Num “papo de bar”, discutíamos quem será ainda imortal daqui a alguns séculos, Freud, Marx, Gandhi? Eu apostei em Shakespeare e na sua universalidade dramática, seu desvendar da alma humana em suas histórias de amor e ódio, paixão e ciúmes, vingança e reparação, generosidade e cobiça, toda sorte de paixões, enfim. Mudam os séculos, evoluem as civilizações, a ciência e a tecnologia, mas o elemento humano está lá, na massa bruta do nosso ser, com toda a gama de emoções que somos capazes de sentir. Novelas e filmes exploram isso com “conhecimento de causa”. Mesmo quem não acompanha novelas pode apreciar às vezes o desempenho de atores capazes de dar vida a personagens como Carminha ou Félix, para falar apenas dos mais recentes sucessos da tevê brasileira. Somos dramáticos, mesmo que as situações retratadas passem longe da nossa vida, as emoções nos atraem. Grandes atores e atrizes são admirados por nos brindarem com interpretações envolventes, nos propiciando momentos de “voyeurs”...