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Com o aumento da taxa da Selic, o Banco Central deu o seu recado ao mercado

O recado dado pelo BC, de que atuará para controlar a inflação, foi recebido de maneira favorável no mercado. O dólar caía 2,4%, às 12h40. A moeda americana hoje cede, após ter subido muito nas últimas semanas. Essa alta acumulada é uma das novas pressões sobre a inflação. Durante a campanha, por tudo o que foi dito pelas inserções do PT e pela própria presidente, ficou a impressão de um BC amarrado na cadeira. Então mais do que o 0,25 ponto, o que entenderam é que o BC poderá lutar contra a inflação. Necessário é. A taxa está acima do teto da meta e há outras pressões inflacionárias como a alta do dólar – hoje está em queda – que subiu muito desde a última reunião. A inflação está alta há quatro anos e continuará pressionada nos próximos meses.

O outro lado do cenário é a atividade estagnada e com pressões recessivas, como o baixo investimento. Por isso a decisão pela alta não foi unânime. Mas analistas do mercado entenderam que o governo pode vir a tomar outras medidas que levem ao necessário ajuste que permita o que todos querem: o início de um novo ciclo de crescimento.

Pelo o que foi dito pela presidente durante a campanha, a alta do juro não poderia ter acontecido. “Eles plantam inflação para colher juros” foi uma das frases ditas contra adversários pela candidata Dilma.

Um novo ciclo de crescimento não nasce num ambiente hostil ao investimento, como o atual.


O debate da campanha foi meio irracional. Uma das ideias defendidas por Dilma é que derrubar a inflação elevaria em muito o desemprego. A decisão de ontem pode ser o começo da volta às avaliações mais racionais sobre a economia. Juro alto ninguém gosta, mas é como purgante, ou laxante: tem que ser tomado às vezes para curar, nesse caso, da inflação. Por Miriam Leitão

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