Não há dúvida de que a educação é de fundamental importância para o desenvolvimento do país e o engrandecimento do seu povo, mas a educação deve ser de alta qualidade e que os recursos a ela destinados sejam aplicados na integralidade com essa finalidade de forma inteligente e que maximize os resultados desejados.
O arcabouço legal que rege a política de educação brasileira é composto, entre outros, pela Constituição Federal (CF) de 1988 (e suas emendas), pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – de 1996) e pelo conjunto de normas e resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE). A CF determina que os estados devem atuar no ensino fundamental e médio e só deve oferecer ensino superior quando já tiver atendido todas as demandas nesses dois níveis de ensino. Aos municípios cabe a oferta de ensino infantil e fundamental. À União cabe ofertar o ensino técnico e superior e direcionar recursos aos outros entes da federação para que ofertem ensino de qualidade além de fiscalizá-los.
A estrutura de financiamento da educação é regida pela Constituição que determina que 18% dos recursos da União deverão ser aplicados na educação e 25% dos recursos dos estados e municípios deverão ser direcionados para educação. Em 1996 foi criado o FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) que tinha como objetivo determinar um gasto por aluno/ano e melhorar a remuneração do professor e teve vigência até 2007, sendo substituído por outro semelhante, o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) que tem duração prevista de 14 anos. Entretanto, dados os desníveis econômicos regionais, embora os estados e municípios sejam responsáveis por gerir esse fundo, se algum ente da federação não consegue com o percentual de recursos determinado pela CF (25% de seus recursos) chegar ao gasto mínimo por aluno definido nacionalmente a União tem a responsabilidade de complementar.
Em valores de 2005, os gastos com educação pelo setor público saltaram em 1995 de R$ 61,376 bilhões para R$ 86,953 bilhões em 2005, um aumento de 41,67% nesses onze anos. Os estados em 1995 gastaram R$ 29,6 bilhões e em 2005 os seus gastos foram de R$ 36,5 bilhões, representando um aumento de 23,2%. Os municípios, em 1995 gastaram R$ 17, 143 bilhões, em 2005 os seus gastos foram de R$ R$ 33,83 bilhões, representando um aumento de 97,34%. Os gastos diretos da União variaram muito pouco nesse período, passaram de R$ 14,6 bilhões para R$ 16,6 bilhões, um aumento de apenas 13,76%. Esses números refletem a descentralização do ensino que já vinha ocorrendo há vários anos e se aprofundou nos últimos 15 anos e a priorização em gastos com o ensino fundamental. É interessante verificar que os gastos do setor públicos em 2005 58,9% eram direcionados para o ensino fundamental, 17,2% para o ensino superior, 10,5% para o ensino médio e profissionalizante, 7,1% para as crianças de zero a seis anos e 6,2% foram direcionados para outros tipos de ensino. Deve-se observar também que os baixos valores da União deve-se principalmente à aprovação no Congresso Nacional da Desvinculação de Receitas da União(DRU) que diminui em 20% dos recursos vinculados, como é o caso dos recursos destinados à educação.
Um povo bem educado é está preparado para os desafios que são impostos pela competição cada vez mais forte dos outros países que com sua alta produtividade e tecnologias avançados nos impõe constantes embates no dia-a-dia do comércio, seja de produto ou serviço. Essa preparação deve ser ofertada pelo governo, em seus três níveis, ou quando não for possível a oferta direta deve ser subsidiada para aqueles que não podem pagar uma boa formação em escolas particulares. Apesar de ter havido um progresso muito significativo nos últimos 15 anos, há inda muito para ser feito. Fundamentalmente, além das ações já tomadas, deve ser melhorada a qualidade do ensino, dando ênfase ao ensino profissionalizante concomitante com o ensino tradicional, aumentando mais o tempo diário de aula, elevando o rigor nas avaliações, incentivando o docente com treinamentos e remuneração e universalizar o ensino médio. Essas são algumas providências que se forem tomadas certamente elevariam muito o nosso nível educacional e conseqüentemente a nossa produtividade.
Oi, Francisco...
ResponderExcluirConhecer seu blog foi muito oportuno. Vou utilizar as informações desse texto para montar uma coletânea de excertos para um aula sobre o ensino no país , aproveitando a reportagem de capa da Veja.
Obrigada.
Uma barço
Gizelda
GOSTEI DESTE ARTIGO, TBM SOU PROFESSORA,ESSA INFORMAÇÃO É MUITO IMPORTANTE PARA O ENSINO NO BRASIL, PRINCIPALMENTE PARA O PÚBLICO DO QUAL FAÇO PARTE.
