A população brasileira nos últimos anos tem ficado mais velha, mais experiente, entretanto, demandando mais ações de políticas públicas e, conseqüentemente, mais recursos do poder público. Em que medida o envelhecimento da nossa população afeta a tomada de decisão das nossas autoridades no atendimento às demandas dos idosos? É um bom sinal termos uma população idosa?
No período compreendido entre 1991 e 2007 a expectativa devida do povo brasileiro passou de 67 anos para 73 anos e a perspectiva é que em 2015 as pessoas brasileiras tenham uma expectativa de viver 75 anos. Em 2010 o Brasil terá 24,5 milhões de pessoas com mais de 60 anos, dez anos depois, em 2020, a população com essa idade deverá ser de 31 milhões. Em termos percentuais, em 1970 a população idosa era de 5,1% da população total do Brasil, em 2000 esse percentual era de 8,6% e em 2010 será de 10,5%. Portanto, a participação das pessoas consideradas idosas tem tido um aumento muito grande nesses últimos anos. Se continuar nesse ritmo, a tendência é que nos próximos 30 ou 40 anos a participação de idosos na população brasileira seja igual à verificada nos países desenvolvidos.
Nos Estados Unidos, no ano de 2000, a população com mais de 60 anos correspondia a 16,2% da população total daquele país. A Europa nesse mesmo ano, a população idosa correspondia a 20,3% da população total. Na América Latina, esse percentual era de 8%. Na Europa, a participação dos idosos é mais acentuada do que em outros países em razão da implantação de políticas de ajuda á população, a chamada “política de Bem Estar Social” que deu um padrão de vida bastante confortável á população em geral, o que ajudou a combater muitas doenças, desnutrição, mortalidade infantil, violência entre os jovens, etc. Estas são as principais causas que impedem o aumento de expectativa de vida de uma nação. Nos Estados Unidos e em outros países como o Japão não tiveram, de forma explícita, programas como o implantado em vários países da Europa, mas como a suas economias cresceram muito e aumentou muito a renda da população, os benefícios que poderiam vim do Estado a população os obtiveram, em grande parte, por meio de seus próprios recursos.
Um fenômeno que está ocorrendo em nosso país é o aumento das pessoas com mais de 80 anos. No ano de 2000 a população com 80 anos ou mais era 1,8 milhões, o que correspondia a 1,09% da população total e a 13% da população considerada idosa (acima de 60 anos). No ano de 2020 a perspectiva é que essa população chegue a 6 milhões, o que corresponderá a 2,7% da população total e a 19% da população idosa.
No Brasil, esse envelhecimento na população, apesar de ser um fenômeno mundial, é causado por uma série de fatores que convergem para a melhora nas condições de vida das pessoas. Programas, sejam do setor público ou do chamado terceiro setor, tem diminuído de forma exponencial a taxa de mortalidade infantil por meio de cuidados médicos e alimentares, o avanço na medicina e o acesso a serviços médicos com mais facilidade por uma boa parte dos pobres (apesar de ser ainda bastante precária) tem ajudado muito a prolongar a vida de muitas pessoas. Por outro lado, temos na violência entre os jovens um dos fatores que afetam negativamente a nossa expectativa de vida. Com esse crescimento na participação das pessoas idosas, tem-se um desafio muito grande para os nossos governantes.
Essa população passa a demandar muito mais serviços públicos, principalmente serviços de saúde e assistência social. Com a diminuição da formalização do mercado de trabalho, onde muitos trabalhadores não estão regularmente registrados, e conseqüentemente não contribuem para a Previdência passarão a receber uma contribuição mínima em sua aposentadoria por idade. Com a redução da taxa de fecundidade das mulheres brasileiras, tem-se um outro fenômeno que é a diminuição do estoque de jovens, o que levará ainda mais à diminuição de pessoas que contribuem para a Previdência Social, criando-se um problema seriíssimo para o futuro não muito distante: Como é que se poderá sustentar o sistema de aposentadoria com menos contribuição e muito mais aposentados? São desafios que os próximos governantes terão a obrigação de responder à altura das necessidades de nossa população idosa, experiente e exigente.
Tem razão, Francisco, este é um tema que deve ser debatido por toda a sociedade.
ResponderExcluirAs leis do governo desencorajando a aposentadoria dos trabalhadores
são, no mínimo, um desrespeito com quem a merece após contribuir com seu árduo trabalho, muitas vezes em condições precárias.
As medidas devem ser muito bem analisadas, os trabalhadores não podem ser mais ainda prejudicados.
Amigo Francisco Castro parabéns por ter escolhido este tema, vc fez uma excelente abordagem e nos chamou atenção, paulada!!! Venho agradecer sua gentileza em me visitar e comentar, estava em debito com vc amigão. Seu Blog é encantador, parabéns pela harmonia e riqueza de conteúdo. Muita proteção, paz e sucesso. Fique com Deus.
ResponderExcluirValdemir Reis
Oi, Francisco!
ResponderExcluirBoa análise! Creio que é isso mesmo, a medida que a população envelhece os custos com o serviço social também aumenta. O que me preocupa é a nossa juventude que já está entrando no mercado de trabalho na informalidade - isso pode representar um risco a longo prazo.
