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A força das cidades médias brasileiras

Há muito tempo que o desenvolvimento e o crescimento econômico têm-se mostrado com maior dinâmica nas médias cidades do que nas pequenas ou nas grandes cidades. As cidades consideradas médias em todos os estados brasileiros têm proporcionado várias oportunidades para muitas pessoas.


Embora não exista um consenso quanto qual critério deve ser utilizado para definir o que é uma cidade média, o critério que é utilizado de forma mais abundante está relacionado ao tamanho da população. Por esse critério, a cidade é considerada média se sua população estiver entre 100 mil e 500 mil, embora nas regiões Norte e Centro-Oeste as cidades com população entre 50 mil e 100 mil sejam consideradas médias em razão das especificidades dessas duas regiões. Essas cidades são caracterizadas por possuírem um processo ativo de desenvolvimento econômico e populacional próprio. Nestas cidades são oferecidos produtos e serviços de alta qualidade, oportunidades de emprego e educação em nível quase igual ao encontrado nas grandes cidades sem, entretanto, ter as mazelas próprias destas últimas, tais como alto nível de violência, trânsito caótico e diversos outros tipos de dificuldades para a população.


Os números têm demonstrado que as cidades médias têm tido uma taxa de crescimento bem superior à verificada nas cidades de portes diferentes. A partir de 1970, as cidades médias têm aumentado consistentemente mais que as outras, e mais recentemente têm passado a crescer mais ainda em termos relativos. No período compreendido entre 2002 e 2005, as cidades médias cresceram 1,28 ponto percentual de participação no PIB enquanto as cidades com população acima de 500 mil habitantes tiveram a sua participação no PIB reduzida em 1,64 ponto percentual. Em 2002 as cidades brasileiras com população superior a 500 mil tinham 43,62% do PIB e em 2005 esse percentual abaixou para 41,93%. As cidades médias em 2002 tinham 25,74% do PIB e em 2005 esse percentual passou para 27,13%. Já as cidades com população inferior a 100 mil em 2002 tinham uma participação no PIB de 30,63% e em 2005 essa participação passou para 30,93%. A taxa média de crescimento do PIB do município nesse mesmo período foi de 1,55% para as cidades com população acima de 500 mil, 4,71% para as cidades médias e 3,22% para as cidades com população menor de 100 mil.


As cidades médias também têm tido um crescimento acima das outras cidades com relação ao número de habitantes. Em 2000 as cidades com número de habitantes superior a 500 mil tinham 29,6% da população brasileira e em 2007 essa participação passou para 29,25%, as cidades médias em 2000 tinham 23,45% da população brasileira e em 2007 tinham 24,36%, já as cidades com menos de 100 mil habitantes tinham em 2000 47,49% da população brasileira e em 2007 passou para 46,39%. É possível observar que houve um fluxo migratório das populações das pequenas cidades cujas pessoas que saíram, uma parte maior migrou para as cidades médias e uma parte menor para as grandes cidades. No período de 2002 a 2005, o crescimento médio da população nas cidades grandes, médias e pequenas foram 1,43%, 2,06% e 1,15%, respectivamente. O PIB per capita (PIB dividido pela população total do município) teve um crescimento médio nesse mesmo período para as grandes, médias e pequenas cidades de 0,42%, 2,85% e 2,08%, respectivamente.


Os números mostrados acima são bastante claros quanto à dinâmica das cidades médias brasileiras. Muito se ouve falar em empresas dos mais diversos segmentos da economia que se mudam para esse tipo de cidades. Aliado a isso, a maioria dessas cidades têm ofertado quais os mesmos tipos de oportunidades encontradas nas grandes cidades. Atualmente, existem dois principais problemas que afligem a maioria das pessoas, que são a violência e o trânsito que são encontrados em abundância nas grandes cidades e em muito pouca monta nas médias cidades. Juntando tudo isso e muitos outros tipos de benefícios, as cidades médias brasileiras têm sido uma excelente oportunidade para as famílias melhorarem o seu bem-estar.

Comentários

  1. Eu moro em Juiz de Fora, uma cidade com menos de 600 mil habitantes e acho a qualidade de vida aqui muito boa. A partir do momento que uma cidade média tem mão de obra especializada ela começa a atrair empresas especializadas que veem nessas cidades uma oportunidade de crescimento mais rápido uma vez que o custo de vida é menor logo os salários são menores também porém não necessariamente proporcionalmente menores, considerando o custo de vida.

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  2. Olá Francisco,
    Moro em Blumenau que tem uma população próxima 300 mil. O nível de vida é bom mas temos diversos problemas. Entre eles o trânsito é caótico e nada se faz para melhorar além da topografia da cidade que não ajuda. Saúde e educação também tem problemas e a segurança está piorando. Enfim a cidade cresce os problemas crescem proporcionalmente mas a administração pública não acompanha.
    Abraços

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  3. Olá Francisco, entrei em seu blog devido um comentário que vc deixou em meu blog, e me surpreendi com suas postagens, até porque essa é uma area que não domino nada e vejo a necessidade de entender cada dia mais o vocabulário econômiques, abraços...

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  4. Essas cidades estão ganhando mesmo muito força no cenário nacional. Com a melhoria da situação econômica do país, essas cidades tenderão a elevar-se ainda mais graças a melhor qualidade de vida que oferecem em relação as grades cidades inchadas e extremamente violentas.

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  5. Olá Francisco, boa postagem. É um fato positivo, levando-nos a crer que as migrações para as grandes metrópolis brasileiras serão menos sentidas, doravante.
    um grande abraço!

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  6. Ola,
    gostaria de saber onde vc encontrou esses dados sobre "fluxo migratório das populações das pequenas cidades cujas pessoas que saíram, uma parte maior migrou para as cidades médias e uma parte menor para as grandes cidades". Sou professora de geografia e gostaria de localizar a fonte. Obrigada
    sabolfe@hotmail.com

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  7. Eu moro em Carapicuíba-SP e tem 400.000 habitantes, e não é uma cidade médias, é uma cidade bem graaaande, e aqui áz vezes o trânsivo é um ''ó''..... e é uma cidade muito boa, as cidades médias nem são tão ruim assim, discordo da sua postagem

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  8. Bueno yo creo que hoy por hoy Brasil es uno de los paises com mas desarollos en el mundo, ademas es muy interesante los porcentajes que han sido publicados en esta pagina.
    Muchas compañias como viagra online estan emigrando hacia este maravilloso pais.

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