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O ator Tonico Pereira afirma que parte dos artistas de direita já se arrepende de ter apoiado o golpe

Entre Sócrates e Nelson Rodrigues, Tonico Pereira enxerga uma arte em comum: o combate à hipocrisia. E é imbuído desse espírito — alimentado pelas provocações filosóficas e dramatúrgicas de ambos — que Tonico tem subido aos palcos ultimamente. No último fim de semana ele encerrou a temporada de “Os sete gatinhos”, de Nelson, e nesta sexta retorna à cena com a estreia de “O julgamento de Sócrates”, no teatro Cândido Mendes. Escrita por Ivan Fernandes a partir de “Apologia de Sócrates”, de Platão, a peça é o primeiro monólogo de Tonico em 50 anos de carreira.
Em entrevista ao jornal O Globo, o artista falou também dos "golpistas arrependidos" no meio cultura.
"Sócrates ultrapassou quatro mil anos e estará sempre atual, assim como permanecerão pertinentes as suas falas, no seu julgamento. Ele denuncia a injustiça do seu julgamento, que é a injustiça de muitos julgamentos que temos visto no mundo e no Brasil. Julgamentos comprometidos, na verdade, com interesses econômicos e políticos. Sócrates é fundamental diante do que estamos vivendo, pois contesta certas abordagens e revela os interesses que estão por trás. São muitas as possibilidades de articulação entre a nossa realidade e a filosofia socrática.
(...)
Tem, inclusive a alguns que uns atores apoiaram. Até fiz um vídeo sobre essa parte da direita que se arrependeu de participar do golpe (impeachment da presidente Dilma Rousseff) e agora quer fundar o partido brasileiro de centro radical... É por isso que não vou a certas reuniões. Prefiro a minha reflexão, solitária, do que ter de ir a Brasília com alguns personagens... Mas para isso eu me preparo, de repente não ganho mais dinheiro como ator... Passo a vender cachaça, como já fiz, ou camisas..." (Com o 247)

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