Abraço
A taxa de mortalidade tem diminuido com o avanço da medicina e investimentos na saúde pública.
ResponderExcluirPrecisa investi mais na qualidade de vida ..então chegaremos a velhiçe. Gostei do post!
Esse avanço é muito importante, mas ainda é preciso fazer muito mais pelos idosos no Brasil.
ResponderExcluir(Rick do blog.ricktl.org)
Francisco, a Idade Média dos brasileiros esta aumentando, sim... mas quando é que o pensamento brasileiro vai sair da Idade Média?
ResponderExcluirObrigado pela sua visita em meu blog, sou uma curiosa e faço de tudo um pouco.
ResponderExcluirAbraços..
AMIGOOOO VOCÊ SALVOU MINHA VIDA, VOCÊ ME AJUDOU MUITO NUM TRABALHO QUE EU PRECISAVA FAZER QUE ERA EXATAMENTE SOBRE ESSE ASSUNTO ASDFOIASDVSVONSSD PUXA VIDA EM, OBRIGADA PRA SEMPRE, OUN, EU TE AMO, VOCÊ É O AMOR DA MINHA VIDA, CASA COMIGO ? HIHIHIH JÁ DISSE OBRIGADA ? AAAAAIN OBRIGADA !
ResponderExcluirCaro Francisco e todos os leitores deste Blog,
ResponderExcluirA questão é mais profunda ainda do que retratada.
A idade para aposentar-se aumentou e hoje em dia as empresas não querem contratar ninguém com mais de 40 / 45 anos. Sendo assim fica a pergunta:
# sem trabalho, como contribuir, como aposentar-se?
Estamos iniciando um movimento de âmbito nacional para que seja criada uma legislação para regular a relação da população e oferta de vagas para profissionais acima dessa faixa de idade.
Não há nada em termos de legislação que favorece ou proíba a demissão de um funcionário com 40 / 60 anos.
Não é verdade que um funcionário nessa idade seja um peso morto para a empresa em termo de produtividade.
É evidente que não estamos sugerindo que se contrate uma pessoa de 60 anos para ser estivador no Porto de Santos, mas tambem nao eh aceitavel esses profissionais serem tratrados como escoria da sociedade e por isso devam ser colocados debaixo do tapete.
De certa forma ja temos legislacao que proibe a discriminacao e o preconceito na Constituicao, Codigo Civil e CLT, mas nao sao aplicados.
Sugiro tambem que todos que se sentirem lesados entre com reclamacao formal no Ministerio do Trabalho. Basta pedir sigilo de identificacao para nao ser perseguido.
Mas a luta esta apenas no comeco e este eh a unica forma de combater ideias e esta moral caduca que esses maus brasileiros infligem ao resto da nacao.
P.S.
perdoem-me pela falta de acentos e cedilhas, pois meu micro perdeu a configuracao.
Grato,
Pedro Rangel
ferrelucem@gmail.com
Não vou fazer discurso.
ResponderExcluirE também meu texto é na intenção de agredir, senão somar-se a reflexão.
A estatística é uma ciência exata se considerarmos desvios.
Em 1972, a área de onde esta ocupada pela favela heliópolis, era só um terreno vazio.
Hoje tem uma população completa com criança, jovens, adultos e velhos, não bastasse isto em São Paulo existem mais 1039 favelas, não bastasse também isto em São Paulo existe uma população completa, de criancinhas a velhinhos, morando na rua.
Em 1972 estava em franco desenvolvimento a economia da construção civil financiando moradias para a classe média com recursos do BNH, sustentado pelo Fundo de Garantia, onde o grande volume do recurso advinha dos salários que não direito a este mercado.
No entanto aqueles trabalhadores foram os primeiros com direito a exclusão, ocuparam área, construíram favelas, ....
A hora da ação, espero não já não tenha passado, precisamos pensar numa sociedade que se oriente verdadeiramente na igualdade de todos, discutindo democraticamente, com participação, consciente da coresponsabilidade que é necessária, o futuro e não o presente. Isto é a expressão de um paradigma emergencial para a civilização.
Orientar-se na igualdade de todos implica na luta pelos Direitos e Garantias Fundamentais, explicitados na Constituição Federal. O que, o não reconhecimento destes, é comprometer a legitimidade de toda constituição. Ironia ela se dedicar aos cidadãos que se excluem. É uma falsificação fajuta para o Império da Lei.
Viver na miséria, necessidade, desespero, na rua, na favela e na eminência de pegar este caminho sem volta.
.Val3u!
.E abraços
.tupy
Prezado Francisco,
ResponderExcluirSua análise merece ser levada em consideração. Portanto, vamos arregaçar as mangas e......
Mais importante do que a letra fria da lei, do que a elaboraçãode novas leis, é a aplicação e a efetividade daquelas existentes.
Vamos trabalhar neste sentido!
Abraços,
osmar.
Yo creo que esto es totalmente cierto con la edad que eela tiene es demasiada talentosa. lo que me ha extañado es que alguan gente me ha divho que ella buy viagra para su pareja.
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