ResponderExcluirABRAÇOS
Olá Francisco gostei também muito do seu blog afinal economia é tudo na nossa vida e no nosso país, visto q entendo pouco desta área com certeza serei leitora assídua de seus posts, aliás obrigada pelo elogio no meu blog...grande abraço!
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirRealmente, o nível de educação está cada vez pior. Como esperar crescimento com pessoas que terminam o ensino fundamental sem saber ler ou escrever?
Aproveito para agradecer a visita e convidá-lo a voltar quando quiser.
Até+!
oi Francisco!
ResponderExcluirobrigada por visitar o meu blog! aguardo mais visitas! ah li o seu e é muito bom também! parabéns!
abraços, Cláudia
Obrigado Francisco!!
ResponderExcluirgostei muito também do seu blog!
muito Instrutivo!1
um grande Abraço!
até
Pois é Francisco.........., acho isso de vital importância, pena que o ensino não é igual para todos e o governo não investe como deveria.
ResponderExcluirFui professora do ensino técnico por 12 anos.
Vi algumas melhoras, mas não o suficiente.
Mas acredito que se fizermos a nossa lição de casa com os nossos,
creio que faremos alguma diferença.
Lembra da estoria do menino que jogava as estrelas no mar? Pois é ele estava fazendo diferença.
Obrigada por passar no meu blog.
Até mais, voltarei.....
sonia
Educação é tema extramamente delicado no Brasil hoje, sobretudo pelo fato de ter um Prsidente da República que insiste em não valorizar a educação. Acredita que para governar bum país como o Brasil precisa é de coração, numa atitude populista boba ingênua. Com isso penso estarmos sim é num retrocesso bravo e não há dinheiro que abafe isso, poruqw eo problema não é do dinheiro e sim nosso. Se o presindete é assim imagine sua equipe e por aí vai. Note no que se transformou o processo eleitoral brasileiro, no que acontece com a representação do Congresso Nacional hoje e por aí vai. Não é possível querermos educação de um ser mal educado.
ResponderExcluirCadinho RoCo
Otimo blog também em francisco, mas na educação não é tao bem gasto, se observamormos o dinheiro é mais usado em presos do que na própria educação, veja:
ResponderExcluirUm preso equivale a 1.300 reais por mês, um salário de professor equivale a 700 reais com uma sala que contenha 45 alunos.
Alimentamos mais presos do que a nossa própria educação..
Muito legal o blog, estarei observando dedicadamente, até mais..
Guilherme Giuntini
Francisco, obrigada por comentar no meu blog, bjim!!
ResponderExcluirxaxeila
Olá Francisco,
ResponderExcluirGostei demais do seu blog.
Através do seu comentário ao meu, que por sinal devo lhe agradecer a sua simpatia. Li certos assuntos aqui que gostei muito.
É importante estas abordagens.
Beijinhos
Paloma Stella
Obg o seu também está ótimo!
ResponderExcluirOlá Franscisco, obrigada pelo elogio, é gratificante saber que alguém leu o que escrevi.
ResponderExcluirO seu blog é realmente oportuno e necessário para nossas vidas, passarei por aqui sempre que puder.
Abs.
muito obrigado pelo elogio.
ResponderExcluirO seu blog tb é muito interessante para mim, pois acompanho essa área tb...
Francisco, seu blog é uma riqueza em informações!
ResponderExcluirGostei de ter passado no meu, te add, estarei sempre passando por aqui...
Obrigada!
Bom fim de semana.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirObrigada pela visita no meu blog, espero que visite mais vezes !!!
ResponderExcluirAdorei este artigo sobre o ensino, realmente a realidade não é uma das melhores, mas nada como a esperança brasileira.
Obrigada !
Beijos !
Oi, obrigada pela visita....rsrs
ResponderExcluirPrazer Fernanda, como vc achou meu blog????
curiosa eu hein????
Abraços Bom Fds...
Olá, Francisco. Vc teria dados atuais que compravam que o governo Lula, ao contrário do seu mkt enganoso que diz q investe em educação, comprove que NÃO tem investido em educação nos anos de 2006/2007?
ResponderExcluirAbraços
Francisco, o que vc me diz da saúde pública? vc, por exemplo, utiliza o SUS? piada!
ResponderExcluirOlá Roberta, esses números dos anos 2006 e 2007 ainda não estão disponíveis, mas certamente serão superiores, em termos reais, aos dos anos anteriores apresentados no texto. APesar de reconhecermos o aumento nos gastos públicos com educação (nos 11 anos foram 41,67% de aumento em termos reais) e dos progressos em várias áreas da educação nos últimos tempos(prouni, piso nacional para os professores, etc.) ainda existem muitas coisas para serem feitas na educação para melhorar a educação que além de quantidade também precisa melhorar em qualidade.
