Fernando Abrucio, doutor em Ciência Política pela USP e chefe do Departamento de Administração Pública da FGV-SP, publicou artigo (Valor,22/06/18) defendendo a renovação política não ser, simplesmente, trocar nomes . Reproduzo-o abaixo. “Renovação política virou a palavra de ordem no debate atual. A Operação Lava-Jato e afins, o enfraquecimento (e envelhecimento) das principais lideranças políticas do país e a crise econômica e social, que parece nunca ter fim, aprofundaram esse sentimento renovador. Em si, tal demanda da sociedade é boa, mas sua simplificação, traduzida na mera troca de nomes, pode frustrar o eleitorado e, pior, produzir uma armadilha: mudar os políticos sem transformar a política. O próprio conceito de renovação precisa ser mais bem definido. Isso porque a rotatividade de parlamentares no Legislativo é maior do que se imagina, e bastante grande quando comparada com os países desenvolvidos. Na eleição de 2014, a renovação ...
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