é aquele por onde teu coração
    é presente, por onde teus pés caminham.
    O teu caminho torna-se sagrado pelo simples fato
    de estares inserido nele.
    Nele estão todos os teus humores, tuas vontades,
    teus sonhos, tuas alegrias, tuas dores.
    Questões já assumidas, outras ainda por trabalhar
    e outras tantas já esquecidas em algum lugar do teu ser...
    Nele tens a capacidade de girar a roda quando desejares,
    escolhendo outros rumos, outras coisas.
    Já pensaste quantos espaços dentro de ti
    estão à espera dos teus pincéis,
    das tuas tintas, da tua criação?
    Já sentiste que tens todos os meios para te lançares
    naquilo que o teu coração tanto anseia?
    Seja um perdão, um pouco de silêncio,
    um pouco mais de compreensão, paciência, discernimento, alegria...
    Muitas vezes, fechas os olhos para esta realidade,
    entregando-te nas mãos de outros para que te cuidem
    e te mostrem o caminho pelo qual deves seguir.
    Culpas a vida por sentir-te excluído, esquecido,
    por não seres agraciado...
    Quem pode, realmente. fazer algo por ti,
    se tudo depende da tua vontade, do teu querer?
    Não há remédio...
    Tens que arregaçar as mangas,
    sacudir a poeira dos teus pés e prosseguir.
    Prosseguir nem que seja no escuro,
    sem saber ao certo para onde estás indo...
    O importante é não desistires, não estagnares.
    Mesmo nos momentos onde te sentes perdido,
    completamente sem direção, há algo que trabalha em ti
    e por ti de uma forma constante.
    Lá, por trás das inúmeras sombras, medos
    e decepções, algo ilumina...
    Algo aprende, algo organiza...
    E então, num belo dia, acordas sentindo que
    a tempestade passou, que uma leveza encerra
    o teu coração num doce balanço...
    É... A vida prossegue,
    mesmo quando tendes a acreditar
    que as tuas forças ficaram lá trás.
    Abençoa-te, revigora teu caminho,
    pois ele te pertence
    e está, definitivamente, sob os teus cuidados.
    Não há “outro” para cuidar da tua jornada.
    Somente tu podes percorrê-la e vivenciá-la.
    Este é o pão de cada dia.

    QUE VC TENHA UM LINDO E MARAVILHOSO DIA. FIQUE COM DEUS. "Antonio "

    http://noticiasjornaistv.blogspot.com/

    http://curiosidadesdoplantaterra.blogs.sapo.pt/

    ResponderExcluir
  11. http://www.youtube.com/watch?v=dsXcS66b2vs

    Olha a dificuldade que esta familia enfrenta para viver com dignidade.

    ResponderExcluir
  12. Você esteve em Blog....há bastante tempo. Só agora pude retribuir. Seu blog é excelente e útil.Parabéns.
    Bye

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Pesquisa Vox Populi mostra o Haddad na liderança com 22% das intenções de votos

Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta quinta (13) indica: Fernando Haddad já assume a liderança da corrida presidencial, com 22% de intenção de votos. Bolsonaro tem 18%, Ciro registra 10%, Marina Silva tem 5%, Alckmin tem 4%. Brancos e nulos somam 21%. O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O índice de confiança chega a 95%. O nome de Haddad foi apresentado aos eleitores com a informação de que é apoiado por Lula. Veja no quadro: Um pouco mais da metade dos entrevistados (53%) reconhece Haddad como o candidato do ex-presidente. O petista, confirmado na terça-feira 11 como o cabeça de chapa na coligação com o PCdoB, também é o menos conhecido entre os postulantes a ocupar o Palácio do Planalto: 42% informam saber de quem se trata e outros 37% afirmam conhece-lo só de nome. O petista chega a 31% no Nordeste e tem seu pior desempenho na região Sul (11%), mesmo

humorista Marcelo Adnet mostra que a maioria das pessoas que condenam a corrupção é corrupta

Você abomina corrupção, certo? Mas será que nunca furou fila no banco, estacionou em vaga de deficiente, não devolveu o dinheiro do troco errado que recebeu, ‘molhou’ a mão de agentes de trânsito para não ser multado, falsificou uma carteirinha de estudante para pagar meia-entrada ou fez um retorno na contramão? São esses episódios do dia a dia do brasileiro que o humorista Marcelo Adnet aborda no Musical do  Jeitinho Brasileiro  ( assista ao vídeo completo aqui ), um dos esquetes exibidos na Rede Globo nesta terça-feira (19), na estreia da nova temporada do programa  Tá No Ar, programa capitaneado pelo próprio Adnet. “Eu deixo uma cerveja [propina] que é pra não pagar fiança. É a vida: corrompida e corrompida”, diz o início da música – uma versão de  O Que é, o Que é,  de Gonzaguinha. “A lei diz que, quando entrar um idoso tenho que levantar. Mas finjo que não vejo a velhinha, fecho o olho e dou aquela dormidinha”, diz outro trecho da esquete. Com boa dose de ironia, o humo

A atriz Marieta Severo rebate Fausto Silva no programa do apresentador sobre a situação do Brasil

O próximo empregado da Globo a sofrer ameaça de morte, depois de Jô Soares, será Marieta Severo. Pode anotar. Marieta foi ao programa do Faustão, uma das maiores excrescências da televisão mundial desde a era peleozóica. Fausto Silva estava fazendo mais uma daquelas homenagens picaretas que servem, na verdade, para promover um programa da emissora. Os artistas vão até lá por obrigação contratual, não porque gostem, embora todos sorriam obsequiosamente. O apresentador insiste que são “grandes figuras humanas”. Ele se tornou uma espécie de papagaio do que lê e vê em revistas e telejornais, tecendo comentários sem noção sobre política. Em geral, dá liga quando está com uma descerebrada como, digamos, Suzana Vieira ou um genérico de Toni Ramos. Quando aparece alguém um pouco mais inteligente, porém, ele se complica. Faustão anda tão enlouquecido em sua cavalgada que não lembrou, talvez, de quem se tratava. Começou com uma conversa mole sobre o Brasil ser “o país da desesper