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Político alemão afirma que agora no Brasil o Estado é colocado unilateralmente ao serviço das elites ricas

A condenação sem provas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo TRF-4, que aumentou sua pena para 12 anos de prisão, continua repercutindo internacionalmente. 
O membro do comitê executivo do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD, sigla em alemão) Niels Annen criticou a sentença contra Lula e vê risco à democracia brasileira, caso o ex-presidente seja inabilitado de disputar as eleições presidenciais. 
"Do ponto de vista do Estado de direito, um argumento da acusação é particularmente preocupante: o simples fato de Lula, como presidente, ter influenciado a fortuna da petroleira estatal Petrobras, é prova de que ele conhecia casos de corrupção dentro do grupo e também os aprovou. Pelo menos tenho grandes dúvidas de que o veredicto contra Lula é um sucesso na luta contra a corrupção', afirmou Annen, em análise ao portal alemão IPG
"Pergunta-se se um julgamento justo e um veredicto justo foram mesmo desejados ou se era uma questão de sistematicamente minar a reputação de um político. Lula representa um projeto sem precedentes de progresso social no Brasil. Agora, ele é politicamente eliminado pela convicção. Muito no caso contra ele, portanto, aponta para uma instrumentalização do judiciário para fins políticos", acrescenta o político alemão. 
Niels Annen também relaciona a sentença contra Lula como continuidade do golpe que retirou sem crime de responsabilidade a presidente Dilma Rousseff. 
"O veredicto contra Lula também deve ser visto em conexão com o questionável julgamento da presidente Dilma Rousseff. Com o impeachment contra Rousseff no Brasil, o caminho foi apurado para o projeto de uma reviravolta neoliberal, que já havia encontrado nas urnas nenhuma maioria. A política prosseguida no Brasil desde então destrói as conquistas sociais da época de Lula e Rousseff. Com o pretexto de implementar as reformas necessárias para a economia, o Estado é colocado unilateralmente ao serviço das elites ricas", afirma. (Com o 247)

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