Muito se ouve falar que o nosso povo é muito carente e que a distribuição de renda em nosso país é muito perversa, o que reforça ainda mais a necessidade de atenção do governo federal nas áreas sociais. Em julho passado, o IPEA publicou um trabalho no qual são relacionados os gastos do governo nas áreas sociais em 2007. É importante que se verifique que excluindo os gastos da Previdência Social (mesmo porque apesar de ter uma relevância social muito grande, dependendo da Região, é de natureza fiscal diferente dos outros gastos) os gastos nas outras áreas sociais são insignificantes para atender todas as necessidades do nosso País.
No ano de 2007, o governo federal gastou com áreas considerada sociais cerca de R$ 340 bilhões, correspondendo a 40,3% do seu orçamento e a 13,3% do PIB. Em termos percentuais, esses gastos foram os seguintes: Ministério da Previdência Social – 56,2%, Ministério da saúde – 14,5%, Ministério do trabalho e Emprego – 9,0%, Ministério da Educação – 8,4%, Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome – 7,2% e os outros ministérios sociais – 4,7%.
Em termos de valores, esses gastos ficaram assim distribuídos: Ministério da Previdência Social – R$ 192.317.120.069,00, Ministério da saúde – R$ 49.483.023.469,00, Ministério do trabalho e Emprego – R$ 30.823.892.176,00, Ministério da Educação – R$ 28.712.836.411,00, Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome – R$ 24.713.594.577,00 e os outros ministérios sociais – R$ 16.096.497.693,00. Apesar de constar no orçamento do governo, eu não sou muito de acordo em considerar os benefícios da Previdência Social como gastos do governo porque esses benefícios são frutos das contribuições dos participantes do Sistema Previdenciário, consideraria apenas o seu déficit que são cobertos pelo Tesouro Nacional. Mas como a metodologia os considera iremos aceitar como tal.
E importante mencionar que cerca de 54% de todo o gasto das áreas sociais do governo federal é representado pela Previdência Social e pela Bolsa Família. Em 2007 o pagamento de aposentadoria e pensões foram R$ 123 bilhões para as cidades e 35,5% para a zona rural, R$ 6,1 bilhões para aposentadorias especiais, R$ 11,6 bilhões para às pessoas beneficiadas pela LOAS (Prestação Continuada à Pessoa Idosa e à Pessoa com Deficiência). Para a Bolsa Família foram cerca de R$ 9,3 bilhões.
Consideraremos em termos percentuais os gastos mais relevantes dos principais ministérios sociais no ano passado. O Ministério da Saúde: 77% com despesas correntes (gastos tais como materiais utilizados no dia-a-dia das atividades), com pessoal e encargos sociais - 16,7% e investimento - 5,8%; Ministério da Educação: com pessoal e encargos sociais – 53,1%, despesas correntes – 36,4% e investimento – 9,6%; Ministério do trabalho e Emprego: despesas correntes – 67,5%, aquisições de imóveis de diversos tipos – 26,8% e com pessoal e encargos sociais – 5,5%; Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome: despesas correntes – 99,2% e investimento – 0,7% e Ministério da Previdência Social: despesas correntes – 96,1% e despesas com pessoal e encargos sociais – 3,9%.
Fala-se muito em gastos exorbitantes com pessoal no governo federal, mas o que se observa é que não é bem assim. Os gastos totais com todos os servidores das áreas consideradas sociais em 2007 foram cerca de R$ 17,38 bilhões, inferior aos gastos com pessoal dos servidores militares que nesse mesmo ano foram cerca de R$ 18,93 bilhões. Existe alguma coisa errada aí, ou os militares estão ganhando muito bem, existe militares superior às condições do País, os servidores das áreas sociais estão ganhando muito pouco ou o quantitativo desses últimos está aquém das necessidades do nosso País. Eu aposto nessas duas últimas opções, os funcionários, principalmente da saúde e da educação, precisam ter as suas remunerações aumentadas e muito mais pessoas precisam ser contratadas para que a população ser atendida com dignidade.
É inaceitável observarmos cenas cotidianas em que hospitais superlotados e sem pessoas qualificadas para atender às pessoas que não têm outra opção de atendimento. É de fundamental importância que sejam investidos, além de contratar muitos funcionários qualificados, valores significativos em hospitais principalmente em cidades e estados que não têm condições de incorrer em altos investimentos. O mesmo, embora em situação menos dramática, é a educação. Nesta deve ser dada maior atenção na qualidade que está muito aquém da considerada aceitável. Ao mesmo tempo, não se pode admitir que a soma dos gastos totais dos ministérios da Educação e da Saúde seja um pouco mais da metade que o governo federal gasta com os juros da dívida. As pessoas deveriam se ater para isso: enquanto se estiver pagando um valor tão grande de juros não sobrará muita coisa para melhorar às áreas sociais que a nossa população tanto precisa, principalmente a educação e a saúde.
Francisco,
ResponderExcluirMuito obrigada!
abraços
Olá
ResponderExcluirObrigada por comentar no meu blog. Gostei do seu texto,principlamente aquele sobre educação.
