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ÍNDICE DE PREÇOS É UMA BOA MEDIDA DE INFLAÇÃO?

Os índices de preços são de bastante interesse para as mais diversas pessoas, seja pobre ou rica, do Sul ou do Norte, velha ou nova, enfim, para todos aqueles que realizam compras periodicamente ou trabalham porque é uma forma de medida de desvalorização do poder de compra da moeda, do dinheiro. É uma medida aproximada de quanto foi a inflação em um determinado período. Também é de grande interesse do governo porque conforme os preços médios começam a subir ou a descer o governo realiza ações para ajustar a economia e os índices de preços são de grande valia para as autoridades que cuidam da economia realizarem tais ações.


No Brasil até meados da década de 1990 a variação dos preços era constante e alta, em razão disso existiam várias medidas de índice preços, cada qual utilizando uma metodologia diferente. Com a implantação do Plano Real em julho de 1994, os preços passaram a variar muito menos, mas mesmo assim ainda existem várias medidas de inflação no país. Com a mudança do regime de política econômica ocorrida no meio de 1999 que passou para o regime de metas de inflação e adotou o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) como medida de inflação utilizada pelo governo para se atingir a meta este índice passou a ter uma prevalência sobre os outros. Entretanto, muitos outros também têm importância porque muitas empresas e muitas vezes até mesmo órgãos do governo utilizam esses outros índice em seus contratos e em outras situações em que é necessária a utilização de um índice de preços.


O IPCA mede a variação de preços nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e o município de Goiânia de famílias com rendimento mensal de um a quarenta salários mínimos. Essa medida é de famílias situadas nesse nível de rendimento porque periodicamente o IBGE realiza pesquisa de orçamento familiar para descobrir com que são gastos os rendimentos dessas famílias e selecionam as famílias com o rendimento que esteja nesse grupo para compor as ponderações de gastos. A partir dessas pesquisas é definido qual peso médio os mais diversos tipos de gastos têm nos gastos na média das pessoas pertencentes a esse nível de rendimento.

Atualmente, tirada da última pesquisa de orçamento familiar, os pesos são os seguintes: alimentação - 25,21% dos gastos; transporte e comunicação – 18,77%; despesas pessoais – 15,68%; vestuário – 12,49%; habitação – 10,91%; saúde e cuidados pessoais – 8,85%; artigos de residência – 8,09%. Do dia primeiro ao último dia de cada mês o IBGE realiza pesquisa sobre os preços dos itens que compõem esses grupos (é importante lembrar que dentro de cada um desses grupos existem diversos itens que têm pesos diferentes, e, conseqüentemente, as variações dos preços têm importâncias diferentes) e com a variação dos preços de cada item medida no decorrer do mês e depois de feitas as ponderações de cada item dentro de cada grupo e após fazer isso, pondera a variação de preços obtido em cada grupo na etapa anterior pelos pesos descritos acima.


Para se obter a inflação do mês é necessária também a ponderação pelo peso de cada uma das regiões mencionadas acima. As ponderações por região atualmente em vigor são da seguinte forma: nas regiões metropolitanas de Belém – 4,2%; Fortaleza – 3,9%; Recife – 4,1%; Salvador – 6,9%; Belo Horizonte – 10,8%; Rio de Janeiro – 13,7%; São Paulo – 33,1%; Curitiba – 7,4%; Porto Alegre – 8,9%; Brasília - 3,4% e o município de Goiânia – 3,7%. Ao ponderar o índice de preço obtido com o método apresentado no último parágrafo para cada região pelo seu respectivo peso apresentado neste parágrafo obtém-se a inflação do mês para o Brasil medida pelo IPCA. O IBGE divulga a inflação entre os dias 05 e 13 do mês subseqüente à apuração.


Na verdade, a inflação é uma medida de variação de preços que certamente é diferente para cada pessoa. Como geralmente as pessoas consome produtos e serviços em tipos e quantidade diferentes umas das outras a inflação não pode ser igual para todas as pessoas. Em um mesmo mês a inflação de uma pessoa pode ser 03,5%, por exemplo, enquanto que para outra houve uma deflação (a sua inflação foi negativa, ao invés dos preços subirem, diminuíram) de 02,0%. Por mais que se utilizem metodologias sofisticadas, a inflação é uma medida aproximada de variação de preços.

Comentários

  1. Apareça sempre por lá então!
    Abraços!

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  2. Confesso que a sua área, prá mim, parece uma página codificada, rsrsrs... Mas, passei mesmo para agradecer a visita. Apareça sempre que quiser

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  3. Olá, Francisco!
    Obrigada pela visita e pelo elogio. Adorei seus textos, sempre muito claros. Virei sempre visitá-lo.
    Abracinhos
    Sue

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  4. Ola´
    Francisco ,obrigada pela visita,
    Achei maravilhoso que vc é um apreciador da arte do crochê.
    Abraços,
    Shirlei.

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  5. oi bom dia muito interesante seu blog ,vim agradecer a visita, volte sempre .resto de um bom dia.abraços.

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  6. Sempre faço uma visitinha para saber da economia do país através das suas postagens.
    Muito bacana seu texto, vou fazer as contas dos produtos que uso para ver se há inflação ou deflação nos meus gastos. Quase sempre faço o mesmo consumo mensal, ou seja, os produtos são os mesmos e assim seguirei sua dica.
    Passe lá no meu Blog. Ando sempre atualizando com as questões ambientais.
    Abraços,
    Nice.