ResponderExcluirUm abraço
Roberta, eu concordo plenamente com você: a saúde pública no Brasil é uma piada. Felizmente, existem alguma excerções, mas são muito poucas. Uma das maiores calamidades brasileiras é a saúde para os mais necessitados. Você sabia que a maioria dos Estados brasileiros pagam de juros da dívida entre 11 e 13% de toda a sua arrecadação? Vão investir em saúde com que dinheiro? aumentar os impostos, nem pensar!
ResponderExcluirUm abraço
Olá, Francisco
ResponderExcluirPassei para agradecer novamente a visita e dar uma espiadinha no seu blog.
Gostei bastante... não entendo de economia, mas educação é minha área. *rs*
Espero sempre ler coisas boas por aqui.
Um forte abraço.
Investir em saúde com q dinheiro? oras, então deixa todo mundo morrer na porta de hospital público. melhor, menos gente neste país de MERDA!com governo de MERDA e presidente de MERDA!!!!
ResponderExcluirmerece um comentário.Farei mais.Escreverei sobre isso em um post no meu blog.
ResponderExcluirAliás,parabéns pelo seu blog,Francisco.A riqueza de dados estatísticos é notável.Fico curioso em relação às fontes.
Abraços
Joe Santos
Olá!
ResponderExcluirCheguei aqui por acaso, andava a pesquisar sobre o ensino e, olha, gostei imenso de ler este texto, embora a realidade de Portugal seja um pouco diferente, numa coisa estás certo, é preciso investir na educação, investir na formação profissional...
Sou professora e os sucessivos governos apostam pouco na educação...
É, sem dúvida, na educação que se deve apostar fortemente, pois formamos os homens de amanhã. É com grande desilusão que vejo os jovens, cada vez mais, desinteressados, completamente alheados do que se passa à sua volta. Muitos abandonam os estudos precocemente; outros não têm sucesso, vão repetindo os anos, acabando por desistir; outros lá conseguem passar, mas sem grandes conhecimentos...
Hoje em dia, é cada vez mais difícil o trabalho dos professores.
Enfim, vamos esperar por melhores dias, melhores políticos, melhores alunos...
Um abraço
Mena
Ola,Sou Edenisio Rodrigues.
ResponderExcluirCaro Francisco Castro,seu Blog é uma benção,continue assim, nos trazendo importantes infomaçoes Governamentais.
E obrigado por posta um comentario no meu Blog.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFrancisco, muito oportunas suas informações.
ResponderExcluirPercebemos de imediato que não é a falta de dinheiro mas sim a falta de gestão que mantém o povo brasileiro em um nível de formação muito aquém da média mundial. No ano de 2007 o Brasil caiu quatro posições no ranking mundial de educação da UNESCO, posicionando-se na posição 76, bem atrás do Paraguai. Eu, como professor universitario há mais de 10 anos, pude perceber a queda no nível de formação dos alunos ingressantes no ensino superior, alguns beirando o semi-analfabetismo. Lembro-me de ter investido quase uma hora de uma de minhas aulas de análise de sistemas para ensinar aos alunos como calcular 7% de desconto sobre um valor. Simplesmente um absurdo!
Enquanto não surgir uma política séria de compromisso com a educação, focada nos resultados de longo prazo e não nas ações eleitoreiras, estaremos correndo o risco de não termos competitividade no mercado internacional.
Infelizmente nosso foco ainda está em saber quantas crianças estão dentro ou fora da escola e no mercado profissionalizante. Mas, estando dentro da escola, será que o conteúdo e o nível do ensino são satisfatórios? Os professores estão preparados? Os conteúdos atualizados e alinhados com os rumos dos mercados globais? Os cursos profissionalizantes correspondem a ações de curto prazo, gerando empregabilidade para quem precisa suprir suas necessidades básicas. Mas não gera competitividade para o país. Pelo contrário, corremos o risco de virar pólo de mão de obra barata para os países onde a formação é excepcional. Por exemplo, há tempos que o Brasil deveria incluir o Inglês e Espanhol como disciplinas obrigatórias desde o ensino fundamental.
O povo brasileiro é inteligente, reconhecido por sua criatividade, mas sem uma política de educação séria, forte, focada no mercado mundial, somente uma pequena parcela da população que teve o privilégio de estudar em escolas particulares poderá alcançar níveis gerenciais e o mercado mundial.