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Em entrevista a um repórter de O Globo ao ser preso, Eike Batista diz que vai "ajudar a passar as coisas a limpo”

O empresário Eike Batista foi preso, nesta segunda (30), pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro. Em entrevista a um repórter de O Globo que acompanhou o voo que saiu Nova York, Eike disse que está se entregando porque é seu dever, e que pretende colaborar com a Justiça, mas não quis antecipar quem entregará em um eventual acordo de delação premiada. "Eu estou voltando para responder à Justiça, como é meu dever. Está na hora de ajudar a passar as coisas a limpo”, falou.
Eike é acusado pelo Ministério Público Federal de repassar cerca de 16 milhões de dólares ao ex-governador Sergio Cabral, em contas no exterior. A propina estaria relacionada a obras no Rio de Janeiro. 

O homem que já foi o mais rico do Brasil teve seu pedido de prisão autorizado pelo juiz Marcelo Bretas, que cuida da Lava Jato no Rio, no dia 13 de janeiro. Mas a PF só tentou cumprir a ordem no dia 26, dois dias antes de Eike deixar o País rumo a Nova York. Ele explicou que mantém muitos negócios nos Estados Unidos e negou a intenção de fugir para a Alemanha, como especulou a imprensa no final de semana.

Segundo o Estadão, "o empresário foi escoltado por policias federais logo que desembarcou na pista do aeroporto, de onde partiu para o IML, onde fez exame de corpo delito. Eike foi conduzido em seguida para o Presídio Ary Franco, em Água Santa. O empresário deve prestar depoimento à Polícia Federal na terça-feira, 31."
Como não tem ensino superior, Eike ficará numa cela comum do presídio federal. O advogado disse que a estratégia de defesa será definida amanhã, antes do depoimento à PF.
Eike Batista procurou a Lava Jato para colaborar. Ele explicou contratos assinados com o marqueteiro João Santana, que fez as últimas campanhas presidenciais do PT. E também tentou entregar ao Ministério Público Federal uma lista com doações eleitorais a vários partidos, desde 2006, incluindo repasses oficiais e via caixa 2 que atingiriam o PSDB. Mas a força-tarefa devolveu a lista, segundo mostra um vídeo. (Do GGN)

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