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Apresentador da Rede Globo afirma que ele, o Lázaro Ramos e a Tais Araújo são anomalias sociais

Após 15 anos de trabalho como repórter na RBS, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul, Manoel Soares atingiu um novo patamar na carreira. No último feriado de Corpus Christi (15), o ex-morador de favela e filho de faxineira estreou na apresentação do Encontro como substituto de Fátima Bernardes, ao lado de Ana Furtado e Lair Rennó.

Destaque no programa com reportagens sobre o cotidiano das periferias, ele se inspira em artistas como Lázaro Ramos. E reconhece que, para profissionais negros de origem humilde, o caminho para o sucesso é mais longo.

"Não acho que estamos perto de acabar com o racismo. Eu não posso me ter como ponto de referência porque sou um rapaz que está trabalhando na Globo. A referência é o menino que atende na lanchonete. Como ele é tratado? Precisamos de mais representatividade. Infelizmente eu, o Lázaro, a Taís [Araújo], nós somos ainda anomalias sociais. Não somos a regra, temos muito o que evoluir", afirma.

O jornalista de 37 anos já enfrentou (e denunciou) preconceito nas redes sociais, mas afirma que a exposição na mídia lhe trouxe muito mais experiências positivas e edificantes do que negativas. O recente reconhecimento nacional tem surpreendido o repórter.

"Esperava que tivesse um pouco mais de rejeição, porque toco em temas espinhosos. Mas tem sido superbacana. Quando vou às comunidades, a galera fala: 'Você é o negão da Fátima, né?'. Por mais que ainda não saibam meu nome, tem uma questão de identificação racial e conexão local. Quando eu era criança, minhas referências de negão na televisão não eram legais. Estou aparecendo na TV e não é em condição pejorativa, não é como bandido", explica.



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