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Petrobras anuncia investimentos de US$ 130,3 bilhões




A Petrobras enviou na manhã desta segunda-feira (29) fato relevante contendo o plano de negócios para o período de 2015 a 2019 à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A estatal destaca que o Conselho de Administração aprovou, no dia 26 de junho, o Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, com o objetivo de desalavancagem da companhia e a geração de valor para os acionistas. A estatal anunciou que o investimento, no período 2015-2019, será de US$130,3 bilhões.

De acordo com a Petrobras, o plano prevê o retorno da alavancagem às seguintes metas: alavancagem líquida [Endividamento líquido/(endividamento líquido + patrimônio líquido)] inferior a 40% até 2018 e a 35% até 2020, e endividamento líquido/EBITDA inferior a 3,0x até 2018 e a 2,5x até 2020.

O montante de desinvestimentos em 2015/2016 foi revisado para US$ 15,1 bilhões (sendo 30% na Exploração e Produção, 30% no Abastecimento e 40% no Gás e Energia). O Plano também prevê esforços em reestruturação de negócios, desmobilização de ativos e desinvestimentos adicionais, totalizando US$ 42,6 bilhões em 2017/2018.

Veja na íntegra o plano de negócios 2015 - 2019:

Rio de Janeiro, 29 de junho de 2015 – Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras comunica que seu Conselho de Administração aprovou, no dia 26 de Junho de 2015, o Plano de Negócios e Gestão 2015-2019. O Plano tem como objetivos fundamentais a desalavancagem da Companhia e a geração de valor para os acionistas.
O Plano prevê o retorno da alavancagem às seguintes metas: alavancagem líquida1  inferior a 40% até 2018 e a 35% até 2020, e endividamento líquido/EBITDA inferior a 3,0x até 2018 e a 2,5x até 2020.
Dentre as premissas consideradas no planejamento financeiro do Plano, destacam-se:
• Preços dos derivados no Brasil com paridade de importação;
• Preço do Brent (médio): US$ 60/bbl em 2015 e US$ 70/bbl no período 2016-2019;
• Taxa de câmbio (média): conforme a tabela abaixo.

O montante de desinvestimentos em 2015/2016 foi revisado para US$ 15,1 bilhões (sendo 30% na Exploração e Produção, 30% no Abastecimento e 40% no Gás e Energia). O Plano também prevê esforços em reestruturação de negócios, desmobilização de ativos e desinvestimentos adicionais, totalizando US$ 42,6 bilhões em 2017/2018.
A carteira de investimentos do Plano prioriza projetos de exploração e produção (E&P) de petróleo no Brasil, com ênfase no pré-sal. Nas demais áreas de negócios, os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e a projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural. Os investimentos totais foram reduzidos em 37% quando comparados ao Plano anterior e estão distribuídos conforme a tabela a seguir:


Dos investimentos da área de E&P, 86% serão alocados para desenvolvimento da produção, 11% para exploração e 3% para suporte operacional. Serão destinados US$ 64,4 bilhões a novos sistemas de produção no Brasil, dos quais 91% no pré-sal. Na atividade de exploração no país, os investimentos estão concentrados no Programa Exploratório Mínimo de cada bloco.
No Abastecimento serão investidos US$ 12,8 bilhões, sendo 69% em manutenção e infraestrutura, 11% na conclusão das obras da Refinaria Abreu e Lima, 10% na Distribuição. Os demais 10% incluem investimentos no Comperj para recepção e tratamento de gás, manutenção de equipamentos, dentre outros.
A área de Gás e Energia tem alocados US$ 6,3 bilhões, com destaque para os gasodutos de escoamento do gás do pré-sal e suas respectivas unidades de processamento (UPGNs).
Curva de Produção de Óleo e LGN e Gás Natural 
As metas de produção de óleo, LGN (líquido de gás natural) e gás natural no Brasil foram atualizadas, refletindo postergação de projetos de menor maturidade ou atraso na entrega das unidades de produção, principalmente em função de limitações de fornecedores no Brasil.


A Companhia espera alcançar uma produção total de óleo e gás (Brasil e internacional) de 3,7 milhões de boed em 2020, ano no qual estimamos que o pré-sal representará mais de 50% da produção total de óleo.

O Plano prevê a adoção de medidas de otimização e ganhos de produtividade para reduzir os Gastos Operacionais Gerenciáveis (custos e despesas totais, excluindo-se a aquisição de matérias-primas). Ações já identificadas demonstram que esse resultado pode ser alcançado por meio de maior eficiência na gestão de serviços contratados, racionalização das estruturas e reorganização dos negócios, otimização dos custos de pessoal e redução nos dispêndios de suprimento de insumos.

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