Com a crise que surgiu de forma mais forte em meados do segundo semestre do ano passado, diversos países reagiram com a implementação de ações do governo tentando amenizar as conseqüências para as pessoas, para as empresas e para os próprios países. Nesse contexto, quais foram as principais ações tomadas pelo governo brasileiro? Elas têm proporcionado algum resultado?
Como é sabido, em setembro de 2008 ocorreu um aprofundamento da crise que já estava instalada nos Estados Unidos desde 2007. Com isso, o Brasil foi afetado diretamente em pelo menos quatro áreas fundamentais para o bom andamento da economia: fortíssima restrição ao crédito, forte queda no comércio mundial, aumento dos estoques e forte diminuição nas expectativas dos agentes econômicos. Essas são áreas bastante sensíveis à atividade econômica, fatores que afetem-na negativamente, certamente levarão problemas sérios para a economia de um determinado país.
No Brasil, os setores pertencentes ao comércio, à indústria e à agricultura sentiram os efeitos da crise, embora em menor magnitude dos verificados em muitos outros países. O comércio, apesar de finalizar o ano de 2008 com um crescimento de 15,1% em relação ao ano anterior, houve uma redução nos três últimos meses do ano. A indústria vinha em um ritmo de crescimento de cerca de 7% ao ano e finalizou o ano de 2008 com 3,1%. A agricultura nesse ano que passou teve um crescimento de 5,81%, bem abaixo do esperado, mas muito superior ao aumento da população. A pecuária teve um desempenho muito mais favorável, crescendo 8,56% no ano passado.
O ano de 2009 iniciou e os governos tentando por todos os meios encontrar formas de minimizar os efeitos perversos dessa crise para a sociedade. O Brasil, tem tomado diversas medidas. Entre as principais medidas tomadas pelo governo brasileiro podem-se destacar as seguintes: Diminuição dos depósitos compulsórios (depósitos que os bancos são obrigados a reter provenientes de todas as aplicações), rapidez nas operações de redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos em geral), autorização ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal (CEF) a comprarem instituições financeiras em dificuldades, aumento do capital do BNDES para emprestar às empresas que tenham dificuldades em obter crédito no sistema bancário, anúncio de ajuda ao setor imobiliário por meio da CEF, redução de tributos em diversos bens tais como veículos, aumento de investimentos em infra estrutura com verba do PAC tais como saneamento básico, moradia, ferrovias, portos, etc. Além desses, existem os investimentos das estatais, notadamente a Petrobrás, cujos projetos em curso remontam dezenas de bilhões de dólares anuais.
Essas ações têm levado a nossa economia a ter uma minimização dos efeitos da crise. Entretanto, faz-se necessário que todos os outros países também tomem ações semelhantes. Caso contrário, uma parte dos efeitos positivos advindos da atuação do governo será dissipada para outros países que não fazem nada ou fazem pouco, é o que se chama de “carona”, ou seja, obtém as vantagens sem se esforçar. Como os últimos números da economia real têm demonstrado, o nosso país está na direção da recuperação dos efeitos negativos verificados nos últimos meses. Certamente, isso já é fruto das ações tomadas pelo governo. Caso o governo tivesse ficado passivo, sem agir, estaríamos passando por seriíssimas dificuldades, provavelmente já estaríamos vivendo numa fortíssima recessão. Segundo o Banco Central, o crédito já está no nível de antes da crise e várias empresas estão planejando investir. Isso é a volta da confiança. Aqueles que pensam que a nossa economia crescerá em 2009 em torno de 1% estão enganados e ao final deste ano os seus números se revelarão falsos.
Franciso, nos acostumamos com os chatos que reclamam de tudo e de todos. Se o governo não faz nada é inoperante. Se faz alguma coisa... Circulou pela intenet, nos últimos dias, um e-mail/corrente pregando que os Governos de todo o mundo jamais arregimentaram forças para gerar recursos e eliminar a fome. O mesmo texto concluia que o esforço de todos os governos com medidas de correção ao sistema financeiro e ao processo econômico global era uma opção preferencial pelos ricos. Difícil a arte de agradar mineiros e bahianos: se faz é privilégio, se não faz é omissão. Você pergunta (e responde) se a reação do Brasil frente à crise é adequada. A resposta está na paisagem: os canteiros de obra não foram desmontados, ao contrário. É lógico que sempre será possível fazer mais, por exemplo, medidas de excessão para enfrentamento pontual de problemas setoriais/regionais. Exemplo: felxibilização dos programas de Parcelamentos Especiais REFIS e PAES, para evitar perda de uma conquista que é a regularidade fiscal, que devolveu ao sistema produtivo empresas antes comprometidas com a irregularidade fiscal. Outra medida que ajudaria muito seria aquela voltada para o setor mínero-siderúrgico, também sob risco de perderem seus parcelamentos de débitos fiscais e ficarem inaptas junto ao SISCOMEX. Enfim, medidas pontuais, cirúrgicas, setoriais, localizadas, ativando aqui e ali, atuando no micro, enquanto já se atua no macro, creio seriam potencializadas as ações governamentais. Quem souber o número privilegiado de um telefone em Brasilía para dar as devidas sugestões... a minha sugestão é esta e utilizo da linha influente de seu Blog. Um abraço e parabéns pelo excelente contidianamente aqui publicado.
ResponderExcluirOlá, boa Tarde!
ResponderExcluirVim, agradecer sua visita e a atenção dispensada aos meus textos.
Seus textos são objetivos, interessantes e inteligentes. Parabéns!!!
Todos nós, estamos passando por dificuldades, nestes ultimos meses, mas... o que não podemos é nos desesperar, temos que continuar enfrentando o que vier e o mais importante confiar que em Deus podemos todas as coisas. É ele quem está a frente de nossas vidas e fará grandes coisas pelos seus filhos. Eu creio na palavra de Deus, que Ele nunca abandonará um filho Dele. Isso me basta.
Que sua tarde seja muito abençoada.
San
Oi querido amigo td bem???
ResponderExcluirPassa lá no meu blog pra seu selinho da amizade,dedico a vc...
Bjinhossss
LILIA♥
Estimado amigo, veio me visitar na poesia, gosta, que bom. Ela é bonita sim, verdadeira, porque coloquei para fora uma passagem da vida. Acho que esta é a mágica de poemas e/ou poesias. Bjs
ResponderExcluirOlá Francisco,
ResponderExcluirexcelente sua matéria. Acho que o nosso governo tem tomado algumas medidas importantes mas em outras está muito tímido. Por exemplo acho que é urgente algumas medidas no setor trabalhista no que tange a diminuição da carga tributária neste segmento. Gerar e manter os empregos agora é primordial.
Abraços
O Brasil está se precavendo como pode da crise, mas ainda somos um país emergente e nossa moeda não é tão forte, o que pode nos complicar mais pra frente. Abraços.
ResponderExcluirDesde 2007 se fala em crise mundial. Diz-se que a culpa é dos EUA. Seus banqueiros e sua economia globalizada. Mas não se fala em responsabilizar os culpados. Pelo contrário, o governo Obama injetou capital com seus programas bilionários e o que se viu foi a premiação de executivos a título de dívida vencida. Ou seja, foram premiados por afundar o mundo no lamaçal que o mercado de capitais americano. E depois ainda querem que o cidadão comum acredite que os governos não têm preferência pelos ricos.
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ResponderExcluiradorei sua reportagem,fala muito bem da situação econômica do Brasil.Um abraço.
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