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Existem meios para acabar com a pobreza?

Vivemos em um mundo com tantas desigualdades de renda, onde a renda média dos habitantes de um determinado país é muito superior à de outros países. Até mesmo dentro de um mesmo país têm-se regiões com alta renda enquanto que outras com rendas muito baixas. Quais as razões dessas distorções? Existem meios para amenizar esse grande problema que assola muitos países e regiões que á péssima distribuição de renda?


A ciência econômica há tempo que vem estudando essas questões e dessas pesquisas surgiram várias explicações e muitas sugestões para solucionar ou amenizar esse problema. Entre algumas das soluções está no investimento não somente em capital físico, mas também no capital humano, onde as pessoas adquirem conhecimentos e capacidades técnicas para desenvolver atividades com muito maior produtividade, levando, consequentemente, ao aumento de sua renda. Para isso, é necessário que sejam realizados pesados investimentos em educação, notadamente, educação em nível técnico e tecnológico. Para essa linha de pesquisa, o desenvolvimento econômico e o aumento de renda só podem ocorrer com a incorporação do conhecimento técnico que juntamente com o capital físico (máquinas e equipamentos) eleva a renda e o crescimento da economia.


Outras correntes têm levado a encontrar algum outro fator para explicar esse problema da desigualdade de renda, uns falam que é a poupança, outros que o problema está no capital físico, outros na taxa de crescimento da população e assim vai. O que parece ser um pouco claro é que para encontrar o motivo para tamanhas desigualdades de renda , não se deve buscar explicação em apenas um fator, mas em vários, envolvendo um leque muito grande de interações que nos quais podem-se destacar as relações sociais, políticas, econômicas e culturais. Nesse sentido, o papel que as instituições exercem é de muita importância para puder ocorrer um crescimento de forma sustentável. O conceito de capital social, anteriormente empregado pelas ciências políticas que se relacionava à capacidade das sociedades de se organizar tem sua aplicação muito bem definida em termos econômicos para viabilizar o desenvolvimento da economia regional, de um país ou de um município. Nesse conceito tem-se a interação entre o Estado, o setor privado (principalmente pequenas e médias empresas) e a sociedade por meio das mais diversas formas de interação tais como associação, cooperativa, familiares, etc. Deve-se observar que essas relações não devem ser necessariamente formais, mas informais também. Isso, certamente, levará a um grau bastante forte de desenvolvimento a nível local que terá um forte impacto na diminuição da concentração de renda em regiões mais pobres.


A constituição de instituições formais com o propósito de levar rearranjos econômicos para uma região pode constituir em é um passo fundamental para o desenvolvimento econômico nessa mesma região. Uma dinâmica de desenvolvimento pode ser criada com o envolvimento do poder público, das empresas e da sociedade civil organizada se inter-relacionados em termos de relações formais e informais. Quanto maior o nível de interação entre esses agentes, mais fácil e mais forte pode ocorrer o desenvolvimento econômico nesses locais. Isso pode ser perfeitamente aplicável a um país e ao seu povo em geral, bastando para isso o envolvimento dos governos, de todos os empresários e da sociedade civil organizada com o objetivo de elevar a renda do país e de todos os seus habitantes.


É de se causar admiração e espanto se ter a renda por pessoa dos Estados Unidos beirando os US$ 40 mil por ano enquanto muitos países da África que não chegam a US$ 400. Disparate, não nessa magnitude, mas bastante significativo, observa-se entre regiões de um mesmo país. Para resolver esse grande problema, deve-se recorrer a diversos mecanismos que envolvem o investimento forte em educação de qualidade em ensino técnico, tanto em nível secundário quanto em nível superior, aumento da infra-estrutura do país tais com estradas, ferrovias, portos, aeroportos, etc., envolvimento de todos os empresários no sentimento de investimento maciço em suas áreas de atuação e um pacto com toda a sociedade para que leve esse sentimento de desenvolvimento e crescimento a todas as pessoas. Isso pode ser feito tanto em nível nacional, regional e ao nível do município, e deve envolver desde o maior empresário até o menor e todas as pessoas devem está comprometidas para o progresso e o sentimento do desenvolvimento. Conseguindo envolver todos, o país ganha uma autonomia econômica e uma fortaleza que elevará a sua renda e todo o mundo irá nos respeitar e o nosso país deixar de ter regiões onde a pobreza impera e outras regiões imperam sobre as mais pobres.

