Pular para o conteúdo principal

Parlamentares no Congresso Nacional discutem a implantação do parlamentarismo no Brasil a partir de 2019

A solução para a crise política – e até a econômica – vivida pelo Brasil atualmente poderia ser a última se no próximo mandato o Brasil estiver vivendo o parlamentarismo e não o presidencialismo, como ficou decidido no plebiscito sobre o assunto, em 1993. Essa é a defesa de um Projeto de Lei do senador Carlos Valadares (PSB-SE) visto com simpatia no Congresso, inclusive por Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente da Casa e aliado do governo.
Renan pediu um estudo sobre o tema e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prometeu pautar o plenário no ano que vem “se houver consenso”, conta o jornal O Estado de S. Paulo
A proposta mais avançada é a de Valadares, que prevê um referendo em 2017. Com a aprovação do Congresso, o parlamentarismo entraria em vigor em 2019, ano seguinte à eleição. Com a mudança, o Congresso eleito é quem escolheria seu representante, e não o povo. 
Como o indicado costuma pertencer ao partido mais bem votado, especula-se que as crises por falta de apoio no Congresso seriam mais curtas, já que o sistema permite tirar o primeiro-ministro do comando caso a oposição assuma maioria nas casas legislativas.
Para Cunha, a atual crise já teria sido resolvida se o sistema fosse outro. “Se estivéssemos em um regime parlamentarista, a atual crise estaria resolvida. No presidencialismo não tem essa previsão de dissolução do Parlamento e novas eleições”, afirmou. “Somos obrigados a conviver com um governo capenga, sem apoio.” 
Na Câmara, a proposta que avança é de 1995, do deputado Eduardo Jorge (PV), já aprovada em comissão especial e dependente apenas de inclusão na pauta, um simples ato do presidente da Casa. 
Estima-se que 216 deputados e 11 senadores sejam favoráveis à mudança no sistema.  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pesquisa Vox Populi mostra o Haddad na liderança com 22% das intenções de votos

Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta quinta (13) indica: Fernando Haddad já assume a liderança da corrida presidencial, com 22% de intenção de votos. Bolsonaro tem 18%, Ciro registra 10%, Marina Silva tem 5%, Alckmin tem 4%. Brancos e nulos somam 21%. O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 7 e 11 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. O índice de confiança chega a 95%. O nome de Haddad foi apresentado aos eleitores com a informação de que é apoiado por Lula. Veja no quadro: Um pouco mais da metade dos entrevistados (53%) reconhece Haddad como o candidato do ex-presidente. O petista, confirmado na terça-feira 11 como o cabeça de chapa na coligação com o PCdoB, também é o menos conhecido entre os postulantes a ocupar o Palácio do Planalto: 42% informam saber de quem se trata e outros 37% afirmam conhece-lo só de nome. O petista chega a 31% no Nordeste e tem seu pior desempenho na região Sul (11%), me...

Ao contrário de parte da mídia brasileira, a mídia internacional destaca a perseguição ao ex-presidente Lula

Ao contrário dos jornais brasileiros, que abordaram em suas manchetes nesta quinta-feira 11 que o ex-presidente Lula atribuiu à sua mulher, Marisa Letícia, já falecida, a escolha de um triplex no Guarujá - que a acusação não conseguiu provar ser dele - veículos da imprensa internacional destacaram seu duro discurso ao juiz Sergio Moro, de que é alvo de uma "caçada judicial" e de uma perseguição na mídia. Os correspondentes estrangeiros focaram ainda nas declarações de Lula de que "não há pergunta difícil para quem fala a verdade", pedindo aos procuradores provas de que o apartamento é dele e chamando o julgamento de "farsa", como fizeram Associated Press, BBC, Reuters, Le Monde e Al Jazeera. Confira abaixo um balanço publicado por Olímpio Cruz, no  site do PT no Senado . O jornalista Fernando Brito, do Tijolaço,  também fez um balanço  mais cedo sobre a cobertura estrangeira. Imprensa estrangeira destaca Lula como vítima de perseguição Noventa...

Saiba quem é Ivar Schmidt, caminhoneiro que ficou rico durante o governo Lula, vota no PSDB e bloqueou estrada contra a Dilma

As entidades de classe dos motoristas fecharam um acordo com o governo e anunciaram que a greve, que permanece, seria na verdade um  lock-out (movimento dos empresários ).  O movimento seria patrocinado pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro, que tem como presidente o empresário Nélio Botelho. Além de Nélio, a figura que emergiu como articulador das paralisações Brasil afora, via WhatsApp e à parte das organizações de classe, foi o empresário de Mossoró, Ivar Schmidt. Schmidt é presidente de uma pequena associação de empresários do setor de transportes. Ivar era caminhoneiro nos anos 90. No governo Lula, abriu uma pequena transportadora e com o crédito ao trabalhador se tornou um forte empresário do setor de transporte da região. Eleitor e defensor assíduo de Aécio Neves (PSDB) nas últimas eleições, Ivar junto com Tássio Mardony, vereador do PSDB,  e alguns empresarios e médicos lideraram a campanha do tucano em Mossoró. “É curioso destacar q...