Abraços
Ivani
Opa! tudo bom?
ResponderExcluirMuito obrigado.
Mas o que te levou até lá? hahahahah
Você tem interesse pela área ou foi só por acaso mesmo?
abraço!
Para lembrar que a minha promessa está cumprida.Escrevi
ResponderExcluirOlá Francisco.
ResponderExcluirObrigada pela visita e comentário no meu blog,tbem gostei do seu.Concordo plenamente com o texto.Um abraço e uma ótima semana pra vc!
É interessante, a respeito do orçamento, no primeiro parágrafo, analisar que o país está é doente, pois o orçamento está com a pirâmide invertida. Ao invés de 8% em educação, 7% em Saúde e 54% em programas sociais, deveria ser 54% em Saúde e Educação, e 15% em programas sociais (MPAS). Pessoas saudáveis e cultas não precisam do governo para quase nada.
ResponderExcluirObrigado pela visita. Continue com esse trabalho bacana do teu blog.
ResponderExcluirAbs!
oi muito obrigado pelo comentario mas o que levou a vc ir até meu blog desculpe a pergunta?
ResponderExcluirOlá Francisco! Passei para agradecer a simpática visitinha ao meu blog e parabenizar pelo seu pois trata de assuntos de extrema importância.
ResponderExcluirUm grande abraço!
Ana W
SENHOR FRANCISCO CASTRO, O MEU MUITO OBRIGADO POR TER VISITADO O MEU PARCO BLOG, E CONTENTE FIQUEI POR TER GOSTADO.
ResponderExcluirIREI COLOCAR O SEU BLOG NOS MEUS FAVORITOS E IR LENDO COM CALMA E DEIXANDO OS MEUS COMENTÁRIOS.
UM ABRAÇO AMIGO, DE UM PORTUGUÊS COM SABOR ORIENTAL PARA UM IRMÃO DO PAÍS CANARINO.
ola..tem novidades no Hot Hot de uma roupas masculinas tbm!!!
ResponderExcluirOlá Francisco!!!
ResponderExcluirSeu blog é extremamente interessante e necessário.
A nossa existência é afetada diretamente pela economia nacional e mundial.
Um forte abraço!!!
Shalom
é apenas para eu entrar em seu blog?!
ResponderExcluirVocê sabe do que se trata o meu?!
Há.
=x
Até mais!
E essas coisas sobre governo há tantas contradições, não acredito em dados.
Metade é mentira. Se eu pudesse eumudaria, mas...
Até mais e uma excelente semana
bjo
Realmente desconfio, nesse mundo de injustiças, não há como confiar plenamente.
ResponderExcluirRealmente, o MEU estilo de vida tem a ver com a sociedade em geral. Mas é uma realidade totalmente diferente.
As vezes soumeio 'fora de órbita', tento viver uma realidade diferente, comimaginação, ajudando a quem precisa e assim, tentando fazer a diferença.
=]
Francisco...muito obrigado!!
ResponderExcluiraté +
Muito obrigada pela visita!
ResponderExcluirFrancisco,
ResponderExcluirobrigada por entrar no nosso blog!
se voce precisar divulgar seu blog podemos te ajudar...
tambem gostamos do seu blog parabens!
abraços
Excelente blog!
ResponderExcluirObrigado pela atenção no meu.
Olá Francisco!
ResponderExcluirAchei interessante todos os seus textos.
Parabéns!
Falar de economia é sempre uma questão de ponto de vista, questionar sobre gastos sociais do governo federal do nosso pais, dá no mesmo... É tudo muito complicado e desacreditante, sobretudo, quando envolve valores.
Voltarei outras vezes, ok?
Um abraço e muito obrigada pela sua visita.
Nossa,
ResponderExcluirAté que em fim, alguém que eu não conheço visitou meu blog e fez algum comentário.
Obrigado.
Gosta de psicologia?
Economia também é ciência humana. Faz sentido a sua visita.
Francisco,
Um grande abraço!
Até mais.
Vim agradecer a visita,mesmo tendo blogs tão diferentes com assuntos que diferenciam,acredito que é válido prestigiar uns aos outros,seu blog tbm é mt interessante.
ResponderExcluirFica com DEUS
abraços
Vanessa
Olá Francisco, parabéns por seu blog e obrigada por sua visita no meu. Abs.
ResponderExcluiroi, Francisco,
ResponderExcluirobrigada por visitar meu blog.
vim retribuir, mas tenho que dar uma de Alice antes de entrar no País das Maravilhas: faltam figurinhas por aqui!
quanta seriedade!
hehehehe
e, pelo que estou vendo nos outros depoimentos, vc andou comentando nossos blogs para fomentar acessos ao seu.
isso não é bonito!
permita-me continuar alienada dos números.
; )
beijinhos...
eva
Muito bom o seu blog, tenho uma pergunta, se puder responder:
ResponderExcluirO que desencadeou a queda do PIB JAPONÊS e porque a moeda japonesa teve queda histórica e sua conclusão para a atualidade?