Comentários

  1. Claro que existem, mas, resta saber se os governantes estão interessados em criar políticas públicas voltadas para o social. Será que estão? Eu duvido...

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  2. Meu Xara.
    Na verdade tem algo que não se ponderou bastante, e sem o qual a ciência econômica não passa de teoria: a educação. Não a educação intelectual, mas a moral, e nem ainda a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar caracteres, aquela que cria os hábitos, porque educação é conjunto de hábitos adquiridos.

    Quando se pensa na massa de indivíduos diariamente lançados na corrente da população, sem princípios, sem freios, entregues aos próprios instintos, deve-se admirar das conseqüências desastrosas desse fato? Quando essa arte for conhecida, compreendida e praticada, o homem seguirá no mundo os hábitos de ordem e previdência para si mesmo e para os seus, de respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar de maneira menos penosa os maus dias inevitáveis.
    A desordem e a imprevidência são duas chagas que somente uma educação bem compreendida pode curar. Nisso está o ponto de partida, o elemento real do bem- estar, a garantia da segurança de todos.

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  3. Francisco, um bom início sería abolir o salário de políticos e transformar a atividade em puro voluntariado. Assessores parlamentares, diretores de câmeras de vereadores, assembléias, senado... tudo convertido no mais puro e fransicano voluntariado. Já começava a sobrar dinheiro e faltar candidatos...

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  4. Olá amigos, a professora Xênia, o consultor Francisco Amado e o Advogado, escritor, empresário e apresentador Nacir.

    Amiga professora, você tem toda razão, o maior problema não é realizar o plano, mas convencer a todos a participarem efetivamente.

    Meu xará, para que tenha o êxito desejado deve-se envolver toda a sociedade, tem-se que criar a cultura do podemos fazer isso, somente assim teremos condições de darmos um salto muito grande no nosso desenvolvimento humano.

    Amigo Nacir, eu não seria tão radical como você, mas eu iria por um caminho mais viável e mais importante do ponto de vista econômico: pagaria um salário justo para as mulheres e homens públicos, mas cobraria eficiência tanto econômica como social em todas as suas atividades.

    Abraços

    Francisco Castro

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  5. O problema é que em muitos páises, principalmente no nosso não há investimento em nada pela questão de interesses...

    E na minha opinião nenhum investimento é feito principalmente no Brasil, porque se for efetuado todo o investimento focado em melhorias com certeza nós iremos acabar muito com o potencial ecônomico de muito páis de primeiro mundo...

    Abraços muito bom o Post!

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  6. Não sou economista nada entendo de economia, mas para mim o primeiro passo para acabar com a pobreza é ter uma distribuição de renda mais justa.

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  7. Vamos supor que a empresa onde trabalho contrate um grupo de auditoria que aponta que para executar todo o trabalho de forma eficiente, apenas 50% das pessoas que constam do quadro funcional seria suficiente.
    Alguma dúvida se a diretoria da empresa hesitaria em cortar o excedente? Claro que não.
    O mesmo conceito poderia perfeitamente se aplicar à pobreza. Para eliminá-la, basta cortar o mal pela raiz. A China faz isso com eficiência, usando a máquina estatal de forma cruel, mas no caso do Brasil o buraco é mais embaixo. Simplesmente não é viável, as pessoas iriam pirar.
    Tudo o que nos resta é investir em educação, educação, educação, educação e se sobrar algum dinheiro, mais educação.
    E torcer para que o resultado seja satisfatório no futuro.

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  8. A discussão é extremamente valiosa, pois a má distribuição de renda se reflete no alto índice de violência que cresce a cada dia em nosso país, isso como declarado aqui pelos colegas, pela falta de investimento maciço na área da Educação, assim como do maior investimento na educação, na familiar, onde forma-se o carater do ser, e se isso não ocorre,vê-se o crescimento da população carcerária, onde os detentos que ali se encontram amontoados, tem em seus registros a falta da estrutura familiar e o desejo de obtenção de bens materiais sem esforços.
    Parabéns pelo blog !!!

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  9. Um dos fundamentos principais para se acabar com a desigualdade social, seria o investimento em infra-estrutura... esse é um ponto crucial que o nosso Pais peca muito...

    Muito bom o Post...

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