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Delator afirma que propina dada a ministro do TCU era entregue no Rei das Coxinhas

O empresário João Carlos Lyra, delator em uma operação conexa à Lava Jato no Nordeste, disse em depoimento que deu R$ 2 milhões de propina para o então senador Vital do Rêgo, atual ministro do Tribunal de Contas da União. Os pagamentos foram feitos em 2014, quando Rego foi candidato ao governo da Paraíba, derrotado por Ricardo Coutinho (PSB), segundo o site BuzzFeed BR.
Segundo o delator, o pagamento em dinheiro foi recebido por Alex Azevedo, secretário da Prefeitura de Campina Grande durante o mandato do irmão de Vital. Lyra serviu de caixa paralelo da OAS para viabilizar o caixa dois a Vital do Rêgo. Ele afirma que emitia notas fiscais com valores superfaturados para a empreiteira e, assim, fazia os saques em dinheiro. O dinheiro foi enrtegue por Carolina Vasconcellos, uma parceira de Lyra.   
O pitoresco da história é o local onde os pagamentos foram feitos. Um restaurante da rede Rei das Coxinhas, na BR-101. Como a OAS tinha pressa no pagamento da propina, foi escolhido um local a meio caminho entre Goiana (PE) e João Pessoa (PB). "Percebi claramente que Roberto Cunha [OAS} estava muito angustiado, tendo dito que precisava conseguir R$ 2 milhões a serem repassados ao então senador Vital do Rêgo, que na época era relator da CPI da Petrobras. Que o pagamento destinava-se a obter favorecimentos ou facilidades para a OAS na CPI", disse João Lyra, em depoimento prestado no Recife no início de 2017.
"Foi solicitado por João que se dirigisse a João Pessoa com urgência para entregar uma encomenda a uma pessoa de nome Alex Azevedo. Com a insistência de João Lyra, a colaboradora concordou em fazer a entrega da tal encomenda, desde que não precisasse se deslocar até João Pessoa, mas até o meio do caminho. Assim encontrou com a pessoa de Alex Azevedo em Goiana (PE) na lanchonete Rei das das Coxinhas, local em que entregou a encomenda em mãos da pessoa identificada como Alex Azevedo", disse a delatora.
Em nota, Vital do Rêgo disse que "desconhece os fatos narrados pelo delator e repudia as falsas acusações". "Ele está à disposição das autoridades para prestar mais esclarecimentos", diz o ministro. (Com o 247)

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