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AUMENTO NOS RENDIMENTOS DOS BRASILEIROS

Nesta primeira semana de agosto, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) publicou um trabalho no qual é apresentado um levantamento da situação de riqueza e pobreza da população em termos de renda da população de seis regiões metropolitanas do Brasil.

Nessas seis Regiões Metropolitanas (RMs), que são as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, se encontram cerca de 17,0% dos pobres do Brasil e cerca de 42,0% dos ricos. Essas RMs representam 37,1% do PIB do Brasil e 25,4% da população brasileira.

Pela definição do IPEA, as pessoas com renda per capita menor que R$ 207,50 são consideradas pobres. As pessoas cuja renda per capita seja inferior a R$ 103,8 são consideradas indigentes. As famílias cujas rendas seja superior a R$ 16.600,00 são consideradas ricas.

Segundo esse estudo, nas seis RMs em 2002 os pobres representavam 32,9% da população enquanto que os indigentes representava 12,7%. Em 2008, os pobres representavam 24,1% e os indigentes, 6,6%. Mostrando claramente uma redução significativa da pobreza e da indigência nas cidades que compõem essas RMs. Em números, em 2002 a quantidade de pobres era 14.352.763 e de indigentes era 5.562.107 enquanto que em 2008 são respectivamente, 11.356.714 e 3.123.876.

Quanto às pessoas ricas, em relação aos anos de 2002 e 2008 houve pouca oscilação em termos percentuais, em termos absolutos variou de 448.493 para 476.596 pessoas, representando cerca de 1,00% da população dessas cidades. A RM que tem o maior percentual de pessoas ricas é São Paulo com 1,4%, seguida por Salvador com 1,1%, Belo Horizonte com 0,9%, Rio de Janeiro com 0,7%, Porto Alegre com 0,6% e Recife com 0,5%.

A participação de cada uma das RMs no total das pessoas em 2008 está assim: São Paulo – 50,9%, Rio de Janeiro 21,4%, Belo Horizonte – 10,6%, Salvador – 7,1%, Recife – 5,2% e Porto Alegre – 4,5%. Em 2002, estava distribuído da seguinte forma: São Paulo – 52,2%, Rio de Janeiro 21,3%, Belo Horizonte – 6,9%, Salvador – 7,4%, Recife – 6,2% e Porto Alegre – 6,0%. Observa-se diminuição na participação de São Paulo, Porto Alegre e Recife, relativa estabilidade em Salvador e Rio de Janeiro e aumento de Belo Horizonte.

Nesta mesma semana, o professor Marcelo Néri da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro apresentou um levantamento que, utilizando uma metodologia e definições diferentes aos do IPEA mas utilizando dados das mesmas seis RMs utilizados pelo IPEA, leva a conclusão que a população teve uma melhora significativa nos últimos anos.

No trabalho do professor Neri, as classes sociais são distinguidas entre E e A, conforme a renda familiar vai aumentando. Na classe E, estão aquelas famílias com rendimentos mensais até R$ 768,00, na D com rendimentos entre R$ 769,00 e R$ 1.064,00, na C com rendimento entre R$ 1.065,00 e R$ 4.591,00, a chamada classe média. As classes B e A são compostas por famílias com rendimentos a partir de R$ 4.592,00. Entretanto foi abordado com mais ênfase a classe média.
Se ao invés da renda total familiar, for utilizada a renda per capita do trabalho, a definição de classe social terá a seguinte classificação: Na classe E, estão aquelas pessoas com renda per capita até R$ 135,00, na D as pessoas com renda per capita entre R$ 136,00 e R$ 214,00, na C as pessoas com renda per capita entre R$ 215,00 e R$ 923,00, a chamada classe média. As classes B e A são compostas por pessoas com renda per capita a partir de R$ 924,00.

De qualquer forma, em 2002 as classes E e D juntas correspondia a 42,82% e em 2008 a 32,59%. A elite em 2002 correspondia 12,99% da população nas seis RMs e em 2008, 15,52%. A classe média em 2002 correspondia a 44,19% da população nessas seis RMs em 2008 é mais da metade, 51,89%.

No trabalho da FGV, apesar de não está explícita, a definição de classe média compreende as pessoas com que têm renda per capita de R$ 208,00 ou seja pertencentes às famílias com rendimento mensal de até R$ 16.600,00. Em 2002, essa classe média correspondia a 53,40% da população das seis RMs, em 2008, a 68,30%.

Sem criticar os métodos e as definições de classe social tanto em um como no outro, observa-se uma melhora extraordinária no padrão de vida das pessoas, pelo menos nessas RMs objeto das pesquisas.

Os fatores principais que proporcionaram (e proporcionam) essa melhora nos rendimentos das pessoas, pode-se mencionar: a relativa estabilidade dos preços, crescimento razoável da economia (que proporciona a geração de empregos), expansão do crédito, os altos preços de vários produtos exportáveis pelo Brasil, etc.

As informações acima ajudam a explicar porque o LULA, apesar de diversos escândalos vindos de seu governo, goza de prestígio junta á população. Dadas as condições e os fatores mencionados no parágrafo acima, alguns proporcionados por ele, outros por pura sorte, muitas pessoas que estavam no último degrau da escala social pôde ascender para posição mais alta graças as esses fatores ou a alguma ação do governo, como Bolsa Família, Prouni, etc.

Apesar que para as pessoas de renda mais alta existem diversos pontos negativos, como a alta carga tributária, a insegurança, a corrupção, etc. Mas, muitas pessoas que hoje estão na classe média, antes eram pertencentes a classes sociais mais baixas.

Comentários

  1. Obrigada pela visita. Espero q volte mais vezes...
    Um abraço

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  2. Obrigadaaa ;)
    Espero que seja isso mesmo, por mais que algumas família tenham melhorado com a ajuda do Bolsa Família, ainda restam milhares que nunca nem viram a cor.
    Mas enfim, é sempre bom acreditar que os npumeros da pobreza vão abaixar rapidamente.

    Beeeeeeeijos.

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  3. obrigada pela visita!
    continue aparecendo!
    abraço!

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  4. Bom, obrigada pela visita... mas estou apagando meu blog...vou fazer outro nesse instante, mas...esse jah era ! obrigada (8'

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