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco222647,0.htm
Francisco,
ResponderExcluirobrigado pela visita e pelo comentário.
Passei aqui e é bom encontrar novas fontes sobre Economia.
Um abraço e boa semana.
Olá!
ResponderExcluirObrigada por seu comentário.
Volte sempre!!
**Seu blog é mt interessante!
Abraços
fico feliz !
ResponderExcluirvolte sempre...............
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Francisco!
ResponderExcluirobrigado por sua visita ao meu blog Letras Confessionais. Coincidentemente, interesso-me pelo assunto a que se propõe tratar o teu. Estás adicionado no meu 'Favoritos'. Tomarei o cuidado de ler seus textos.
Pax.
Olá amigo, que fez alguns questionamentos a respeito da economia japonesa, aqui estão algumas pontos que irão lhe responder:
ResponderExcluirOs principais fatores que explicam a desaceleração atual da economia japonesa são os seguintes:
1- Queda considerável nos investimentos imobiliários causada pela entrada em vigor leis que regem o setor de construção civil mais rígidas;
2 - Aumento forte dos combustíveis e outras matérias primas, visto que o Japão é muito carente desses itens e;
3 - Impacto da crise das hipotecas e seus efeitos em alguns bancos japoneses.
Neste ano, a economia japonesa deve crescer entre 1,5 e 2,5%. Em 2006 cresceu 2,4% e em 2007, 2,1%.
A rpincipal razão da queda do valor da moeda japonesa é a baixíssima taxa de juros vigente naquele país há vários anos. Com os juros domésticos baixíssimos, os agentes do país e do exterior irão aplicar em outras moedas e consequenmente demandarão as outras moedas e não o Yen, o que leva o preço dessa última para baixo. Para o país não entrar em recessão, ao autoridades monetárias abaixa os juros a quase 0% o que diminue significativamente a demananda pela moeda doméstica e consequentemente, o seu preço.
Um abraço
valeu seu blog também é muito interessante
ResponderExcluiradooro política bem legal
parabéns continue assim
esses dados chegam a dar uma ponta de revolta.
ResponderExcluirbjosss...
Passando rapidamente para agradecer a atenção e o carinho em responder minha questão. Seu blog é ótimo! Grande abraço!
ResponderExcluirObrigado, Francisco, por visitar o meu blog. Mesmo.
ResponderExcluirAchei o seu muito interessante.
Apareça sempre...
Obrigado.
Abraços.
Oswaldo Antõnio Begiato.
Obrigado pelo elogio do meu blog
ResponderExcluirObrigada pela visita e pelo comentário.Seja sempre bem-vindo,a casa é sua.
ResponderExcluirUm abraço.
Olá Francisco, tudo bem?
ResponderExcluirObrigado pelo elogio ao meu blog, parabéns pelo teu! Somos quase vizinhos, moro em Carapicuíba. Trabalho em um jornal, o Página Zero, no qual há espaço para publicação como colaboração dos textos que você posta no teu blog. Se vc quiser passar a enviá-los estamos às ordens. O endereço é paginazero@paginazero.com.br! Um abraço!
Olá Francisco.
ResponderExcluirÉ interessante um viés de preocupação social que transpira dos seus textos. Esse aroma é muito bem vindo principalmente quando se tenta interpretar qual é o verdadeiro interesse o governo com a sempre crescente arrecadação tributária, isto é, ele quer mesmo ajudar os brasileiros que mais precisam?
O que você acha das declarações do nosso presidente sobre as futuras destinações do "tesouro além pré-sal" - até a contabilidade da União está sendo mudada(pdrões internacionais)já com vistas a esse grande "tesouro" - tem até havido sinais de preocupações em criar leis agora para que futuros governos não façam mal uso desses "futuros" recursos.
antonio pestana
Caro Antônio Pestana, em parte, você tem razão com a sua preocupação em relação aos verdadeiros desejos do governo em relação ao nosso povo. É provavel que ele queira ajudar quem mais precisa, entretanto, o método utilizado até o momento é equivocado. Dando assistência a quem precisa, está certo, mas tem que dá condições a essa pessoa para que num período de dois a três anos não mais precise do auxílio do governo para osbreviver, seja com um negócio próprio ou com um emprego que lhe dê dignidade. Para isso, é necessário a diminuição de impostos para a produção, diminuição da dívida pública, diminuição do juros e aumento dosinvestimentos do governo.
ResponderExcluirQuanto ao "pré-sal", a intenção do governo atual parace até ser de ajudar os pobres, entretanto, para que isso se concretize não necessários diversos fatores que não vejo muito favoráveis para essa direção. É provável que o povo saia beneficiado dessas descobertas, entretanto, não na magnitude apregoada pelo governo federal.
Mui agradecida Francisco ,
ResponderExcluirMas uma pergunta que não quer calar aonde me achou.?
Aproveitando gostei muito das suas postagens , e eu que pensavas entender de finanças, sou uma aprendiz, bom já sei agora por onde me atualizar..
"A marca da sabedoria é ler corretamente o presente e marchar de acordo com a ocasião. (Homero)"