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  7. oi Francisco, passando para agradecer a visita no meu cantinho...amei as suas postagens sobre economia....um abraco!!!

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  8. Obrigado pelo elogio e visite o blog sempre que puder!

    Parabéns pelo trabalho no seu blog, vou acompanhar.

    Té!

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  9. Ola francis muito obrigado por ver o meu perfil e deichar o seu comentário.
    atenciosamente: Gizeli Cardoso

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  10. oi! obrigada pela visita ao blog!

    Tenho tantas dúvidas sobre finanças. Meu pai investe na bolsa e está calminho, calminho...

    heh

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  11. Olá , não entendo mto de economia, mas estou preocupada com a crise nos EUA, sei que isso nos afetará, embora digam que não.
    O que serão dos nossos filhos e netos, se não começarmos a ensinar-lhes sobre política e economia desde cedo?
    Abraços,
    Elisete Machado

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  12. teu blog é muito bom.
    você explica tudo direitinho, valeu mesmo.
    normalmente esta parte é uma área complicada pra todo mundo.
    coloquei no meus favoritos.

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  13. Olá!
    Venho agradecer sua visita. Mas sinceramente não percebo muito de politica e muito menos economia. Mas será um prazer que volte ao meu blog.
    Deseijo que tenha um bom fim de semana
    Linda

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  14. Grato pela visita ao Balaio. Seu blogue é bastante específico, centrado em questões administrativas e econômicas. Assim me pareceu, à primeira vista. Mas voltarei, para uma leitura mais atenta. Um abraço.

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  15. owww
    fiquei muito feliz pela sua visita lá no meu modesto (e cheio de besteirol) mundinhO!!!
    apareça qdo quiser!!!
    qto ao seu blog... é uma enciclopédia virtual!!!
    Vc é um gênio (já que eu entendo de economia o mííííííniiimo possível e porque estudei Geografia econômica...) da economia!!!

    muito obrigada pela visita glamourosa!!!


    beijãOOOO


    Criiss

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  16. Oi, Francisco!
    Obrigada pela visita.
    Ultimamente, por conta das eleições, não tenho sido muito presente no meu,não postando textos. Mas voltarei.
    Qto ao seu, passarei a visitá-lo também,pois economia é uma área que gosto muito.
    abçs
    Ana Cristina

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  17. confesso que não entendo nada do que tem aqui, mas é bom me atualizar disso, voltarei mais vezes :)

    ótimo dia!

    ResponderExcluir
  18. Confesso que não entendo nada de economia. Vim agradecer a sua visita e o seu elogio ao meu blog :)

    Abraços!

    ResponderExcluir
  19. Vim agradecer a sua visitinha :)

    Abraços!!!

    ResponderExcluir
  20. Olá
    adorei o texto... é bom ler as diersas opiniões sobrea atual situação!
    Q bom q gostou do meu blog!
    eujá linkei oseu, e comerteza estarei passando por aqui para ficar bem informada!

    ResponderExcluir
  21. Obrigada pela visita, volte sempre,
    Seu blog tbm é muito interessante.

    Abraços.

    ResponderExcluir
  22. Muito obrigada pela sua visitinha em meu blog, que bom que gostou.

    Nossa inflação...a cada dia sobe e a cada dia fica mais complicado de conviver com ela. Mas acredito que deve existir meios para abaixar ou recursos para utilizar este dinheiro em proveito da população.

    Bjus e fique a vontade para visitar e comentar em meu blog.

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  23. Quiero agradecerte por el comentario muy significativo. El texto fue hecho con mucha emoción y espero que puedas prestigiar siempre la columna.
    El maestro Ricardo.

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  24. o ipca é o mais amplo e o ibge aplica o ipca no rio, belém, curitiba, poalegre, belo horizonte, recife, sampaulo, fortaleza, salvador, brasília e goiânia ... isso eu até sabia. sabe o que eu não entendo??? qual o critério para a escolha das cidades onde a pesquisa vai rolar ... acho fascinante tudo isso ...

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  25. Olá Francisco!
    Confesso não entender de economia, mas passarei sempre por aqui... Talvez comece a entender algo rsrs

    Parabéns

    Abs

    ResponderExcluir
  26. ObrigadO pela visitinha....Não sou nenhuma escritora mas amo colecionar reportagens e letras de meu eterno poeta Renato Russo...bjOs e volte sempre

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  27. Boa Noite, Francisco, você poderia me explicar em qual momento da lógica matemática 1 + 1 = 1 ?
    Sei que com toda certeza, saberá me responder.
    Espero sua resposta no meu msn, e conto com sua preciosa ajuda!
    Obrigada!
    Elisete Machado,
    Campinas - SP

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  28. Olá Francisco, agradeço pela visita e o seu comentário no meu blog. Continue com o ótimo trabalho, não fazia idéia de como era calculado o índice de inflação no Brasil, aliás, nem que havia mais de uma maneira.

    Só mantenha o olho vivo para uma escrita mais culta, que, creio eu, só viria a valorizar ainda mais o texto.

    até

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